Gabriela Albuja – Idesam https://idesam.org Conservação e Desenvolvimento Sustentável Tue, 10 Dec 2013 00:08:26 +0000 pt-BR hourly 1 https://idesam.org/wp-content/uploads/2021/01/cropped-logopsite_idesam-32x32.png Gabriela Albuja – Idesam https://idesam.org 32 32 Doadores e receptores discutem fluxos financeiros de REDD+ https://idesam.org/doadores-e-receptores-discutem-pesquisa-sobre-fluxos-financeiros-de-redd/ https://idesam.org/doadores-e-receptores-discutem-pesquisa-sobre-fluxos-financeiros-de-redd/#respond Tue, 10 Dec 2013 00:08:26 +0000 https://idesam.org.br/?p=4480 Por Rogério Lima

No último dia 5 de dezembro, foi realizada uma reunião técnica de apresentação e validação de dados de financiamento de REDD+ no Brasil. O evento, organizado pela Forest Trends, aconteceu em Brasília e teve como objetivo apresentar resultados preliminares do mapeamento de fluxos financeiros para atividades de REDD+ no país, uma pesquisa levada adiante em diversos países e coordenada no Brasil pelo Idesam.

Os dados incluem o financiamento de fundações privadas, governos internacionais, agências de cooperação e o Fundo Amazônia para o período de 2009-2013.

O mapeamento de fluxos financeiros visa identificar lacunas e sobreposições de financiamento que guiem políticas nacionais e estaduais. Ao comparar o financiamento entre estados, é possível incentivar a obtenção de apoio financeiro em estados que recebem esse tipo de apoio em pequena quantidade, como o Amazonas. Além disso, o mapeamento visa também informar a tomadores de decisão dados mais precisos quanto à quantidade de recurso que está sendo efetivamente transferido em nível nacional e estadual.

De acordo com Gabriela Albuja, responsável pelo projeto, a metodologia utilizada focou em mapear primeiramente as instituições doadoras.

“Desse modo, não começamos identificando os fluxos financeiros de projetos, pois levaria um tempo maior”, afirmou ela. “Com o evento conseguimos validar os dados, coletados ao longo de 2 anos de pesquisa, junto com um público-alvo de diversas instituições doadoras e que recebem financiamento”, concluiu.

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Mapeando Fluxos Financeiros de REDD+ https://idesam.org/mapeando-fluxos-financeiros-de-redd/ Fri, 27 Sep 2013 20:33:25 +0000 https://idesam.org.br/?p=4247 Por Gabriela Albuja, pesquisadora do Programa Mudan?as Clim?ticas do Idesam?

Nos dias 18 e 19 de Setembro, participei, em Johanesburgo, na ?frica do Sul, de uma reuni?o internacional de parceiros do projeto ?Mapeamento de Fluxos REDD+? com a inten??o de trocar experi?ncias e resultados preliminares entre os 14 pa?ses participantes.

Liderado pelo Forest Trends, o projeto consiste em mapear e categorizar os fluxos financeiros internacionais que chegaram aos pa?ses para aplica??o em iniciativas de REDD+ durante os anos de 2009-2012. (Saiba mais sobre o projeto aqui)

Dos 14 pa?ses que fazem parte da iniciativa, apenas quatro se encontram em fases avan?adas de coleta de dados: Brasil, Equador, Vietn? e Gana. Foram estes os pa?ses que iniciaram o processo, no ano de 2011.

Ao longo dos anos, se juntaram ? iniciativa: Col?mbia, Rep?blica Democr?tica do Congo, Guiana, Indon?sia, Lib?ria, M?xico, Papua Nova Guin?, Peru, Tanz?nia e Eti?pia.

Durante o evento, cada pa?s apresentou o est?gio da sua coleta de dados, como tamb?m conclus?es preliminares e dificuldades enfrentadas na obten??o de dados financeiros com entidades doadoras e recebedoras. O encontro permitiu que pa?ses em fase inicial de coleta de dados aprendam com os erros e dificuldades dos pa?ses com mais tempo nesta iniciativa.

A falta de dados p?blicos (e dispon?veis na web) tem feito com que a coleta de dados seja um processo complexo. Chegar a essas informa??es depende muito do uso de contatos profissionais como tamb?m de metodologias criativas ? ou mais “informais”.

Tamb?m foi consenso entre os presentes no evento a import?ncia de estabelecer uma parceria com os governos nacionais, muitos dos quais tem acesso aos dados financeiros importantes e necess?rios para o andamento das nossas atividades.

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O trabalho do Idesam em Apuí: desafios e propostas de melhoria https://idesam.org/o-trabalho-do-idesam-em-apui-desafios-e-propostas-de-melhoria/ Thu, 08 Aug 2013 19:50:43 +0000 https://idesam.org.br/?p=3820 Por Gabriela Albuja, pesquisadora do Programa de Mudanças Climáticas do Idesam

Com dinâmicas de desmatamento complexas, modos de vida simples, estruturas de mercado pouco funcionais e iniciativas não governamentais pioneiras, Apuí se apresenta como um município sumamente interessante para se trabalhar.

O Idesam, aproveitando desta oportunidade e da relação favorável com os líderes políticos do município vem implementando várias iniciativas para reduzir o desmatamento e promover a melhora na qualidade de vida dos produtores locais de forma ambientalmente sustentável.

O propósito da minha viagem a Apuí, realizada em julho de 2013 foi verificar os dados financeiros do Viveiro Santa Luzia (VSL), iniciativa empresarial apoiada pelo Idesam, para buscar estratégias de melhoria de processos e compor um plano de negócios que permita fortalecer a atuação do viveiro a nível regional e nacional.

O Viveiro foi criado pelo agricultor Dalcir Saatkamp e, com o início das atividades do Projeto Semeando Sustentabilidade em Apuí, passou a receber o apoio financeiro e técnico do Idesam. Atualmente o empreendimento conta com uma estrutura física com capacidade de produção de 120.000 mudas por ano, mas está utilizando um pouco mais de 50% da sua capacidade instalada.

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Isso se deve a vários motivos entre os quais está a escassez de coletores de sementes que forneçam insumos para a produção de mudas, a falta de um representante de vendas para garantir suficiente demanda anual e incentivar maior produção e o processo de irrigação realizado manualmente que demanda muito tempo por parte dos funcionários do viveiro.

Novos investimentos

Visando aumentar a produção e melhorar a qualidade das mudas, o viveiro irá investir neste mês de junho, na instalação de um sistema de irrigação, o qual permitirá aos funcionários do viveiro dedicar mais tempo para outras atividades operacionais.

Além de um sistema de irrigação, é preciso que haja outros investimentos tais como cursos de capacitação para os funcionários do viveiro, construção de uma estrutura para armazenamento do composto orgânico elaborado pelo viveiro e a contratação de um representante de vendas para organizar a comercialização de mudas e sementes. Esperamos que estes investimentos possam ser realizados no curto e médio prazo para melhorar a produtividade do viveiro e fortalecer este empreendimento que representa um exemplo Apuiense de geração de emprego aliada é responsabilidade ambiental.

Outras iniciativas do Projeto

Além do viveiro, se aproveitamos a viagem para visitar algumas áreas de reflorestamento, pecuária semi-intensiva rotacional e café em agrofloresta.

Ao visitar estes projetos, percebe-se a necessidade de trabalhar em várias frentes para fazer com que os projetos tenham sucesso. No caso do reflorestamento, é preciso ter técnicos que sejam ao mesmo tempo educadores e pessoas que tenham a capacidade de desafiar a mentalidade dos proprietários para fazer com que eles percebam os benefícios do replantio.

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Ao trabalhar com pecuária semi-intensiva é necessário trabalhar com dados financeiros que mostrem que o maior investimento inicial deste sistema vale a pena ao longo do tempo já que gera maiores lucros no longo prazo.

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Já nos projetos de café em agrofloresta é preciso reestruturar o mercado para que o café com maior qualidade seja vendido a um preço mais favorável. Devido à existência de um monopsônio, que é a forma de mercado com apenas um comprador, o preço pago pelo café não beneficiado é baixo e homogêneo. Visando mudar este cenário, está prevista a construção de uma usina de beneficiamento de café, a qual se espera compre o café a um preço justo e diferenciado.

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