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Novo guia busca reconhecer papel de empresas e comunidades na conservação florestal

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Novo guia busca reconhecer papel de empresas e comunidades na conservação florestal

Por Lucas Moreno

 

As comunidades e empresas que contribuem com a conservação das florestas amazônicas, e consequentemente com a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), acabam de ganhar um reforço: o Idesam e a Natura acabam de lançar um guia metodológico simplificado para a estruturação de Projetos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) em pequenas propriedades e comunidades na Amazônia.

O guia, disponível em versão digital, tem como objetivo incentivar e facilitar o surgimento de projetos dessa natureza a partir de um passo-a-passo simplificado, que pode ser aplicado e ajustado para diferentes regiões amazônicas.

 >> Acesse aqui a nova publicação

 As etapas incluem cálculos das taxas de desmatamento, estruturação de cenários de referência e reconhecimento do papel dos pequenos agricultores em evitar a perda de cobertura florestal em suas propriedades, a partir de práticas produtivas sustentáveis.

Segundo Keyvan Macedo, gerente de Sustentabilidade da Natura, o guia foi aplicado no Projeto Reca, localizado na ponta do Abunã, em Rondônia, como um primeiro exercício de insetting florestal, dentro das diretrizes do Programa Natura Carbono Neutro da empresa.

“Ter uma estratégia de compensação aliada à cadeia de abastecimento de matérias-primas da Natura traz renda para os produtores, colabora para o aumento da resiliência da  cadeia e contribui para a conservação de áreas florestais, em um ciclo virtuoso com ganhos múltiplos”, explica Macedo.

Pedro Soares, gerente do Programa Mudanças Climáticas e REDD+ do Idesam e co-autor da publicação, destaca que o guia tem como premissa fundamental oferecer uma ferramenta crível, consistente, simplificada e de baixo custo de aplicação para empresas, produtores e comunidades.

“Empresas que apoiam projetos e comunidades locais necessitam de ferramentas práticas e transparentes para avaliar e contabilizar os impactos de seus projetos e atividades para o clima, biodiversidade e conservação das florestas”, explica.

Soares explica ainda que as metodologias e padrões de certificação atualmente disponíveis possuem alto custo de transação e regras pouco aplicáveis a projetos de micro e pequena escalas, que acabam por inviabilizar tais projetos.

Além de explicar os principais conceitos a serem utilizados para o desenho de projetos em pequenas propriedades e comunidades tradicionais, o guia mostra também todas as etapas e critérios metodológicos voltados para a contabilização e monitoramento dos benefícios gerados.

No processo de elaboração do documento, os autores realizaram uma ampla análise técnica e metodológica de padrões de certificação existentes. O processo contou também com um comitê de revisores formado por experts sobre o tema de pagamento por serviços ambientais de Carbono Florestal.

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