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Aliança Guaraná de Maués entra na luta contra a COVID-19 no município

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Aliança Guaraná de Maués entra na luta contra a COVID-19 no município

Campanha ‘Regatão do Bem’ ganha reforço com ações da equipe do Idesam em Maués, que possui 652 casos confirmados da doença

 

Por Comunicação Idesam (Colaborou Lívia Prestes) 

 

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Aliança Guaraná de Maués (AGM) tem procurado maneiras criativas de, junto ao poder público, instituições e o setor privado, ajudar  no controle da COVID-19 no município e em comunidades no interior onde atua. Do apoio na produção de máscaras até ações voltadas aos produtores rurais, a equipe do Idesam que coordena a iniciativa em Maués intensificou os trabalhos para levar algum auxílio às pessoas afetadas.

Uma das primeiras ações da AGM, em parceria com o campus Maués do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) foi a produção de 20 mil máscaras, gerando renda para 20 costureiras da região. Até o momento, quase 3 mil máscaras foram confeccionadas. A AGM conta com apoio financeiro da Ambev e da USAID, e a partir de diversas iniciativas solidárias.

As máscaras foram principalmente distribuídas em feiras e locais de Maués onde há foco de aglomeração de pessoas. O público principal que recebeu foram agricultores e produtores rurais. Voltadas a esse grupo, as ações incluíram a entrega de frascos com álcool, sabonetes e material gráfico informativo tais como panfletos, cartazes e banners. Estes materiais contêm informações sobre o novo coronavírus, sua alta transmissibilidade, maneiras de evitar o contágio, do uso correto da máscara, orientações de higiene preventiva na saída e volta pra casa e de como proceder no aparecimento de sintomas.

O material elucida questões de segurança nos procedimento de exposição no caso das feiras e incentiva o sistema de entrega segura dos alimentos produzidos, com conexão direta dos clientes a outros meios de venda, respeitando as normas das autoridades sanitárias locais.

Liderado pelo Ifam Maués junto a parceiros  da AGM, um mapeamento de clientes e produtores está sendo realizado para viabilizar a entregas de produtos sem a necessidade de deslocamento até as feiras, o que diminuiria o risco de contaminação. O modelo seguido é o mesmo aplicado pela Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA), tecnologia social que vem tendo sucesso nos moldes da agricultura ecológica.

 

“Desde que cessamos todas as atividades presenciais, temos alinhado a estratégia de combate a COVID-19 junto ao poder do município, as instituições públicas e privadas, para unidos encontrarmos a melhor e mais segura  maneira de atuação”, enfatiza Ramom Morato, coordenador da AGM.

Membro do GT Socioambiental e Turismo da AGM, Ítalo Mamud Michiles, se juntou ao projeto Maués Dojô e a equipe do Idesam, no último dia 21 de maio, para entregar cestas básicas em bairros de alta vulnerabilidade de Maués .”Com o poder do coletivo podemos ir além”, afirma o turismólogo. O grupo se preparou com toda segurança necessária para fazer a distribuição na casa das pessoas para evitar aglomerações.

Junto aos seus parceiros estratégicos, a Aliança Guaraná de Maués criou uma frente de atuação em combate ao novo coronavírus. Foram entregues 50 cestas básicas em bairro de vulnerabilidade social na cidade de Maués e mais cestas básicas devem ser doadas ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) onde vivem pessoas com HIV. A Ambev confirmou a doação de 1.000 litros de álcool para distribuição.

Foi iniciada também uma campanha de coleta e doação de óleos de cozinha usados, para a fabricação de sabonetes. A iniciativa contempla a entrega desses sabonetes aos agricultores, ao passo de que ajuda na economia familiar das mulheres que fabricam o sabão em comunidades do interior.

Medidas em Maués 

Com mais de 600 casos de COVID-19 confirmados até o fechamento deste texto, a Prefeitura de Maués tomou medidas de contenção ao novo coronavírus e tem incentivado a população a ficar em casa. As medidas incluem a restrição de passageiros nos portos e aeroporto do município, a criação de um ‘covidário’ específico para pacientes infectados e fechamento do comércio não essencial, com aplicação de multa para quem descumprir as normas.

De acordo com o secretário-executivo municipal da Saúde, Jean de Oliveira, o primeiro grande registro de pessoas doentes foi em abril deste ano, devido ao maior fluxo de pessoas do interior que precisam vir aos bancos na sede do município. Oliveira explica que 30 mil dos 63 mil habitantes de Maués atualmente moram em comunidades no interior.

“Cada lugar tem uma dinâmica diferente e com o surgimento de mais casos aqui no interior, vamos ter de inaugurar sete postos emergenciais de saúde, para diagnóstico e tratamento. Eles serão instalados nas regiões da Liberdade, Osório da Fonseca, São Sebastião no Apocuitaua, São João do Maués-Mirim, Bom Jesus, Nossa Senhora de Lourdes e Curuçá”, explica o secretário.

Para a população Indígena, a Secretaria Municipal de Saúde informa possuir um sistema próprio de atendimento, realizado por meio dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DCEI). “O município dá apoio logístico quando precisam. Ontem mesmo (início de maio) viajaram pra fazer a troca das equipes, pois eles têm uma barreira sanitária na entrada da área indígena. A estratégia que sei é que estão fazendo compras para que eles não tenham de vir a cidade. Também sei que estão aceitando doações”, completa Jean de Oliveira, que concedeu uma entrevista à AGM e será publicada na íntegra na edição de junho do Jornal Aliança.

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