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Ao final de um ano de trabalho, j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel ver os resultados pr\u00e1ticos do modelo de produ\u00e7\u00e3o pecu\u00e1ria implementado no in\u00edcio de 2012 pelo Projeto Semeando Sustentabilidade em Apu\u00ed.<\/p>\n
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O projeto viabilizou a constru\u00e7\u00e3o de tr\u00eas unidades demonstrativas (UDs) de pecu\u00e1ria no munic\u00edpio, com atividades que incorporam manejo, intensifica\u00e7\u00e3o e recupera\u00e7\u00e3o de pastagens. Desde ent\u00e3o, os t\u00e9cnicos do projeto acompanham as propriedades e coletam dados que servir\u00e3o para avaliar a viabilidade t\u00e9cnica e econ\u00f4mica dessas novas pr\u00e1ticas.<\/p>\n
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Com os resultados preliminares \u2013 dados de ganho de peso, produ\u00e7\u00e3o leiteira, crescimento e qualidade do capim e o fluxo de caixa das fazendas \u2013 j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel perceber que o modelo tem grande potencial para ser divulgado e replicado a outros interessados. O engenheiro agr\u00f4nomo Murilo Betarello, da Consultoria Via Verde, contratada pelo Idesam para avalia\u00e7\u00e3o das UDs, destaca que ainda \u00e9 preciso continuar a corre\u00e7\u00e3o, aduba\u00e7\u00e3o e manejo da \u00e1rea para explorar o melhor potencial produtivo que pastagens tropicais podem oferecer.<\/p>\n
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Betarello destaca que, ainda que os gastos para implanta\u00e7\u00e3o das UDs sejam elevados, a ado\u00e7\u00e3o das pr\u00e1ticas gera um cen\u00e1rio econ\u00f4mico positivo: “A maior dificuldade da regi\u00e3o \u00e9 a importa\u00e7\u00e3o de insumos, como calc\u00e1rio e adubos fosfatados para a corre\u00e7\u00e3o do solo. Mas os investimentos s\u00e3o justificados com o aumento de produtividade”, acentua.<\/p>\n
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Os resultados da avalia\u00e7\u00e3o ser\u00e3o apresentados no pr\u00f3ximo dia 7 de mar\u00e7o (quinta-feira) na C\u00e2mara de Vereadores de Apu\u00ed. O objetivo \u00e9 incentivar novos produtores a implementarem a implanta\u00e7\u00e3o da pecu\u00e1ria semiintensiva em suas propriedades.<\/p>\n
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“Esse \u00e9 o melhor investimento para aumentar a produtividade e diminuir o desmatamento. \u00c9 atrav\u00e9s de investimentos dessa natureza que o combate ao desmatamento ser\u00e1 efetivo no Amazonas”, destaca Robson Marmentini, um dos primeiros agropecuaristas de Apu\u00ed a implantar as unidades demonstrativas no projeto Semeando Sustentabilidade.<\/p>\n
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A Fazenda S\u00e3o Lucas I, de propriedade de Marmentini, fica situada pr\u00f3ximo \u00e0 sede do munic\u00edpio de Apu\u00ed e \u00e9 um bom exemplo de como as UDs podem trazer benef\u00edcios ambientais ao mesmo tempo em que apontam para um expressivo retorno econ\u00f4mico. De uma m\u00e9dia de 0,6 UA\/ha (unidades animais por hectare) que era verificada antes da implanta\u00e7\u00e3o do manejo semiintensivo, agora a fazenda apresenta um \u00edndice de 2,71 UA\/ha. O aumento desse \u00edndice mostra que a necessidade de abrir novas \u00e1reas de floresta para a pastagem \u00e9 cada vez menor, inclusive com o aumento da atividade pecu\u00e1ria. Nas demais fazendas acompanhadas os \u00edndices chegaram a 1,53 UA\/ha e 1,99 UA\/ha, sempre mais que o dobro do \u00edndice m\u00e9dio anterior (0,6).<\/p>\n
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Para o coordenador do Projeto Semeando Sustentabilidade em Apu\u00ed, Gabriel Cardoso Carrero, com os resultados da viabilidade t\u00e9cnica e financeira, ser\u00e1 poss\u00edvel incentivar a reprodu\u00e7\u00e3o da experi\u00eancia em maior escala no munic\u00edpio. Para isso, o Idesam j\u00e1 come\u00e7ou a buscar poss\u00edveis parceiros para o desenvolvimento de uma linha de cr\u00e9dito ao produtor rural que quer trabalhar com a pecu\u00e1ria de baixo impacto. “O objetivo \u00e9 permitir que, no futuro, o produtor que deseja melhorar sua produ\u00e7\u00e3o, ao mesmo tempo em que preserva \u00e1reas de floresta e recupera passivos ambientais, possa ter cr\u00e9dito para a implanta\u00e7\u00e3o do modelo semiintensivo”, explica.<\/p>\n
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