Nas montanhas de Bale, Etiópia
Era segunda-feira, dia 27 de agosto de 2012, quando aterrissamos em Addis Ababa, capital da Etiópia. Esse país tem fama internacional de ser um dos mais pobres do continente africano e, consequentemente, do mundo. Na verdade, essa memória global está bastante desatualizada…
Após o final do império de Haile Selassie I em 1974 – aquele famoso no mundo Rastafari – e de mais de uma década do regime comunista (Derg) até 1987, a economia da Etiópia saiu da estagnação. A República Popular Democrática que se instaurou a partir da década de 1990, imprimiu à economia do país um acelerado crescimento econômico, que atualmente tem taxa de 10% ao ano, se baseia no setor agropecuário.
Juntos, os doutores Winston Asante (NCRC) e Tadesse Gole (ECFF), eu e André Vianna (Coordenador do programa de Recursos Naturais e especialista em inventário florestal do Idesam), percorreríamos a região de Bale e conheceríamos nos próximos três dias os tipos de vegetação com floresta seca, floresta tropical úmida, florestas de bambu, savanas e os belíssimos campos alpinos de altitude. Também, pudemos conhecer os habitantes da região. Tivemos conversas e reuniões com as Organizações de Base Comunitária (CBOs), através das quais Farm Africa e SOS Sahel, em conjunto com OFWE, estão implementando o Manejo Florestal Participativo na ecoregião (PMF em inglês), e que vem sendo bastante útil para aumentar a governança e a conservação desses ambientes. O primeiro passo rumo à redução do desmatamento.
Pesquisadores André Vianna (de gorro) e Gabriel Carrero (óculos escuros),
entre os membros das organizações parceiras
|
Experiência do Amazonas será usada na construção de projeto de REDD+ na Etiópia
Leave a Reply