{"id":12465,"date":"2013-11-06T12:41:54","date_gmt":"2013-11-06T14:41:54","guid":{"rendered":"https:\/\/idesam.org.br\/?p=4370"},"modified":"2013-11-06T12:41:54","modified_gmt":"2013-11-06T14:41:54","slug":"apoio-a-producao-extrativista-da-terra-indigena-jiahui","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/idesam.org\/apoio-a-producao-extrativista-da-terra-indigena-jiahui\/","title":{"rendered":"Apoio \u00e0 produ\u00e7\u00e3o extrativista da Terra Ind\u00edgena Jiahui"},"content":{"rendered":"

Por Andr\u00e9 Vianna, coordenador do Programa Manejo Florestal do Idesam<\/em><\/span><\/p>\n

<\/div>\n

No dia 5 de outubro, sai de Manaus rumo a Terra Ind\u00edgena Jiahui com o objetivo de atuar em atividades de fomento \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de castanha e a\u00e7a\u00ed na aldeia durante duas semanas. Atualmente, os Jiahui comercializam produtos como: fruto de a\u00e7a\u00ed, castanha e \u00f3leo de copa\u00edba> mas a venda \u00e9 feita de forma individual e sem muitos recursos: muitos tem que utilizar o \u00f4nibus ‘de linha’ para transportar os produtos at\u00e9 a sede de Humait\u00e1, munic\u00edpio onde a TU est\u00e1 localizada. Em 2012, ocorreu a primeira experi\u00eancia de comercializa\u00e7\u00e3o coletiva.<\/p>\n

<\/div>\n

Saiba mais sobre a etnia Jiahui aqui: Um pequeno hist\u00f3rico sobre os Jiahui<\/a><\/strong><\/p>\n

<\/div>\n

Como o maior entrave para a produ\u00e7\u00e3o Jiahui \u00e9 o transporte e a comercializa\u00e7\u00e3o, trabalhamos com uma oficina de comercializa\u00e7\u00e3o coletiva, assim como, com outras duas oficinas de boas pr\u00e1ticas de a\u00e7a\u00ed e castanha, as quais tinham como objetivo discutir e melhorar a qualidade dos produtos.<\/p>\n

<\/div>\n

Nos primeiros dias utilizamos v\u00eddeos do Programa da Futura Florestabilidade para discutir pr\u00e1ticas de coleta e armazenamento. Entre outros aspectos, verificamos que atividades, como mais uma etapa de sele\u00e7\u00e3o, al\u00e9m da que eles j\u00e1 fazem, poderiam ajudar a melhor a qualidade da produ\u00e7\u00e3o de castanha. Tamb\u00e9m vimos modelos de paiol para armazenar castanha e de mesa secadora, itens os quais come\u00e7ariam a ser constru\u00eddos pelos Jiahuis na semana seguinte de trabalho na Terra Ind\u00edgena.<\/p>\n

<\/div>\n

\"castanha-jiahui-2\"\u00a0 \u00a0\"visita-cooperativa-manicore\"<\/p>\n

<\/div>\n

Ap\u00f3s as oficinas, fomos, eu e mais seis lidera\u00e7as Jiahuis, at\u00e9 Manicor\u00e9. L\u00e1 visitamos duas cooperativas a COVEMA – Cooperativa Verde de Manicor\u00e9 e a COOPEMA \u2013 Cooperativa dos Produtos Agropecu\u00e1rios e Extrativistas dos Recursos Naturais.\u00a0Por meio deste interc\u00e2mbio os Jiahui puderam, al\u00e9m de visitar uma usina beneficiadora de castanha a qual \u00e9 gerida pela COVEMA, conhecer um pouco como uma cooperativa funciona e todo hist\u00f3rico de cria\u00e7\u00e3o e trabalho destas organiza\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

<\/div>\n

Depois do interc\u00e2mbio, os Jiahui pareceram estar bem animados com a forma de trabalho das cooperativas. Ao voltarmos \u00e0 TI eles repassaram tudo o que viram, aprenderam e o que aprenderam no interc\u00e2mbio. As discuss\u00f5es foram bem recebidas e os demais demonstraram estar interessados em melhorar sua forma de comercializa\u00e7\u00e3o. Outro ponto importante foi o interesse da COVEMA em ser um futuro comprador de \u00f3leo de copa\u00edba dos Jiahui, fato que os deixou bem esperan\u00e7osos.<\/p>\n

<\/div>\n

Como fechamento das atividades, levamos mat\u00e9rias de constru\u00e7\u00e3o para a Terra Ind\u00edgena e iniciamos as atividades para a constru\u00e7\u00e3o de um paiol e uma mesa secadora de castanha; discutimos aspectos de comercializa\u00e7\u00e3o coletiva, ap\u00f3s o repasse do interc\u00e2mbio, como diferen\u00e7as entre associa\u00e7\u00e3o e cooperativa, assim como meios de organizar e monitorar a produ\u00e7\u00e3o, meios como os empregados pela COVEMA.<\/p>\n

<\/div>\n

Ainda foi poss\u00edvel, nos \u00faltimos dias, caminhar pelos castanhais, pelos locais de quebra e limpeza de castanha, pelos locais de ocorr\u00eancia de a\u00e7a\u00ed e pelos poss\u00edveis acessos alternativos. Durante toda essa caminhada discutimos t\u00e9cnicas de boas pr\u00e1ticas e meios de melhorar o transporte destes produtos. \u00a0Menciono discuss\u00f5es, pois n\u00e3o estava apenas repassando t\u00e9cnicas e procedimentos, mas sim aprendendo e construindo as t\u00e9cnicas e procedimentos mais indicadas.<\/p>\n

<\/div>\n

Ao sair da Terra Ind\u00edgena espero n\u00e3o ter deixado apenas novas pr\u00e1ticas e equipamentos. Espero tamb\u00e9m ter deixado uma maior motiva\u00e7\u00e3o para o trabalho e para a organiza\u00e7\u00e3o da comercializa\u00e7\u00e3o, o que para mim era o maior objetivo da atividade como um todo. A vontade de se organizar e trabalhar melhor, por meio de atividades que mant\u00e9m a floresta, ser\u00e1 fundamental para a melhoria da gera\u00e7\u00e3o de renda dos Jiahui, fator fundamental para garantir a qualidade de vida deste povo no local que tanto lutou para reconquistar.<\/p>\n

<\/div>\n

Veja tamb\u00e9m: http:\/\/pib.socioambiental.org\/pt\/povo\/jiahui\/1328<\/a><\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Por Andr\u00e9 Vianna, coordenador do Programa Manejo Florestal do Idesam No dia 5 de outubro, sai de Manaus rumo a Terra Ind\u00edgena Jiahui com o objetivo de atuar em atividades de fomento \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de castanha e a\u00e7a\u00ed na aldeia durante duas semanas. Atualmente, os Jiahui comercializam produtos como: fruto de a\u00e7a\u00ed, castanha e \u00f3leo […]<\/p>\n","protected":false},"author":3,"featured_media":4383,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[63],"tags":[124,245,302],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12465"}],"collection":[{"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=12465"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12465\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/media\/4383"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=12465"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=12465"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/idesam.org\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=12465"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}