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Lições da pandemia para nossa relação com o Clima

Lições da pandemia para nossa relação com o Clima

Texto: Samuel Simões Neto e Elen Blanco
Colaboração: Victoria Bastos

 

As consequências do isolamento e distanciamento social em decorrência da pandemia geraram uma das maiores e mais drásticas quedas já registradas nas emissões de CO2 vistas na história. Isso mostra que, apesar de tudo, podemos – e devemos – tirar algumas lições importantes sobre a relação entre o ser humano e o planeta.

A partir disso, muito se fala sobre o ‘novo normal’, pautado principalmente pela aplicação de tecnologias na facilitação de operações logísticas de compra e venda, reduzindo custos e permitindo atividades realizadas de forma remota.

Embora as atividades diárias ainda não tenham retornado aos níveis pré-pandêmicos, as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera já voltaram aos perigosos níveis que estavam antes da pandemia.

Estudos apontam que, tanto no curto quanto no longo prazo, a pandemia terá pouco efeito sobre os esforços para combater a mudança climática, caso nada mude na relação do homem com o ambiente.

Elencamos aqui alguns pontos de reflexão sobre mudanças de comportamento necessárias ao cenário pós-pandemia:

 

A perda de florestas e as doenças

Um estudo da Universidade de Stanford apontou que vírus como o Sars-CoV-2 se tornarão mais comuns conforme as populações humanas continuam a destruir florestas para mudanças no uso do solo, principalmente em atividades agropecuárias. A pesquisa buscou entender como o comportamento humano pode influenciar o aumento da incidência de doenças, em especial com a prática do desmatamento.

A destruição de ambientes naturais favorece a disseminação de doenças naturais de primatas e animais silvestres, e o desmatamento faz com que as espécies selvagens percam seu habitat e passem a viver próximas às pessoas, favorecendo a transmissão.

(Com informações da Medical News Today)

 

O trabalho remoto

O trabalho remoto virou realidade em muitas empresas. Uma parcela delas, mesmo com o retorno gradual das atividades busca formas de manter a redução de custos provocada nesse período, adotando escritórios compartilhados ou regimes de home-office. Apesar das dificuldades, 50% das empresas disseram que a experiência com o teletrabalho superou as expectativas e 44% afirmam que o resultado ficou dentro do esperado.

Essas práticas podem ser uma saída eficiente para a redução das emissões de GEE das empresas, mas é preciso entender ainda como isso impacta nos gastos e emissões individuais das equipes.

Na prática, isso pode aumentar a complexidade em inventariar a pegada de carbono de empresas que usem esses formatos. É recomendado incluir os custos e emissões domésticos no escopo dos inventários de emissões.

(Com informações da Agência Brasil)

 

Comportamento de consumo

Durante o período de pandemia, foi possível identificar um novo padrão no consumo: a busca por novas marcas. As pessoas têm abandonado empresas tradicionais e apostado no novo. Elas estão mais propensas a testarem novas possibilidades e um dos motivos que provocou essa migração é a emoção.

Segundo um estudo realizado pela Dunnhumby Brasil, 44% dos brasileiros experimentaram novos negócios desde o início da quarentena, em março do ano passado, sendo que 34% deles afirmam terem gostado de experimentar outras possibilidades. Além disso, o impacto é outro requisito cada vez mais presente na escolha dos consumidores, eles buscam empresas que provoquem mudanças sociais e/ou ambientais.

(Com informações do Portal G1)

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