No último dia 5 de dezembro, foi realizada uma reunião técnica de apresentação e validação de dados de financiamento de REDD+ no Brasil. O evento, organizado pela Forest Trends, aconteceu em Brasília e teve como objetivo apresentar resultados preliminares do mapeamento de fluxos financeiros para atividades de REDD+ no país, uma pesquisa levada adiante em diversos países e coordenada no Brasil pelo Idesam.
Os dados incluem o financiamento de fundações privadas, governos internacionais, agências de cooperação e o Fundo Amazônia para o período de 2009-2013.
O mapeamento de fluxos financeiros visa identificar lacunas e sobreposições de financiamento que guiem políticas nacionais e estaduais. Ao comparar o financiamento entre estados, é possível incentivar a obtenção de apoio financeiro em estados que recebem esse tipo de apoio em pequena quantidade, como o Amazonas. Além disso, o mapeamento visa também informar a tomadores de decisão dados mais precisos quanto à quantidade de recurso que está sendo efetivamente transferido em nível nacional e estadual.
De acordo com Gabriela Albuja, responsável pelo projeto, a metodologia utilizada focou em mapear primeiramente as instituições doadoras.
“Desse modo, não começamos identificando os fluxos financeiros de projetos, pois levaria um tempo maior”, afirmou ela. “Com o evento conseguimos validar os dados, coletados ao longo de 2 anos de pesquisa, junto com um público-alvo de diversas instituições doadoras e que recebem financiamento”, concluiu.
]]>Nos dias 18 e 19 de Setembro, participei, em Johanesburgo, na ?frica do Sul, de uma reuni?o internacional de parceiros do projeto ?Mapeamento de Fluxos REDD+? com a inten??o de trocar experi?ncias e resultados preliminares entre os 14 pa?ses participantes.
Liderado pelo Forest Trends, o projeto consiste em mapear e categorizar os fluxos financeiros internacionais que chegaram aos pa?ses para aplica??o em iniciativas de REDD+ durante os anos de 2009-2012. (Saiba mais sobre o projeto aqui)
Dos 14 pa?ses que fazem parte da iniciativa, apenas quatro se encontram em fases avan?adas de coleta de dados: Brasil, Equador, Vietn? e Gana. Foram estes os pa?ses que iniciaram o processo, no ano de 2011.
Ao longo dos anos, se juntaram ? iniciativa: Col?mbia, Rep?blica Democr?tica do Congo, Guiana, Indon?sia, Lib?ria, M?xico, Papua Nova Guin?, Peru, Tanz?nia e Eti?pia.
Durante o evento, cada pa?s apresentou o est?gio da sua coleta de dados, como tamb?m conclus?es preliminares e dificuldades enfrentadas na obten??o de dados financeiros com entidades doadoras e recebedoras. O encontro permitiu que pa?ses em fase inicial de coleta de dados aprendam com os erros e dificuldades dos pa?ses com mais tempo nesta iniciativa.
A falta de dados p?blicos (e dispon?veis na web) tem feito com que a coleta de dados seja um processo complexo. Chegar a essas informa??es depende muito do uso de contatos profissionais como tamb?m de metodologias criativas ? ou mais “informais”.
Tamb?m foi consenso entre os presentes no evento a import?ncia de estabelecer uma parceria com os governos nacionais, muitos dos quais tem acesso aos dados financeiros importantes e necess?rios para o andamento das nossas atividades.
]]>Com dinâmicas de desmatamento complexas, modos de vida simples, estruturas de mercado pouco funcionais e iniciativas não governamentais pioneiras, Apuí se apresenta como um município sumamente interessante para se trabalhar.
O Idesam, aproveitando desta oportunidade e da relação favorável com os líderes políticos do município vem implementando várias iniciativas para reduzir o desmatamento e promover a melhora na qualidade de vida dos produtores locais de forma ambientalmente sustentável.
O propósito da minha viagem a Apuí, realizada em julho de 2013 foi verificar os dados financeiros do Viveiro Santa Luzia (VSL), iniciativa empresarial apoiada pelo Idesam, para buscar estratégias de melhoria de processos e compor um plano de negócios que permita fortalecer a atuação do viveiro a nível regional e nacional.
O Viveiro foi criado pelo agricultor Dalcir Saatkamp e, com o início das atividades do Projeto Semeando Sustentabilidade em Apuí, passou a receber o apoio financeiro e técnico do Idesam. Atualmente o empreendimento conta com uma estrutura física com capacidade de produção de 120.000 mudas por ano, mas está utilizando um pouco mais de 50% da sua capacidade instalada.
Isso se deve a vários motivos entre os quais está a escassez de coletores de sementes que forneçam insumos para a produção de mudas, a falta de um representante de vendas para garantir suficiente demanda anual e incentivar maior produção e o processo de irrigação realizado manualmente que demanda muito tempo por parte dos funcionários do viveiro.
Novos investimentos
Visando aumentar a produção e melhorar a qualidade das mudas, o viveiro irá investir neste mês de junho, na instalação de um sistema de irrigação, o qual permitirá aos funcionários do viveiro dedicar mais tempo para outras atividades operacionais.
Além de um sistema de irrigação, é preciso que haja outros investimentos tais como cursos de capacitação para os funcionários do viveiro, construção de uma estrutura para armazenamento do composto orgânico elaborado pelo viveiro e a contratação de um representante de vendas para organizar a comercialização de mudas e sementes. Esperamos que estes investimentos possam ser realizados no curto e médio prazo para melhorar a produtividade do viveiro e fortalecer este empreendimento que representa um exemplo Apuiense de geração de emprego aliada é responsabilidade ambiental.
Outras iniciativas do Projeto
Além do viveiro, se aproveitamos a viagem para visitar algumas áreas de reflorestamento, pecuária semi-intensiva rotacional e café em agrofloresta.
Ao visitar estes projetos, percebe-se a necessidade de trabalhar em várias frentes para fazer com que os projetos tenham sucesso. No caso do reflorestamento, é preciso ter técnicos que sejam ao mesmo tempo educadores e pessoas que tenham a capacidade de desafiar a mentalidade dos proprietários para fazer com que eles percebam os benefícios do replantio.
Ao trabalhar com pecuária semi-intensiva é necessário trabalhar com dados financeiros que mostrem que o maior investimento inicial deste sistema vale a pena ao longo do tempo já que gera maiores lucros no longo prazo.
Já nos projetos de café em agrofloresta é preciso reestruturar o mercado para que o café com maior qualidade seja vendido a um preço mais favorável. Devido à existência de um monopsônio, que é a forma de mercado com apenas um comprador, o preço pago pelo café não beneficiado é baixo e homogêneo. Visando mudar este cenário, está prevista a construção de uma usina de beneficiamento de café, a qual se espera compre o café a um preço justo e diferenciado.
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