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COP17 – Side Event “Iniciativas Pioneiras em REDD+ Indígena”

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COP17 – Side Event “Iniciativas Pioneiras em REDD+ Indígena”

Hoje, às 15 horas, horário de Durban, na Sala Indwe River, aconteceu o evento de iniciativas pioneiras de REDD+ em terras indígenas, sobre o Projeto Carbono Florestal Suruí. Mariano Cenamo, Secretário Executivo do IDESAM, moderou o evento e destacou ao início que é importante governos nacionais avançarem na regulamentação das estratégias nacionais de REDD+ de forma a promover o engajamento do setor privado no financiamento de atividades e projetos dessa natureza, como o Projeto de Carbono Florestal Suruí.

O chefe Almir Suruí falou do plano de gestão de 50 anos desenvolvido para a Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia e como o projeto de carbono se insere dentro do plano de Gestão elaborado pela Associação Metareilá, seus programas e diretrizes. Almir destacou que o projeto é liderado pelo povo Suruí que participou em todas as etapas do seu desenvolvimento, além da sua importância para a proteção do território e a valorização da cultura Paiter-Surui. O evento também contou com a participação de Ivaneide Bandeira da Associação Kanindé e Vasco van Roosmalen da ACT-Brasil, que descreveram os passos dados até a elaboração do projeto e falou do desenvolvimento do mapeamento cultural, o etnozoneamento e o plano de proteção ambiental do território. Ivaneide destacou a importância do Consentimento Prévio Informado realizado junto com o povo Paiter-Suruí.

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Gabriel Carrero do IDESAM explicou os aspectos técnicos e metodológicos da projeto, as dificuldades de aplicação e o processo de validação. Gabriel enfatizou que o projeto é inovador e que se não ocorresse o desmatamento na Terra Indígena alcancaria mais de 13 mil hectares em 2038.

Representando a ONG Forest Trends, o coordenador da Incubadora Katoomba Jacob Olander falou dos aspectos de mercado de créditos de carbono para REDD+. Esse mercado cresceu bastante em 2010 e representou a maioria de transações de créditos de carbono do mercado voluntário relacionado ao uso da terra. Jacob também destacou que para realizar projetos de carbono em terras indígenas, é necessário um fundo financeiro misto, que receba recursos de doações filantrópicas além do mercado voluntário de carbono.

Natalie Unterstell, representante do Ministério do Meio Ambiente, apresentou o status de construção da estratégia nacional de REDD+ e citou que iniciativas como a do Projeto Suruí são importantes para a construção desta estratégia. Foram distribuídos materiais impressos sobre o Projeto, e respondidas as perguntas da plenária, que se mostrou muito interessada na discussão e contribuiu para aprofundar o assunto em pauta.

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