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Estados do GCF debatem ‘negócios sustentáveis’ na Amazônia

Estados do GCF debatem ‘negócios sustentáveis’ na Amazônia

Texto: Fernanda Barbosa e Samuel Simões Neto
Foto: WWF-Brasil/ Jorge Eduardo Dantas
Com informações do WWF-Brasil.

Os estados brasileiros que integram a Força-Tarefa GCF participaram, no último dia 26 de abril, do workshop Negócios Sustentáveis na Amazônia, promovido por WWF-Brasil e Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVCes), com apoio do Fórum dos Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal (FSMA) e do GCF.

A oficina teve como objetivo contribuir para a construção de uma agenda estratégica para os negócios sustentáveis da Amazônia.  Os participantes identificaram, ao longo do evento, os limitantes na oferta e demanda e vislumbraram criação de possíveis mecanismos econômicos para aumentar vantagem comparativa da região nos setores de agricultura, pecuária, infraestrutura e exploração ambiental com geração de emprego, renda e desenvolvimento.

Como resultado do evento, os participantes – representantes do setor produtivo, setor privado, bancos, governos dos estados amazônicos e organizações não governamentais – criaram um comitê executivo multissetorial que irá identificar estratégias para a expansão dos empreendimentos sustentáveis na região.

O comitê já nasce com a participação de organizações como: Confederação Nacional da Indústria (CNI), Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Banco do Brasil, WWF-Brasil, FSMA e Idesam.

“Os representantes dos estados brasileiros do GCF reconhecem a importância do novo comitê e aguardam apenas a validação dos seus respectivos governadores para efetivar a adesão”, destaca Fernanda Barbosa, do Idesam, que atua na coordenação nacional da Força-Tarefa.

Além da coordenação nacional, o GCF estava representado pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins.

Os próximos encontros do comitê – a serem convocados pela WWF – terão foco em temas como qualificação da informação sobre negócios sustentáveis na Amazônia; monitoramento de riscos econômicos e financeiros; regularização fundiária, entre outros.

Cenários da Amazônia

A fim de traçar um panorama sobre a realidade amazônica, alguns dos estados presentes apresentaram seus respectivos cenários sobre a preservação de suas florestas.

Para a analista Mariane Nardi, do Amapá, o isolamento que antes protegia as florestas do estado pode mudar com a liberação da ponte binacional com a Guiana Francesa, além das atividades de prospecção de petróleo na zona costeira.

“Investir no desenvolvimento a partir de uma economia florestal é essencial, mas os investidores querem maior segurança jurídica e melhor infraestrutura para reduzir os custos logísticos”, explicou.

Alberto Tavares, da Companhia de Desenvolvimento de Serviços Ambientais do Acre, apontou que o estado conseguiu atingir uma redução de 64% do desmatamento ao mesmo tempo em que atingiu um crescimento de aproximadamente 300% do PIB.

“A floresta não é um impedimento ao desenvolvimento e, principalmente, é um vetor de inclusão social. O caso de sucesso do Acre está baseado na gestão integrada da paisagem, valorização dos ativos florestais e inovação nos arranjos produtivos”.

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