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Idesam e GCF acompanham Conferência do Clima em Doha

Idesam e GCF acompanham Conferência do Clima em Doha

Na última segunda-feira (26), em Doha, capital do Catar, aconteceu a abertura oficial da 18ª edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, mais conhecida como COP-18. Aproximadamente 190 líderes estão presentes no evento, debatendo assuntos como a redução da emissão de gases poluentes e a possível extensão do Protocolo de Quioto.

O pesquisador sênior Mariano Cenamo e a pesquisadora Mariana Pavan, do Programa Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais do Idesam, estão em Doha acompanhando as negociações oficiais e eventos paralelos da Convenção do Clima. “Ainda que não esperemos grandes resultados das negociações oficiais da COP18, muitos governos nacionais e sub-nacionais, ONGs e instituições multilaterais utilizam a Conferência para apresentar avanços e resultados de seus programas e iniciativas, que servem como base de informações para o nosso trabalho e nos mantém sempre atualizados”, diz Cenamo.

Esta COP começa com expectativas reduzidas não só em resultados, mas também pelo baixo número de participantes, se comparados a outras edições do evento. Para 2012 são esperados 17.000 participantes, enquanto que a COP-15, realizada em 2009, em Copenhague (Dinamarca), teve a presença de aproximadamente 45 mil pessoas.

Mariana Pavan, que também atua como ponto focal do GCF – Força Tarefa dos Governadores para Floresta e Clima, destaca que existem pontos importantes que precisam ser definidos e acordados pelos mais de 190 países participantes. Entre os principais, estão a conclusão dos trabalhos nos grupos que tratam dos assuntos referentes ao Protocolo de Quioto (AWG-KP) e das questões não incluídas no Protocolo, incluindo ações dos países em desenvolvimento, discutidas no âmbito do grupo de cooperação a longo prazo (AWG-LCA).

“A conclusão destes trabalhos é crucial pois irá definir as bases e iniciar as discussões sobre a chamada ‘Plataforma de Durban’, onde será discutido o futuro acordo climático que deverá entrar em vigor a partir de 2020”, explica a pesquisadora. Este grupo, chamado de AWG-ADP, tem o mandato de finalizar as discussões e gerar um acordo até, no máximo, 2015.

No que se relaciona a REDD+, um dos temas onde espera-se algum avanço é na questão das fontes de financiamento para ações de redução de emissões do desmatamento. Este é um tema antigo e polêmico na Convenção, onde os países tem visões bastante diferentes sobre quais deverão ser as fontes de recursos financeiros que irão pagar pelas ações de REDD+. ” As negociações no LCA devem ser encerradas em Doha, e esperam-se também avanços no âmbito do SBSTA”, completa.

Para saber mais sobre como estes e outros temas estão avançando, acompanhe as notícias diariamente através do Blog do GCF, onde serão apresentados relatos diários (em inglês), fotos e vídeos das negociações oficiais e eventos paralelos acontecendo diariamente em Doha. Para as versões em português dos relatos, acesse: blog.idesam.org.br

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