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Agricultores de Apuí recebem insumos agrícolas

Agricultores de Apuí recebem insumos agrícolas

Por Priscila Rabassa – 

O Idesam realizou esta semana a entrega de sementes, mudas e insumos aos 28 produtores cadastrados no Projeto Café. A intenção é fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do “café agroecológico” no município como alternativa sustentável de geração de renda, melhorando a qualidade do grão, assim como a redução de práticas nocivas ao meio ambiente.

Nesta etapa, a meta é criar o consórcio de cafezais com a produção de espécies agrícolas e florestais de interesse econômico e alimentar, investir em práticas que aumentem a fertilidade dos solos com o uso de compostagem, biofertilizante e adubação verde.

Para isso, cada família recebeu 200 mudas de espécies florestais como ingá, gliricidia, eritrina, bandara, faveira, jatobá, itaúba e andiroba, e de espécies frutíferas como açaí, pupunha e graviola, além de 15 kg de sementes de adubação verde de feijão de porco, feijão guandu e Crotalaria Spectabilis e Juncea. Os produtos foram repassados por meio de uma parceria do Idesam com o Viveiro Santa Luzia e chegaram às mãos do agricultor a custo zero.


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Além das sementes e mudas, cada agricultor recebeu ainda 25 armadilhas caseiras produzidas com garrafa pet para captura da broca, principal praga do café conilon, 100 kg de composto orgânico, que será utilizado na implantação dos consórcios agroflorestais, e material para a construção de terreiros suspensos que é a melhor alternativa para minimizar a perda da qualidade dos grãos após a colheita.

Para o produtor de café, Gilberto Julião Inácio, o projeto é de fundamental importância para o desenvolvimento da agricultura familiar. “Por meio do incentivo e apoio técnico, oferecidos pelo Idesam, foi possível aos produtores da região obter maior produtividade e lucro com práticas de baixo custo”, explica.

Além disso, o produtor afirma que atualmente já é possível produzir um café de qualidade em Apuí apenas seguindo as metodologias aprendidas durante os cursos de capacitação.

Durante a entrega dos produtos, os agricultores já recebem também orientações sobre o trato com as culturas, como espaçamento e adubação. A entrega das sementes obedece ao calendário agrícola, que determina que até o final do mês de janeiro as roças já estejam prontas, aproveitando o clima, solo e temperatura adequados para a semeadura. A colheita da produção começa a partir do mês de abril.

Para o engenheiro agrônomo e pesquisador do projeto, Vinícius Figueiredo, o próximo passo é fortalecer parcerias técnicas e científicas que possibilitem a troca de conhecimento e experiências. “Estamos planejando promover um intercâmbio entre os produtores e outras instituições, além de trabalhar na construção conjunta de meios de comercialização que agreguem valor ao produto, buscando certificações para o café em agrofloresta”, explica.

Para contribuir com a logística, o Idesam contou com o apoio da Prefeitura de Apuí, da GIZ e do Viveiro Santa Luzia. O Projeto Café é desenvolvido em parceria com o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o apoio financeiro do Fundo Vale para Desenvolvimento Sustentável.

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