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COP15 – Evento Paralelo do IDESAM

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COP15 – Evento Paralelo do IDESAM

O Idesam, juntamente com a Articulação Regional Amazônica (ARA)  e a Plataforma Climática Latino Americana (PCL) apresentou o evento paralelo “Vozes da América Latina: Iniciativas Regionais e Amazônicas em Mudança do Clima e REDD”. Em muitas esferas de discussão não existe uma voz que represente adequadamente as visões e necessidades da região Latino Americana ou amazônica. Neste contexto, o objetivo do evento foi apresentar quais são, atualmente, as limitações e oportunidades da América Latina desde a escala continental até a escala de ações e projetos.

Em escala continental, Yan Speranza e Maria Eugenia da  PCL, abordaram a riqueza gerada pela cadeia do minério e da produção agropecuária em um continente que pode ser considerado como responsável por alimentar boa parte do mundo. No entanto, apesar de toda esta riqueza, não estão incluídas na agenda política as questões de mitigação e adaptação à mudança do clima, pois o foco está nos problemas de distribuição de renda, educação, saúde e desenvolvimento do continente Latino Americano.  Estas lacunas vão desde a pouca difusão de informação até o baixo interesse político.

Apresentando algumas visões e atividades em desenvolvimento que englobam toda a região amazônica, Martin von Hildebrand, da ARA,  disse de sua luta em unir organizações, lideranças e especialistas em mudança do clima para compartilhar experiências e sobre a necessidade de se fortalecer o capital social. Falou de sua experiência de trabalho com questões de  transparência florestal na Amazônia, onde os vetores de pressão estão sendo mapeados pelo ISA e pelo IMAZON, enquanto novas opções econômicas estão sendo desenvolvidas por IDESAM e FAN (Fundação Amigos da Natureza).

Mariano Cenamo, do IDESAM, apresentou as discussões atuais a respeito dos diferentes aspectos metodológicos que podem ser aplicados em projetos de REDD, com foco nas três principais questões, que são: (i) como REDD pode ser implementado, considerando uma abordagem baseada em mecanismos de mercado ou fundos voluntários, (ii) as duas possíveis maneiras de estabelecer o cenário de referência, que pode ser em escala nacional ou sub-nacional, e (iii) as diferentes abordagens de linha de base e vazamentos.  Além destes, citou também o livro “Guia de Projetos de REDD na América Latina”, onde os 17 projetos mapeados somam uma área de 15 milhões de hectares, com o potencial de reduzir as emissões na ordem de mais de 521 milhões de toneladas de CO2.

Como conclusão, destacou-se a necessidade crítica de se aliar proteção e valorização da floresta em pé ao desenvolvimento social.  A esperança de ações que unifiquem a visão dos países em uma só voz, levará ao resto do mundo o pleito Latino Americano frente ao desenvolvimento e aos desafios ambientais e econômicos impostos pela mudança do clima.

Negociações oficiais

Dentro das negociações, destaca-se a finalização do texto que trata do tema REDD dentro do LCA, onde foi concluído pelos negociadores e agora será encaminhado para as negociações de alto nível, que começam a partir de quarta-feira. Estas negociações são para tentar solucionar os “nós”, ainda restando no texto e que não atingiram consenso dentro dos grupos de negociação. Este texto, será finalizado até a manhã de quinta feira e terá incorporado todos os avanços e modificações feitas ao longo desta semana passada.

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