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Parceiro do Fundo Vale, Idesam implanta unidades-modelo em Apuí para mostrar vantagens da pecuária de menor impacto

Parceiro do Fundo Vale, Idesam implanta unidades-modelo em Apuí para mostrar vantagens da pecuária de menor impacto

2 de maio de 2012
A expansão inadequada da pecuária é uma das principais causas dos altos índices de desmatamento em Apuí, no sul do Amazonas. Para mostrar que é possível ter uma boa produtividade sem abrir novas áreas de pasto, o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) está implantando quatro unidades demonstrativas de pecuária em quatro fazendas do município. As unidades, previstas para serem concluídas em fevereiro, fazem parte de mais uma etapa do projeto Semeando Sustentabilidade em Apuí, desenvolvido pelo Idesam em parceria com o Fundo Vale.

 

O sistema que vai funcionar nas fazendas é conhecido como manejo rotacional semi-intensivo, já utilizado nas propriedades do sul e sudeste do Brasil, porém ainda pouco difundido na Região Norte. Nesse tipo de manejo, o produtor seleciona uma área, mas, em vez de deixar o gado com toda essa área disponível, como ocorre na pecuária tradicional, ele a divide em parcelas, ou subpastos. Uma área selecionada de 15 hectares, por exemplo, seria subdividida em cinco de três hectares cada. O gado fica, então, em uma dessas áreas durante aproximadamente seis ou sete dias e, depois, é levado para outra pelo mesmo período e assim sucessivamente até o retorno à parcela inicial.

 

O pesquisador Diego Brandão, coordenador das atividades de campo do projeto, explica que, com esse manejo, o gado volta para uma determinada área exatamente na fase em que o capim está em sua maior concentração de biomassa e proteína e, por isso, tem a dieta ideal para o aumento de peso. “O pecuarista vai, no mínimo, dobrar a produtividade do rebanho por área utilizada sem precisar derrubar um pé de árvore”, diz.

 

Segundo Brandão, na pecuária extensiva, em que não há essa preocupação de recuperação da pastagem, os nutrientes do solo esgotam-se rapidamente e o pasto perde produtividade. “Depois de cinco ou seis anos, os produtores abandonam o pasto subutilizado e desmatam uma nova área de floresta. E todo o processo se repete”, afirma.

 

Fonte: Fundo Vale

 

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