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OPINIÃO – A resiliência dos ribeirinhos

OPINIÃO – A resiliência dos ribeirinhos

Editorial de outubro por Louise Lauschner, especialista na iniciativa de Produção Sustentável do Idesam
Foto: Felipe Martins

A Amazônia, majestosa e vital para o equilíbrio do planeta, enfrenta tempos desafiadores. A estiagem, agravada pelo desequilíbrio climático, atinge duramente a região com uma seca de níveis históricos. E são os povos da floresta que sofrem as consequências em primeira mão. 

A estiagem não é apenas um desafio climático, mas também um desafio humanitário. De acordo com o governo estadual, 59 dos 62 municípios do Amazonas estão em situação de emergência, afetando 152 mil famílias, ou seja, mais de 600 mil pessoas. O Regatão do Bem, mobilização feita pelo Idesam entre sua rede de parceiros, é um exemplo de como a solidariedade e o esforço conjunto podem fazer a diferença. A ação tem como objetivo levar alimentos e itens essenciais às famílias afetadas pela estiagem, principalmente em localidades remotas do interior, isoladas geograficamente, que enfrentam desafios únicos devido à falta de acesso ao básico: água potável e alimentos.  

Nesse contexto, o lema “trabalho” das comunidades tradicionais da Amazônia ganha ainda mais significado, pois são elas que vivem do extrativismo sustentável e da harmonia com a floresta, assim como a Inatú Amazônia – a marca coletiva das comunidades amazônicas – que nasceu da organização dos povos da floresta para produzir e comercializar seus produtos com preço mais justo. A organização dos ribeirinhos e populações tradicionais é a chave para levar alimentos e água a locais remotos, apontando o caminho para um futuro sustentável na Amazônia: a força da comunidade e da cooperação.  

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