Programa de Aceleração – Idesam https://idesam.org Conservação e Desenvolvimento Sustentável Fri, 06 Dec 2019 20:04:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://idesam.org/wp-content/uploads/2021/01/cropped-logopsite_idesam-32x32.png Programa de Aceleração – Idesam https://idesam.org 32 32 Rodada de investimentos da PPA aporta R$ 4,8 mi em negócios de impacto amazônicos https://idesam.org/rodada-de-negocios-da-plataforma-parceiros-pela-amazonia-investe-r-48-mi-em-negocios-de-impacto-amazonicos/ https://idesam.org/rodada-de-negocios-da-plataforma-parceiros-pela-amazonia-investe-r-48-mi-em-negocios-de-impacto-amazonicos/#respond Fri, 06 Dec 2019 20:04:37 +0000 https://idesam.org/?p=19891 Iniciativa fomenta modelos de negócios que criam soluções econômicas para o desenvolvimento sustentável, gerando renda para produtores, comunidades e povos indígenas que mantêm a floresta em pé

Por Mônica Ribeiro

Foto: Henrique Saunier

Startups selecionadas para participar do Programa de Aceleração da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) se reuniram em Manaus para uma rodada de negócios com investidores de impacto, institutos e fundações filantrópicas. A apresentação dos pitches aconteceu no dia 05/12 em Manaus.

Foram investidos ao todo R$ 4,8 milhões em 9 negócios de impacto, que atuam nas áreas de produção de alimentos, geração de energia, extrativismo sustentável, educação ambiental, logística de transporte fluvial e plataforma de comercialização: Na Floresta, Coex Carajás, Oka Sucos, Prátika Engenharia, Tucum Brasil, Academia Amazônia Ensina, NavegAM, Manioca e Onisafra.

O valor investido nos negócios é quatro vezes maior do que o investido na rodada de negócios promovida pela PPA em 2018, que contabilizou um total de R$ 1,1 milhão. Os investidores da rodada 2019 foram SITAWI, USAID, Conexsus, Fundo Vale, Instituto Humanize, FIIMP, Grupo Rede Amazônica e Althelia Funds, quase todos membros da PPA.

“A rodada superou totalmente nossas expectativas. Ficamos surpreendidos com o estágio de desenvolvimento dos negócios e com o quanto eles estão prontos para receber investimento e iniciar um processo de expansão”, avalia o coordenador executivo da PPA e diretor de novos negócios do Idesam, Mariano Cenamo. “Essa rodada foi um pouco diferente da que realizamos no ano passado, sobretudo porque muitos negócios ainda estavam em fase de modelagem do negócio e inícioinicio de operações. Com esse novo grupo, um grande foco será desenvolver  estratégias de mensuração e comunicação de impacto de seus negócios”, avalia.

Ted Gehr, diretor da USAID Brasil, destaca que “além do progresso real no número de inscritos e no volume de investimentos de um ano para o outro, fiquei muito impressionado com a qualidade das apresentações. Ficou claro que eles pensaram seriamente nos planos de negócios, e o entusiasmo que todos mostraram com seus produtos e serviços e com o desenvolvimento sustentável da Amazônia”.

Investidores apostam no futuro que começa agora

Antes de começarem as negociações, CEOs de empresas integrantes da PPA e investidores participaram de uma mesa sobre investimentos de impacto na Amazônia que destacou a inovação e a vanguarda desses negócios na mudança da chave de desenvolvimento econômico da Amazônia e a importância de ter mecanismos técnicos e financeiros para fomentar esse movimento.

Denis Minev, CEO da Bemol e integrante da PPA, avalia que o Programa de Aceleração e as rodadas de investimento já têm resultados em pouco tempo de atuação: “Muita gente fala sobre o tema da bioeconomia, que é um tema importantíssimo na Amazônia como um todo, mas vejo muita fala e pouca gente criando coisas que efetivamente vão melhorar as condições de vida na região utilizando a bioeconomia. E essa iniciativa da PPA já está mostrando que é possível construir empresas novas, mobilizar empresários bons e profundos, cientistas, empreendedores que realmente conhecem a Amazônia, para construir esse futuro mais próspero para cá”.

Márcia Côrtes, do Instituto Humanize, reforça também o potencial da bioeconomia no Brasil: “O Instituto Humanize resolveu participar da PPA porque acredita que esse potencial enorme de negócios está na Amazônia, e precisa de investimento e pesquisa para avançar. Esses empreendedores são pioneiros em promover negócios com propósito e impacto positivo. A PPA conseguiu identificar essa rede de empreendedores e de negócios sustentáveis que já acontecem na floresta, e esse é o futuro da questão ambiental. Essa tendência a ter negócios que deixam a floresta em pé, que restauram, de preservar com essa inteligência de gerar renda e também gerar prosperidade para as pessoas que vivem na floresta”.

Um dos investidores da rodada, o Fundo Vale, atua há dez anos na Amazônia apoiando projetos de desenvolvimento local por meio da filantropia, tem olhado com mais atenção para o ecossistema de negócios de impacto em expansão na floresta: “A gente aprendeu, nesse tempo todo, que não é possível transformar se não oferecemos novas possibilidades para a economia local, de mudança de mentalidade. E isso não conseguimos só com o modelo tradicional da filantropia. Agora estamos olhando mais para esse viés de negócios de impacto, e essa rodada de negócios superou nossas expectativas. Apoiamos hoje três negócios, mas vários outros, quando ganharem maturidade, volume de produção e serviços, têm grandes possibilidades de fazer conexões com trabalhos que o Fundo Vale vem fazendo, inclusive na área de restauração e preservação de florestas. Isso é só o início. Temos um potencial incrível pela frente se ajudarmos esses negócios a se desenvolverem”, avalia Márcia Soares, do Fundo Vale.

Investimento que faz a diferença 

Para os negócios de impacto em fase inicial, muitas vezes é difícil encontrar investidores que trabalhem com tickets de valores menores, o que dificulta o acesso a recursos por parte dos negócios em fases iniciais, que precisam de aportes menores para rodar. Essa é também uma importante contribuição da PPA a essas startups, como aponta Andrea Resende, diretora e responsável pela área de investimento de impacto da SITAWI.

“A SITAWI tem um histórico de parceria com o PPA e outros projetos voltados para investimento de impacto e para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Apoiar o desenvolvimento de novos modelos de negócio sustentáveis na região é uma das nossas prioridades. Esse trabalho da PPA, de juntar diferentes tipos de investidores e capital para tornar possível o financiamento desses negócios, é fundamental, porque as empresas e negócios só se tornarão grandes se tiverem o primeiro, o segundo cheque. Estamos felizes em ampliar ainda mais a participação da SITAWI nesta nova rodada, com apoio técnico na seleção e avaliação dos negócios e como principais investidores”, avalia.

Participaram da rodada de negócios deste ano 8 das 15 startups selecionadas para o Programa de Aceleração da PPA 2020, além de duas outras que integraram o Programa em 2019: Na Floresta, Coex Carajás, Oka Sucos, Tucum, Academia Amazônia Ensina, NavegAM, Nossa Fruits, Manioca e Onisafra. Os investimentos em cada negócio variaram em acordo com suas necessidades e nível de estruturação.

Outros negócios selecionados para o Programa 2020 concorreram ao Prêmio Empreendedor PPA, também entregue durante a rodada de negócios, que premiou três deles com R$ 10 mil cada: Instituto Ouro Verde, Serras Guerreiras de Tapuruquara e Cacauway.

Artur Coimbra, proprietário da empresa Na Floresta, recebeu o maior ticket de investimento da rodada de negócios. O principal produto é o chocolate Na’kau, produzido desde 2017 com cacau amazônico comprado de comunidades ribeirinhas e agroextrativistas: “Já passamos por muita dificuldade e baixas para continuar existindo. Com esse recurso vamos trabalhar e trazer retorno para todo mundo que nos apoia e fazer ainda mais. Precisamos também desse programa de aceleração da PPA, pra gente se escutar e ter ajuda de outras pessoas pra lidarmos melhor com modelo de negócio, questões financeiras, números. Nos profissionalizar ainda mais. A Amazônia precisa disso, e nosso compromisso é atender as pessoas que estão aqui”, avalia.

Outra startup investida, a NavegAM, busca resolver um gargalo importante para os próprios negócios amazônicos: a logística de transporte fluvial. “Saímos com mais do que o dobro do que pedimos aos investidores. Vamos investir tudo em desenvolver as soluções voltadas à Amazônia, na busca de solucionar o gargalo que é, além do transporte de passageiros e do frete fluvial, a dificuldade de conseguir informação nesse setor”, avalia Geferson Oliveira, um dos integrantes do negócio.

>> Conheça mais sobre os negócios investidos e participantes do Programa de Aceleração 2020 aqui.

Sobre o Programa de Aceleração e a PPA

O Programa de Aceleração é liderado por um grupo de empresas da PPA, coordenado pelo Idesam e conta com apoio estratégico e financeiro da USAID, CIAT, Instituto Humanize e Fundo Vale.

A Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) é uma plataforma de ação coletiva, liderada pelo setor privado, que busca a construção de soluções inovadoras, tangíveis e práticas para o desenvolvimento sustentável, conservação da biodiversidade, florestas e recursos naturais da Amazônia. Atua por meio de quatro grupos temáticos (GTs): (1) Empreendedorismo, investimento de impacto e aceleração de negócios sustentáveis; (2) Oportunidades estratégicas de investimento, com base em incentivos fiscais e bioeconomia; (3) Fortalecimento de cadeias de valor Amazônicas e compras locais; (4) Fortalecimento de relações entre comunidades e empresas com base em gestão territorial integrada e Usos Socioambientais de Reservas Privadas.

Para conhecer as empresas e organizações que integram a Plataforma, clique aqui.

 

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Programa de Aceleração da PPA divulga negócios selecionados para a turma de 2020 https://idesam.org/programa-de-aceleracao-da-ppa-divulga-negocios-selecionados-para-a-turma-de-2020/ https://idesam.org/programa-de-aceleracao-da-ppa-divulga-negocios-selecionados-para-a-turma-de-2020/#respond Wed, 06 Nov 2019 14:15:33 +0000 https://idesam.org/?p=19818 Selecionadas entre 201 inscritos, 15 iniciativas participarão do Programa em 2020 e já concorrem a investimentos de até R$ 800 mil durante uma rodada de negócios em dezembro deste ano

 

Por Mônica Ribeiro
Fotos: Henrique Saunier

 

Academia Amazônia Ensina, Cacauway, Coex Carajás, CODAEMJ, Instituto Ouro Verde, ManejeBem, Na Floresta, NavegAM, Nossa Fruits, Oka, ONF Brasil, Prátika Engenharia, Serras Guerreiras de Tapuruquara, Taberna da Amazônia e Tucum, são os negócios de impacto selecionados para participar do Programa de Aceleração da Plataforma Parceiros pela Amazônia em 2020.

Dos 15 selecionados, seis estão localizados no estado do Amazonas, quatro no Pará, dois no Mato Grosso, dois no Rio de Janeiro e um em Santa Catarina. Pela primeira vez a Chamada de Negócios abriu a possibilidade de inscrição para empresas sediadas em outras regiões do país, desde que estejam dispostas a abrir endereço na região Norte em até seis meses após o início do Programa.

As iniciativas se conectam com 14 dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a Agenda 2030. Os negócios selecionados trazem soluções em: agricultura e pecuária sustentável, manejo e produção florestal, produtos e serviços ambientais, educação para a conservação do meio ambiente, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, entre outros.

“Além do aumento no número de negócios inscritos, a diversidade e qualidade dos negócios chamou atenção nessa segunda edição da Chamada da PPA. Os 201 inscritos vieram de 15 estados brasileiros, o que mostra como os empreendedores de impacto têm olhares voltados para a Amazônia nesse momento. A maioria dos inscritos se concentram, ainda, nos estados do Pará e do Amazonas, mas tivemos propostas vindas de todas as cinco macrorregiões do país”, avalia Mariano Cenamo, Diretor de Novos Negócios do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e Coordenador Executivo da PPA.

Para Cenamo, a quantidade, a diversidade e a qualidade dos negócios inscritos são fatores que demonstram que o Programa de Aceleração da PPA, ainda em sua segunda edição, já se destaca como referência na região. “Foi difícil chegar aos 15 finalistas, mas estamos seguros que daqui surgirão soluções inovadoras para os problemas socioambientais mais urgentes da Amazônia. Muitos negócios de qualidade e potencial foram inscritos, demonstrando o grande interesse em participar do Programa. Acredito que o nosso grande diferencial é ser um programa da Amazônia para a Amazônia, ou seja, customizado de acordo com as necessidades daqui e cocriado com uma extensa rede de parceiros e com a primeira turma acelerada em 2019.”

A conexão que se criou entre os empreendedores participantes é um dos pontos altos da iniciativa. Além de se perceberem como parte de uma rede, trocam experiências e testam possibilidades de negócios entre si, potencializando a cultura amazônica e ativos de sua sociobiodiversidade. A expectativa é que esse grupo se una à nova turma que começa o Programa em 2020, e que essa rede cresça e se fortaleça a cada ano.

Empreendedores da primeira turma em um dos eventos de capacitação promovidos pelo programa da PPA

“Nós acreditamos no fortalecimento da economia da região Amazônica através do apoio a negócios com soluções de impacto e pautados pela sustentabilidade. O Programa de Aceleração da PPA é uma excelente oportunidade para  fortalecer iniciativas inovadoras, que geram renda e valorizam a biodiversidade. São negócios com práticas inclusivas e justas, que preservam o meio ambiente e incrementam o desenvolvimento econômico de toda a região,” avalia Márcia Côrtes, gerente de sustentabilidade do Instituto Humanize.

Além de integrarem o Programa de Aceleração em 2020, os negócios selecionados participarão de uma rodada de negócios com investidores em dezembro deste ano, buscando aportes financeiros para demandas específicas de suas iniciativas, com possibilidade de obter até R$ 800 mil por negócio.

“O Programa de Aceleração é um modelo importante para a Amazônia, porque está preparando empreendedores e negócios sociais para terem um crescimento sustentável e, ao mesmo tempo, produzirem resultados envolvendo comunidades e preservando a floresta. Se queremos modelos que substituam uma economia da ilegalidade ou não sustentável, precisamos apoiar negócios, startups, ideias que seguem nessa direção. E esse programa está fazendo isso”, avalia Ted Gehr, diretor da USAID Brasil, parceira estratégica da PPA.

A Chamada de Negócios PPA 2019 foi realizada pela Plataforma Parceiros pela Amazônia, com coordenação do Idesam, parceria estratégica e apoio financeiro de USAID, CIAT, Instituto Humanize e Fundo Vale. Contou com a parceria da Pipe Social, Centro de Empreendedorismo da Amazônia, Instituto Centro de Vida (ICV), Fundação CERTI, Fundação Rede Amazônica, FIIMP, Sitawi, ICE< NESsT e Conexsus e apoio das seguintes empresas e organizações: Natura, Instituto Peabiru, Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) Bemol, DD&L, Whirpool Cervejaria Ambev, Beraca, Agropalma, Abrapalma, Althelia e Grupo Rede Amazônica.

Conheça os negócios selecionados na página oficial da PPA.

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PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DA PPA SE REÚNEM PARA ÚLTIMO WORKSHOP DA JORNADA DE CAPACITAÇÃO https://idesam.org/participantes-do-programa-de-aceleracao-da-ppa-se-reunem-para-ultimo-workshop-da-jornada-de-capacitacao/ https://idesam.org/participantes-do-programa-de-aceleracao-da-ppa-se-reunem-para-ultimo-workshop-da-jornada-de-capacitacao/#respond Thu, 05 Sep 2019 15:24:28 +0000 https://idesam.org/?p=19594 Encontro de 3 dias aconteceu em Alter do Chão, no Pará

 

Por Mônica Ribeiro
Foto: Henrique Saunier

 

O último workshop presencial da primeira turma do Programa de Aceleração da Plataforma Parceiros Pela Amazônia (PPA) aconteceu nos dias 28 a 30 de agosto em Alter do Chão, no Pará. Focado em finanças, investimentos e storytelling, o encontro reuniu os empreendedores ao longo dos três dias para avançar em temas como comercialização online para produtos amazônicos, introdução à contabilidade, lucro líquido e fluxo de caixa, demonstração de resultados, projeções futuras e Pitch Deck e storytelling. Os facilitadores foram Leonardo Letelier e Fernanda Dativo, da Sitawi, e Laura Motta, do Mercado Livre.

Os dois primeiros dias foram destinados a abordar temas do comércio online de produtos amazônicos e da contabilidade. Laura Motta compartilhou com os empreendedores lições aprendidas pelo Mercado Livre e dicas para potencializar a comercialização de produtos online. E Fernanda Dativo avançou com o grupo em valuation, análise de demonstrações financeiras, criação de índices de desempenho e construção de informações para tomada de decisão e captação de investimentos.

“Temos que pensar em como valorizar o processo de produção a favor do comércio online, para gerar posicionamento e storytelling de marca. No caso da Amazônia, muitos dos produtos não terão a velocidade esperada de produção no sudeste do país, por exemplo, então é bacana valorizar o processo produtivo detalhando as etapas e informando isso ao consumidor. O que poderia ser um problema pode virar oportunidade com a valorização do trabalho, do processo e do impacto que gera”, apontou Laura.

Na abordagem sobre finanças, Fernanda iniciou o workshop afirmando que as finanças não são uma ciência exata, e sim fontes de informação: “É importante ter em mente como mostrar e interpretar, mas não existe nada exato. As maiores dores dos empreendedores são entender a operação por si só, o potencial de alcance, se é lucrativa, se precisa mudar, a entrada de despesas que não são da operação e dão prejuízo, prever custos e entender capacidade de produção, chamar investidores, tomar decisões, entender para detectar problemas antes que eles aconteçam”.

“Essa linguagem financeira, que não é fácil, foi compartilhada conosco de uma forma muito suave. Aqui temos negócios em estágios muito diferentes, e apesar disso o modo como os conceitos foram apresentados fez com que fossem entendidos por todo mundo. Eu nunca vi nada sobre finanças e investimentos de uma forma tão didática”, avalia César De Mandes, da empresa Chocolate de Mendes.

No terceiro dia do workshop, Leonardo Letelier, CEO da Sitawi, avançou com os empreendedores em abordagens focadas em determinar tipos de investimento ou financiamento adequados para cada etapa do negócio e na construção de Pitch Deck Storytelling.

O grupo teve a oportunidade de rever os pitchs apresentados para a Chamada PPA de Negócios de 2018, e o resultado foi apresentado pelos empreendedores na última atividade prática do workshop.

“É um processo de voltar a olhar para esse pitch que fizemos no início do Programa de Aceleração, de reflexão. Percebemos as deficiências que ele tinha: nossa equipe não estava na apresentação, nem nossos números, competidores e lugar no mercado. O grande pulo do gato aqui hoje foi a reflexão e a maturidade”, avalia Joziane Alves, da 100% Amazônia.

Leonardo Letelier avalia que os empreendedores se saíram bem na reformulação dos pitchs e sabem o que precisa ser melhorado: “Quem aqui fez o dever de casa, pensou no que ia nos apresentar, realmente fez apresentações melhores”.

Para a coordenadora do Programa de Aceleração da PPA, Ana Carolina Bastida, o último workshop foi importante para fechar a jornada de aceleração, que anteriormente levou aos empreendedores tese de impacto, modelo de negócios, mercado e gestão. “Abordamos agora as questões financeiras, os principais indicadores, e isso é importante para que eles saibam como interpretar a contabilidade do seu negócio e a partir disso tomar decisões. E também que tipo de informações devem ser levadas para os investidores, e quais tipos de investimento mais adequados para cada perfil de negócio. A elaboração desse pitch elevator junta um pouco de tudo o que eles já viram no Programa – mercado, impacto, capacidade organizacional, equipe – e ajuda a treinar o storytelling”.

Conexões

Empreendedores de 10 dos 15 negócios acelerados visitaram em Belterra, a cerca de 40 minutos de Alter do Chão, a Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Belterra (Amabela), referência da defesa do cultivo e consumo de alimentos sem agrotóxico na região e no cuidado com o meio ambiente. Ao todo, 45 mulheres se dedicam a plantar em seus quintais.

O grupo ouviu um pouco da história de criação e atuação da Amabela e foi recepcionado com um jantar preparado especialmente para o encontro. César De Mendes, do empreendimento Chocolate De Mendes, já conhecia o trabalho das mulheres, em especial um dos produtos em específico, o Cupulate, parecido com chocolate, só que feito com o cupuaçu. Em parceira com a Amabela, De Mendes vai lançar em breve uma barra de cupulate.

“Em novembro vou trazer estufa de secagem, forno e dois freezers grandes para cá. Elas são carentes de estrutura física para esse processo de produção do cupulate. Elas vão oferecer a matéria prima para a barra e eu vou ajudá-las na padronização. A tecnologia social é delas, e vamos trazer essa história da Amabela para dentro do produto, pra que o consumidor conheça tudo isso”, diz Cesar.

As conexões têm sido importantes ao longo do Programa de Aceleração da PPA, tanto com potencial de cruzamento entre os negócios como de fortalecimento desses empreendedores.

“O Programa como um todo tem sido muito bom em conexões e aprendizados, de perceber que não somos loucos sozinhos em termos de impacto e Amazônia. Me surpreendeu muito, e ajudou especialmente na nossa visão de impacto. Nossa motivação sempre foi tornar os sabores amazônicos mais conhecidos e acessíveis, porque nós somos da área de gastronomia. Mas a gente não se enxergava como negócio de impacto. Passamos a mensurar e valorizar isso na nossa comunicação e internamente na equipe”, diz Joanna Martins, da Manioca.

Mariano Cenamo, coordenador executivo da PPA e diretor de novos negócios do Idesam, avalia que o ciclo de capacitação do Programa como um todo foi bem desenhado em função do que essa turma de empreendedores trouxe como necessidade – impacto, mercado, gestão e finanças –, e que a conexão estabelecida entre eles é realmente uma força. “Esses encontros foram muito importantes também para ampliar essa conexão. No primeiro dia do primeiro workshop eles estavam distantes, no segundo já mais próximos, querendo conhecer melhor um ao outro e seus negócios. No segundo workshop já houve uma interação mais próxima, e a cada encontro a gente percebe que eles se conhecem mais e já pensam em fazer negócios juntos. Isso foi o mais rico das capacitações”.

Ao fim do workshop, os empreendedores foram convidados a definir em uma palavra como se sentiam. As palavras que mais apareceram foram gratidão, parceria, motivação, aprendizado, desafio, conhecimento e esperança.

Embora a série de workshops presenciais tenham terminado, o grupo continua recebendo orientações individuais até o final do ano. Alguns dos empreendedores inclusive se candidataram para as rodadas de negócio da Chamada realizada este ano, que selecionará outros 15 empreendedores para participarem do Programa de Aceleração em 2020 e/ou participarem da Rodada de Investimento em dezembro de 2019.

“Agora ajudamos a preparar quem vai se candidatar a investimento e trabalhamos para fortalecer essa rede cada vez, buscando concretizar essas possibilidades de conexão, do fazer negócios junto, de fortalecê-los. Esse é o grande desafio”, diz Ana Carolina.

Para saber mais sobre o Programa de Aceleração da PPA e dos negócios acelerados em 2019, acesse: http://aceleracao.ppa.org.br/

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Programa de Aceleração da PPA é finalista em prêmio de soluções inovadoras https://idesam.org/programa-de-aceleracao-da-ppa-e-finalista-em-premio-de-solucoes-inovadoras/ https://idesam.org/programa-de-aceleracao-da-ppa-e-finalista-em-premio-de-solucoes-inovadoras/#respond Mon, 29 Jul 2019 18:02:25 +0000 https://idesam.org/?p=19364 O Idesam concorreu com outras iniciativas do Brasil, Equador, Bolívia e Colômbia

 

Texto e Foto: Henrique Saunier

 

A Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) foi uma das cinco finalistas da Chamada de Soluções Inovadoras, promovida pela rede SDSN (Soluções para o Desenvolvimento Sustentável) com o objetivo de selecionar as melhores iniciativas que ajudem a sociedade a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pelas Nações Unidas.

Em segundo lugar na avaliação final do comitê técnico-científico, a PPA concorreu com o seu Programa de Aceleração de Negócios de Impacto, que no seu primeiro ano acompanha 15 empresas de impacto socioambiental na Amazônia e já encerrou a sua segunda chamada para receber novas empresas a partir deste ano. A iniciativa do Idesam ficou atrás apenas do projeto peruano “Gastronomia com sabor de preservação”, além de concorrer com ideias inovadoras do Equador, Bolívia e Colômbia.

Para Ana Carolina Bastida, da equipe de coordenação da PPA, participar de processos como esse da SDSN é essencial para o Programa de Aceleração, principalmente pela visibilidade que dada ao trabalho de apoio aos negócios. “Estamos no primeiro ano e receber esse reconhecimento dos resultados fortalece o programa e é um ganho para todos nós. Além disso, isso incentiva o fortalecimento do ecossistema de negócios de impacto para a Amazônia como um todo, pois quando falamos nesse setor, geralmente existem ações voltadas mais para o Sul e Sudeste, então a PPA traz esse olhar mais voltado para a região”, destacou Bastida.

Além de atender ao máximo os ODS das Nações Unidas, foram avaliados a relevância, caráter inovador, viabilidade financeira, escalabilidade e impacto atual ou em potencial. Agora, o projeto vencedor será apresentado na Conferência Internacional de Desenvolvimento Sustentável, em Nova Iorque, ainda este ano.

“Ficamos muito honrados com a seleção do Programa de Aceleração da PPA para esta final do processo da SDSN, um verdadeiro reconhecimento de que estamos no caminho certo. Fomentar o empreendedorismo sustentável e novos negócios na Amazônia é o caminho fundamental para resolver os problemas socioambientais mais urgentes da região”, ressalta Mariano Cenamo, coordenador da PPA e diretor de novos negócios do Idesam.

Um dos destaques da premiação também foi a Peabiru Produtos da Amazônia, empresa participante do Programa de Aceleração da PPA, que concorreu com seu projeto de meliponicultura em comunidades tradicionais no Pará e Amapá. Para saber mais sobre o Programa de Aceleração da PPA, acesse o site oficial da iniciativa.

 

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Startups começam a contar suas histórias através de produtos sustentáveis da Amazônia https://idesam.org/startups-comecam-a-contar-suas-historias-atraves-de-produtos-sustentaveis-da-amazonia/ https://idesam.org/startups-comecam-a-contar-suas-historias-atraves-de-produtos-sustentaveis-da-amazonia/#respond Fri, 26 Apr 2019 21:39:26 +0000 https://idesam.org/?p=18924 Os empreendimentos tiveram a oportunidade de preparar uma apresentação para o time de especialistas da produtora O2 Filmes

 

Texto e foto: Henrique Saunier

 

Contar a “história por trás do produto” para criar empatia com o consumidor foi o desafio que os negócios de impacto socioambiental tiveram que encarar, no encerramento do segundo Workshop do Programa de Aceleração da PPA, realizado, em Belém (PA) entre os dias 24 e 26 de Abril. Depois de dois dias de discussão e exercícios voltados para marketing, vendas e posicionamento de marca, as 15 empresas aceleradas participaram de uma oficina de comunicação para negócios sustentáveis, facilitada pela produtora O2 Filmes.

Os empreendimentos tiveram a oportunidade de preparar uma apresentação para o time de especialistas da produtora, contando uma história que pudesse mostrar o impacto socioambiental de seus negócios e emocionar o público consumidor. Tendo a internet como principal meio de comunicação atual com os clientes, Janaína Augustin, da O2 Filmes, conseguiu oferecer um retorno imediato aos empreendedores amazônicos, atentos a todas as dicas.

Para Augustin, além de saber vender o produto, os negócios de impacto precisam vender uma história, e a internet pode ser uma boa aliada, principalmente pelo alto alcance e baixo custo. “A primeira comunicação tem que estar no celular. Estudos sobre o tempo de consumo de conteúdo mostram que 70% é feito pelo celular, de maneira rápida”, destaca Augustin.

Rafael Potiguar, da Peabiru Produtos da Floresta, foi uma das pessoas que saíram transformadas do workshop. Segundo Potiguar, o encontro o ajudou a se situar mais enquanto pessoa que trabalha com a Amazônia, inclusive trocando ideias com outros empresários mais experientes.

“Temos uma noção do que somos enquanto empresa, só que temos dificuldade em como comunicar e mostrar para outras pessoas nosso diferencial. Trabalhamos com produtores ribeirinhos, temos toda uma história por trás, mas o desafio é como mostrar isso para as outras pessoas e causar interesse pelo produto”, ressalta Potiguar.

Com dez anos de existência, a 100% Amazônia também já sentiu reverberar os ensinamentos do acompanhamento do Programa de Aceleração no dia a dia da empresa, incluindo o sentimento que move a sua atuação na região. “Eu vejo que o nos une é o afeto que temos pela Amazônia, tanto no sentido de acolher e amar, mas também de afetar. Todo o nosso trabalho impacta no meio ambiente e na nossa floresta, e a gente tem a responsabilidade de preservar”, enfatiza Alves.

Focado no posicionamento, relação com consumidores e na criação do universo das marcas, o 2° Workshop do Programa de Aceleração da PPA foi um auxílio para ajudar os empreendedores a “embalar” a identidade que destaca esses negócios e mostrar o impacto positivo que eles vem gerando no meio ambiente e em comunidades da Amazônia.

“Conseguimos ver o nascimento de vários insights nos exercícios entre os empreendedores. Quando eles começam a pensar em seus clientes como personagens, fica mais fácil depois pensar em uma estratégia de mercado”, observa Ana Bastida, da coordenação do Programa de Aceleração.

Sobre o Programa de Aceleração

Em 2018, a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) realizou sua primeira Chamada de Negócios, recebendo 81 inscrições. Destas, 15 foram selecionadas para participar do Programa de Incubação e Aceleração da PPA durante o ano de 2019 e inclui a realização de oficinas e workshops, mentorias, assessoria jurídica e contábil, bolsas de estudo e a viabilização de espaços de coworking para as startups e empreendedores selecionados em seu portfólio. Além deste segundo workshop realizado em Belém, mais dois encontros devem acontecer em Manaus (AM) e Santarém (PA).

A PPA nasceu com o objetivo de liderar a construção de soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável na Amazônia junto a empresas e o setor privado, priorizando investimentos em negócios de impacto socioambiental. Na prática, a PPA atua na incubação e aceleração de empreendedores, na realização de estudos estratégicos para ampliação de investimentos e por meio da parceria entre empresas, comunidades e governos.

O Programa é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM), com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT).

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Estratégias para negócios de impacto marcam 2° workshop do Programa de Aceleração da PPA https://idesam.org/estrategias-para-negocios-de-impacto-marcam-2-workshop-do-programa-de-aceleracao-da-ppa/ https://idesam.org/estrategias-para-negocios-de-impacto-marcam-2-workshop-do-programa-de-aceleracao-da-ppa/#respond Thu, 25 Apr 2019 02:11:30 +0000 https://idesam.org/?p=18914 Texto e foto: Henrique Saunier

 

As estratégias de posicionamento no mercado e melhor entendimento do seu público consumidor foram os pilares apresentados para os 15 empreendimentos que buscam estruturar seus negócios de impacto socioambiental, no primeiro dos três dias de muito aprendizado promovido pelo 2° Workshop do Programa de Aceleração da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA). Realizado em Belém (PA), o encontro segue até esta sexta-feira (26), com conceitos teóricos e exercícios práticos sobre marketing, comunicação e formulação de preços voltados a empresas com iniciativas sustentáveis.

Em parceria com a Flowmakers, os dois primeiros dias contam com oficinas que vão ajudar os empreendedores a encontrar respostas para questões desafiadoras como a interação com os clientes certos, a personalidade da marca e as diferentes alternativas de canais de comunicação com esse público. Para Rafael Ucha, fundador da Flowmakers, esses são conhecimentos essenciais para qualquer empreendedor para que eles possam levar seus produtos e serviços ao mercado.

“Quando a gente fala de produtos e serviços de impacto, a gente fala também de coisas inovadoras. Os consumidores dessas coisas inovadoras têm pensamentos e comportamentos diferentes. Então é importante mapear para entender quem são essas pessoas e como elas são diferentes da grande massa”, observa Ucha.

Uma das empresas aceleradas pela PPA, a Encauchados da Amazônia, já reconhece os frutos do acompanhamento feito pelo programa, fundamental para a reestruturação do empreendimento, que busca resgatar a identidade da “seringueira” na Amazônia, com geração de renda e autonomia aos produtores familiares, além de evitar o desmatamento.

“Adquirimos novos maquinários e ampliamos a capacidade produtiva da fábrica de sandálias. Hoje estamos com uma equipe mais completa, contratamos gerente de fábrica, o que possibilitou também o aumento de produção de 1,2 mil pares, por mês, para 2 mil pares. O workshop nos dá acesso a conhecimentos específicos, que muitas vezes não temos, pois nos focamos muito na parte básica dos negócios. Não adianta ter muita expertise na produção, mas não no mercado”, destacou Francisco Samonek, fundador da Encauchados.

Mariano Cenamo, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e coordenador da PPA, analisa que os empreendedores assistidos pelo Programa de Aceleração já avançaram bastante na construção dos seus modelos apresentação de seus negócios e mensuração do impacto socioambiental. Cenamo acredita que os workshops promovidos iniciam uma nova etapa na vida dessas empresas, que agora dispõem de mais ferramentas para por em prática suas estratégias para chegar até consumidor final.

Desde 2015, é justamente essa ponte que a Tipiti tenta construir entre o pequeno produtor e aqueles que buscam produtos paraenses sustentáveis. Uma das fundadoras da empresa, Glinis da Rocha, já havia participado de outros três programas de aceleração anteriormente, todos administrados por instituições estrangeiras. “A PPA lançar esse olhar para dentro da Amazônia é algo muito importante. Os indicadores e as provocações que surgiram desse programa de aceleração, além das conexões e oportunidades são todos pontos positivos que impactaram a história da nossa empresa”, afirma Rocha.

O worskshop terá ainda dia dedicado à comunicação empresarial, com apresentações de parceiros da PPA no programa de aceleração, O2 Filmes e Uni Amazônia, que trarão novas ferramentas de comunicação para as empresas, além de ajudar os empreendedores a como contar a história de seus negócios.

Sobre a PPA

A Plataforma de Parceiros pela Amazônia (PPA) nasceu com o objetivo de liderar a construção de soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável na Amazônia junto a empresas e o setor privado, priorizando investimentos em negócios de impacto socioambiental. Na prática, a PPA atua na incubação e aceleração de empreendedores, na realização de estudos estratégicos para ampliação de investimentos e por meio da parceria entre empresas, comunidades e governos.

Atualmente, a coordenação executiva da PPA é exercida pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM), a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), a Equipe de Conservação da Amazônia (ECAM) e o Instituto Peabiru.

 

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