Carbono Neutro – Idesam https://idesam.org Conservação e Desenvolvimento Sustentável Fri, 16 Oct 2020 18:11:29 +0000 pt-BR hourly 1 https://idesam.org/wp-content/uploads/2021/01/cropped-logopsite_idesam-32x32.png Carbono Neutro – Idesam https://idesam.org 32 32 Com coleção carbono neutro, FARM lança projeto de reflorestamento de biomas brasileiros https://idesam.org/com-colecao-carbono-neutro-farm-lanca-projeto-de-reflorestamento-de-biomas-brasileiros/ Tue, 29 Sep 2020 16:57:00 +0000 https://idesam.org/?p=21561 Marca carioca lança projeto “Mil árvores por dia” com impactos socioambientais na Amazônia e Mata Atlântica

Por Juliana Cunha, publicado originalmente na Marie Claire
Fotos: Divulgação FARM

Apuí está localizado a cerca de 400 quilômetros de Manaus, capital do Amazonas. Com pouco mais de 20 mil habitantes, é o município com a oitava maior taxa de desmatamento decorrente da produção pecuária: segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a cidade apresentou, até setembro de 2020, 2.697 focos de queimadas causadas pela técnica de limpeza do solo usada majoritariamente pela atividade pecuária.

Os territórios degradados pelas queimadas e a desatenção às pessoas que vivem em Apuí levaram o Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento da Amazônia) a buscar modelos alternativos de plantio na área, plano que tece junto à comunidade desde 2006. Mariano Cenamo, diretor de novos negócios dessa organização, contextualiza: “Apuí fica na região aonde o desmatamento tem migrado, e tem sofrido com o aumento das queimadas. Os moradores, abandonando a agricultura, passaram a trabalhar com pecuária.”

O Idesam criou um sistema agroflorestal com café na região, e monitora os moradores que estão dispostos a migrar para o formato da agricultura familiar: “Eles têm nos procurado porque conseguimos dar um retorno financeiro maior.” Do suporte da coleta das sementes até a comercialização do café, tudo feito regionalmente, são 40 famílias impactadas. “Vemos que as mulheres e filhos se envolvem mais com essa alternativa. Afinal, elas encabeçam o controle financeiro de suas casas e a nova geração sabe que tem que cuidar do mundo que vai herdar”, opina Cenamo.

FARM reforça compromisso ambiental

Impulsionada pela iniciativa “Mil árvores por dia”, da FARM, a ação do instituto em Apuí ganha reforços. Motivada pela ideia de carboneutralizar — ou seja, compensar as emissões de CO2 de toda a produção por meio do plantio de árvores, que na fotossíntese capturam o gás emitido — a marca de DNA carioca lançou uma campanha de reflorestamento: serão plantadas 140 mil árvores até 31 de dezembro. Foi lançada também a primeira coleção carbon neutral, batizada de “Futuro do Presente”.

Com parceiros como SOS Mata Atlântica (que auxilia na ação em Piranguçu, Minas Gerais) e One Tree Planted (cujo plantio ocorre na Serra da Mantiqueira), além do Idesam e do povo indígena Yawanawa, a FARM considerou que “o reflorestamento é quase óbvio. No final de 2018, a gente começou a articular iniciativas nesse sentido. Isso amadureceu ao longo da quarentena, e nosso objetivo não é mais ter uma coleção linda. Moda é comportamento e a gente vai se colocar como uma marca que pode construir esse movimento”, indica Taciana Abreu, head de marketing da companhia. A diretora criativa Katia Barros assina embaixo: “A FARM se inspira na natureza, no Brasil, nas pessoas e seus costumes. Nossa indústria polui o ambiente drasticamente e é nossa responsabilidade como marca líder de mercado atuar positivamente e minimizar esse impacto o máximo possível.”

A função social do carbono neutro

Em Apuí, serão plantadas espécies que contribuem para a alimentação da população, bem como aquelas com nutrientes na produção cafeeira. “O café demora dois anos para ser colhido, então é interessante plantar espécies de ciclo anual, que não só geram alimento como acumulam matéria orgânica, ou seja, adubo. Além do café, teremos castanha, açaí, banana, guaraná, pupunha”, conta Mariano Cenamo.

Outra população beneficiada pela ação “Mil árvores por dia” é indígena: o povo Yawanawa. São cerca de 1.200 pessoas que vivem às margens do Rio Gregório, no Acre. Ali, em áreas de recuperação de roçados, serão plantados alimentos como laranja, graviola, cupuaçu, tangerina e açaí. “Vai ajudar na alimentação da aldeia, mas também teremos árvores com palha que podem cobrir as casas e ser usadas como piso e parede. São espécies que já usamos, mas que agora estarão mais perto da gente”, conta Tashka Yawanawa, liderança do povo e coordenador-geral da Associação Sociocultural Yawanawa. Depois de aproveitar as frutas, eles poderão também usar as sementes no artesanato.

De acordo com Taciana Abreu, a FARM preza pelo diálogo com as comunidades: “Por mais que a gente estude e esteja interessado, eles são os especialistas. A gente não interfere no tipo de espécie que vai ser plantada, e sim respeita e acolhe o que eles trazem como necessidade.” 

A guinada sustentável da FARM

A FARM caminha para um modelo mais sustentável desde 2016, conta a head de marketing Taciana Abreu. “A gente não acredita que seja possível ser 100% sustentável, mas queremos implementar tudo que for possível. Temos um debate frequente dentro da empresa e colhemos muito a opinião dos funcionários, porque cada um traz um pouco de si. Isso também cria uma cultura de marca, que vai além do que se apresenta ao mercado”, indica ela, debatendo como o mercado da moda como um todo pode colaborar para ser mais respeitoso com o ambiente.

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A moda que regenera a Amazônia https://idesam.org/moda-que-regenera/ https://idesam.org/moda-que-regenera/#respond Mon, 24 Aug 2020 19:45:05 +0000 https://idesam.org/?p=20793 FARM, AMAR.CA e Gringa engrossam o time de parceiros que escolhem programa do Idesam para compensar suas pegadas de carbono no planeta

Por Henrique Saunier
Foto: FARM/Derek Mangabeira

Muito mais do que uma tendência, adotar modelos de produção sustentáveis no mundo da moda tem sido uma prática fundamental nos processos de grandes marcas, além de um fator determinante na hora do consumidor escolher o que vai vestir. Por isso, empresas como FARM, AMAR.CA e Gringa cada vez mais escolhem organizações como o Idesam para diminuir o impacto da sua ‘pegada’ no planeta.

Parceira do Idesam em outras iniciativas, a FARM escolheu o Idesam para compensar as suas emissões de CO2 da sua nova coleção, batizada de “Futuro do Presente”. Realizada pelo Programa Carbono Neutro Idesam (PCN), as neutralizações das emissões de dióxido de carbono emitidas pela marca se transformaram em um plantio de 5,3 mil árvores. Esta é a primeira linha inteiramente carbono neutro lançada pela marca. 

O plantio das árvores referentes a esta coleção vem sendo realizado desde o ano passado, beneficiando ao todo 19 famílias produtoras de café de Apuí, ao Sul do Amazonas, atualmente um dos municípios mais afetados pelo desmatamento, por conta das queimadas. Para a nova coleção, pelo menos 5,2 mil toneladas de CO2 serão compensadas, com o plantio de 21 hectares. 

Na prática, esse montante equivale a 26 mil viagens de carro movido a gasolina (Rio de Janeiro-São Paulo) ou a 5 mil viagens de avião (Rio de Janeiro-Nova Iorque).  “Mesmo que já estejamos caminhando para uma produção mais consciente, ainda emitimos CO2 na atmosfera e, por isso, acreditamos que compensar através do plantio dessas árvores foi a forma mais positiva e ativa de nos conectar com a natureza”, destaca a empresa em comunicado oficial sobre o lançamento. 

Esta é a primeira vez que a FARM desenha uma estratégia de compensação das suas emissões, apesar de não ser a primeira ação ambiental que a empresa realiza junto ao Idesam. A marca já realizou parcerias anteriores com o instituto em diversas frentes, incluindo ações como a Green Friday, Semana da Amazônia e Clube Farm, onde um valor era doado ao Idesam a cada adesão ao seu clube de fidelidade. 

“Agora damos mais um passo nessa parceria, com o primeiro piloto de compensação de emissões de uma coleção inteira para a FARM. Fizemos o mapeamento das emissões de carbono das atividades da empresa, incluindo a compra de matéria-prima, logística, consumo de energia, resíduos gerados, tudo isso foi levado em consideração, o que irá resultar em mais um plantio significativo”, explica Pedro Soares, 

Moda Carbono Neutro

Foto: Divulgação Gringa

Ao longo dos anos, o Programa Carbono Neutro Idesam tem consolidado sua presença no guarda roupa de quem opta por marcas sustentáveis. Recentemente, o PCN fechou parcerias com AMAR.CA, da modelo e empresária Thaila Ayala, também para compensar suas emissões de carbono. 

Pensada para atender uma necessidade de moda mais confortável para o home-office, prática mais comum por conta da pandemia do novo coronavírus, AMAR.CA combate as mudanças climáticas transformando as suas emissões de carbono em árvores na Amazônia. Assim, com o PCN, a empresa ajuda a gerar inclusão e renda para as populações amazônicas.

“Contribuímos para a produção sustentável da indústria brasileira e reafirmamos nosso compromisso com a preservação da saúde e bem estar de todos os nossos colaboradores e clientes”, afirma Ayala em comunicado oficial assinado em conjunto com suas duas sócias do empreendimento.

A startup ‘Gringa’, da atriz Fiorella Matheis, foi outra que fechou parceria com o PCN. Além de usar tecido não-tóxico, a Gringa recicla materiais gerados na sua produção, que possui selo do Idesam de Carbono Neutro.

Em seu site oficial, a Gringa convoca suas clientes para contribuir com o trabalho do Idesam, por meio de doações que podem ser feitas no momento do checkout da loja. “Todos nós emitimos gases de efeito estufa apenas por existir. Neutralizar nossas emissões de CO2 é o mínimo que podemos fazer para nos tornarmos mais sustentáveis. Por isso, nos comprometemos a compensar 100% das emissões de CO2 relacionadas ao nosso negócio através do Programa Carbono Neutro, do Idesam”, defende a empresa.

Para Pedro Soares, o segmento da moda tem se movimentado para entender o impacto das suas atividades no meio ambiente e na emissão de carbono, algo que todos os setores da economia precisam entender e tomar atitudes para frear as mudanças climáticas. 

“Todos temos responsabilidade no problema das mudanças climáticas. Buscar soluções, seja para reduzir seu impacto ou para apoiar iniciativas que consigam reduzir emissões através do plantio de árvores é algo que todas as empresas deveriam fazer. Tomando a FARM como exemplo, além de uma grande marca do setor, ela também é uma grande formadora de opinião, com consumidores conscientes dos problemas ambientais que enfrentamos. Por isso, o Carbono Neutro Idesam fica muito satisfeito em poder ajudar grandes marcas do setor da moda a reduzir suas emissões a partir de atividades produtivas sustentáveis na Amazônia”, completa Soares. 


Para mais informações sobre o Programa Carbono Neutro Idesam, acesse a página oficial da iniciativa e saiba como neutralizar suas emissões.

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Carbono Neutro Idesam completa 10 anos na Amazônia e planta 7 mil árvores em 2020 https://idesam.org/carbono-neutro-idesam-completa-10-anos-na-amazonia-e-planta-7-mil-arvores-em-2020/ https://idesam.org/carbono-neutro-idesam-completa-10-anos-na-amazonia-e-planta-7-mil-arvores-em-2020/#respond Wed, 06 May 2020 15:42:48 +0000 https://idesam.org/?p=20265 Nesse ano, o programa beneficiou oito comunidades da RDS do Uatumã, no Amazonas

 

Por Henrique Saunier
Fotos: Arquivo/Divulgação Idesam

 

Mais de 7 mil árvores foram plantadas pelo Programa Carbono Neutro (PCN), em 2020, beneficiando cerca de 150 pessoas em oito comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, no interior do Amazonas. Criado e coordenado pelo Idesam desde 2010, o programa tem o objetivo de compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de pessoas, eventos, produtos ou qualquer atividade realizada por instituições que buscam reduzir o impacto da sua pegada no planeta.

Só no ano de 2020, as mudas plantadas terão o papel de compensar em torno de 2 mil toneladas de carbono emitidas na atmosfera, recuperando sete hectares de áreas degradadas na reserva. Isso foi possível graças ao plantio de mudas de Cacau, Cupuaçu, Açaí, Guaraná, Cumaru, Andiroba, Graviola, Abacate, Preciosa  e Itaúba, todas espécies escolhidas em parceria com os comunitários.

As mudas de espécies florestais utilizadas no plantio foram produzidas dentro da própria reserva, em três viveiros construídos nas propriedades de produtores parceiros do PCN. Em paralelo ao plantio das mudas, foi também realizado o plantio de sementes de feijão de porco, Ipê, urucum, patauá, jenipapo, paricá, mudas de banana, macaxeira, abacaxi entre outras à escolha dos produtores.

“Essas espécies garantem a sustentabilidade do sistema, uma vez que produzem frutos em um curto espaço de tempo e em épocas diferentes. Dessa forma, o sistema sempre estará produzindo algo, otimizando o espaço e esforços, gerando alimento e renda para as famílias”, explica o engenheiro ambiental do Idesam responsável pelo plantio, Jefferson Araújo.

As famílias agricultoras beneficiadas pelo Programa Carbono Neutro em 2020 residem nas comunidades do Maracarana, Caribi, Livramento, Pedras e Jacarequara, comunidades tradicionais na RDS conhecidas por seu perfil agrícola. O modelo de sistemas agroflorestais (SAFs) aplicado nestas comunidades foi direcionado para a produção de alimentos, de óleos e recuperação florestal.

Mariza Nobre, uma das comunitárias da RDS do Uatumã e parceira do Programa Carbono Neutro, dá suporte à iniciativa com o seu viveiro de mudas, que nesse último ano produziu quase duas mil mudas utilizadas no plantio. Mariza é um exemplo do papel estratégico da presença feminina no cultivo dos SAFs e no sucesso do programa, que conta com cerca de 80 mulheres em diversas frentes de atuação.

Mariza Nobre no seu viveiro de mudas, na RDS do Uatumã (Arquivo/Rodrigo Duarte)

“Minha função nisso tudo é produzir uma muda boa, para que quando ela for para o campo, a gente consiga um bom resultado e para isso eu conto com o apoio de pessoas da comunidade que prestam serviço para mim. As pessoas que estão por trás são fundamentais, pois assim como precisa de quem faça muda, plante e cuide dos SAFs, precisa também de alguém que financie essa iniciativa, para que ela chegue a mais famílias ainda”, ressalta Mariza Nobre.

De acordo com a coordenadora de novos negócios do Idesam, Talia Bonfante, a comoção de boa parte da sociedade com as queimadas na Amazônia em 2019 foi catalisadora de uma maior participação de pessoas físicas interessadas em compensar suas emissões. Bonfante destaca que pelo menos um terço do plantio do programa foi realizado via doação de mudas de árvores para plantio.

Escolha das áreas de plantio

As áreas recuperadas através da implantação dos SAFs do Carbono Neutro foram cuidadosamente selecionadas ao longo de 2019 pela equipe do programa, que contou como apoio de estagiários do Instituto Federal do Amazonas (IFAM). Nessa etapa de preparação pré-plantio, o Idesam realizou reuniões, cursos sobre roça sem queima e diversas visitas técnicas nas comunidades.

Devido as grandes distâncias entre as comunidades dentro da reserva, um dos principais desafios do programa ainda é o transporte das mudas até as áreas de plantio, etapa que demanda bastante esforços e recursos. A fim de registrar um índice baixo de perda de mudas com essa logística, a equipe precisa realizar várias viagens, em pequenas embarcações regionais.

Todo esse trabalho só foi possível porque o PCN contou com o apoio de 21 parceiros neste ano, incluindo pessoas físicas e instituições. Foram empresas como a Alter-Native Bresil, que apoiou o plantio de 300 árvores e pôde conhecer de perto na RDS do Uatumã o impacto dessa ação na vida das famílias.

“A experiência de conhecer essa realidade de perto, com a minha filha de 16 anos, foi uma grande lição de humildade, de interação com as coisas simples e verdadeiras da natureza. Além do programa e todo o trabalho logístico que o plantio demanda, conseguimos entender que não é simplesmente plantar uma árvore”, destaca o proprietário da empresa de turismo, Yannick Ollivier.

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Idesam neutraliza as próprias emissões de carbono e recupera 10 mil m² de floresta na Amazônia https://idesam.org/para-neutralizar-suas-emissoes-de-carbono-idesam-planta-mais-de-mil-arvores-na-amazonia/ https://idesam.org/para-neutralizar-suas-emissoes-de-carbono-idesam-planta-mais-de-mil-arvores-na-amazonia/#respond Mon, 23 Mar 2020 19:03:11 +0000 https://idesam.org/?p=20134 Todas as emissões foram neutralizadas pelo Programa Carbono Neutro

 

Por Comunicação Idesam
Foto: Divulgação/Arquivo Idesam

 

Nos últimos anos, o Idesam vem expandindo as suas ações de campo junto a cooperativas e associações do interior do Amazonas, trabalho que pelas longas distâncias demanda deslocamentos que causam impacto no meio ambiente. Como forma de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa dessas atividades, o instituto plantou mais de 1 mil árvores na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, pelo Programa Carbono Neutro Idesam.

Isso equivale a uma remoção de 278 toneladas de dióxido de carbono da atmosfera e a restauração de 10 mil metros quadrados de floresta amazônica. Dessa maneira, além cumprir seu papel de seguir na prática aquilo que prega em seu discurso, o instituto busca inspirar que mais instituições públicas e privadas sigam o exemplo e neutralizem suas emissões.

Atualmente, por mobilizar toda uma rede estratégica de empreendedores sociais que buscam soluções para a Amazônia, o instituto percebeu um aumento nas suas emissões, puxado principalmente pelos deslocamentos aéreos e terrestres. O relatório completo com informações detalhadas das emissões pode ser acessado neste link.

Segundo Talia Bonfante, coordenadora de novos negócios do Idesam, o aumento das emissões de carbono pelo instituto é decorrente de dois importantes projetos ligados ao Idesam, a PPA e o Cidades Florestais, que tiveram uma agenda intensa pelo interior do Amazonas e fora do Estado.

“Na PPA foram quatro grandes encontros de capacitações, rodadas de Captação de Recursos com investidores (…) E também o Projeto Cidades Florestais, que executou atividades de capacitações e assistência técnica em sete diferentes municípios  do Amazonas, como também empregou apoio na coleta de produtos florestais não madeireiros, no manejo florestal e no transporte.  Essas atividades demandaram logísticas aérea, terrestre e de barco, implicando no aumento de emissões, apesar dos esforços internos de promover reuniões virtuais e otimização logística e de uso de combustível ”, enfatiza Bonfante.

Sobre o PCN

As atividades de neutralização de suas emissões institucionais referente a 2019 foram promovidas pelo Programa Carbono Neutro (PCN), que é um dos eixos para alcançar a missão do Idesam de promover a valorização e o uso sustentável de recursos naturais na Amazônia, além de buscar alternativas para a conservação ambiental, o desenvolvimento social e a mitigação das mudanças climáticas.

O PCN nasceu em 2010, com o objetivo de conectar os grandes centros urbanos às florestas, permitindo que pessoas, empresas e iniciativas neutralizem impactos e geram no planeta, cuidando também das pessoas que protegem nossas florestas.

Conheça mais sobre o programa e saiba como você pode contribuir!

 

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Novos parceiros do Carbono Neutro Idesam somam 900 árvores ao plantio do programa https://idesam.org/novos-parceiros-do-carbono-neutro-idesam-somam-900-arvores-ao-plantio-do-programa/ https://idesam.org/novos-parceiros-do-carbono-neutro-idesam-somam-900-arvores-ao-plantio-do-programa/#respond Wed, 30 Oct 2019 22:59:14 +0000 https://idesam.org/?p=19795 Saiba como também você pode contribuir, acessando nossa Calculadora de CO2   ou entrando em contato com a nossa equipe

 

Por Henrique Saunier
Foto: Arquivo Idesam

 

Quando pessoas comuns e empresas se unem em favor da Amazônia, quem ganha são as pessoas que precisam da floresta para sobreviver. Com esse ideal em mente, dois novos parceiros se juntaram ao Programa Carbono Neutro Idesam (PCN) para plantar cerca de 900 árvores na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, no plantio oficial do programa em 2020.

No último verão, o inglês Will Rawlingson, decidiu que queria conhecer mais a realidade amazônica e as soluções desenvolvidas por institutos como o Idesam. Após passar duas semanas na RDS do Uatumã visitando famílias e medindo o impacto socioambiental do Programa Carbono Neutro nas pessoas, foi Will que voltou impactado pela realidade local e resolveu mobilizar amigos e empresas ao retornar a Londres.

Ao completar 21 anos no início de outubro, em vez de presentes para si, o jovem pediu de amigos e familiares doações em uma campanha de financiamento coletivo online e vai reverter todo o arrecadado para o PCN. Will Conseguiu angariar doações em dinheiro que serão revertidas no plantio de 600 árvores na RDS do Uatumã, ajudando as famílias e contribuindo para a recuperação de áreas degradadas.

“Para mim é um grande prazer estabelecer essa parceria com o Idesam. Meu objetivo é conectar cada vez mais empresas ao redor do mundo, para que possamos fazer um impacto maior ainda. Toda essa iniciativa foi para conectar as pessoas dessa parte do mundo com a Amazônia e acredito que estamos conseguindo fazer isso, mas queremos fazer mais”, ressalta o jovem.

William em sua imersão de duas semanas na RDS do Uatumã (segundo da esq para a direita)/Arquivo Pessoal

Cooperação Técnico-científica

O Programa Carbono Neutro também firmou uma parceria promissora com a empresa de turismo francesa baseada em Recife, Alter-Native. Por meio de um termo de convênio de cooperação técnico-científica, a empresa irá apoiar o reflorestamento de 300 árvores na Amazônia, fortalecendo o plantio por Sistemas Agroflorestais (SAFs), principal característica do PCN.

A Alter-Native poderá acompanhar ativamente as atividades desenvolvidas pelo Idesam no PCN, requisitando relatórios, documentos, comprovantes, demonstrativos, inclusive em relação à aplicação de recursos financeiros. Além disso, por meio da nossa plataforma de monitoramento, todos os parceiros do Programa Carbono Neutro podem se informar sobre o status da área onde foram plantadas as mudas doadas aos comunitários, principais beneficiários da iniciativa.

“Iniciativas como essa precisam ser enaltecidas e replicadas, pois quem ganha são as populações tradicionais da Amazônia. Esperamos que mais empresas e pessoas físicas se engajem nessa causa, principalmente nesse período de tantas ameaças às nossas florestas”, ressalta o gerente de Mudanças Climáticas e REDD+ do Idesam, Pedro Soares.

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Carbono Neutro contribui com reflorestamento da Amazônia ao plantar 10 mil mudas https://idesam.org/carbono-neutro-contribui-com-reflorestamento-da-amazonia-ao-plantar-10-mil-mudas/ https://idesam.org/carbono-neutro-contribui-com-reflorestamento-da-amazonia-ao-plantar-10-mil-mudas/#respond Mon, 08 Apr 2019 22:29:58 +0000 https://idesam.org/?p=18716 Plantio 2019 foi destaque pela entrada de 10 novas famílias ao Programa Carbono Neutro

 

Por Henrique Saunier
Foto: Athena Meincke

 

Graças ao empenho dos comunitários envolvidos e dos parceiros que compensaram suas emissões de CO2, o Programa Carbono Neutro (PCN) Idesam pôde realizar o plantio de mais de 10 mil mudas em áreas improdutivas, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã/AM. Nos meses de fevereiro e março, o plantio consolidou mais um importante capítulo na história do PCN, que, graças aos novos parceiros do programa, recebeu dez novas famílias esse ano.

O programa tem o objetivo de difundir a produção agrícola e florestal local através de um modelo de desenvolvimento social de “baixo carbono” para compensar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos parceiros interessados, além de gerar renda e segurança alimentar para as famílias da Reserva. Só neste ano, o PCN ajudou a recuperar cerca de 10 hectares de áreas degradadas improdutivas e a estimativa é que a emissão de, pelo menos, 3 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera seja compensada com o plantio.

Essas áreas recuperadas através da implantação dos SAFs foram cuidadosamente selecionadas pelos técnicos do Idesam. Ao longo de 2018, a equipe do programa realizou reuniões, cursos sobre roça sem queima e várias visitas técnicas nas propriedades e nas comunidades Maracarana, Cesareia, Caribi, Livramento, Pedras e Jacarequara (todas na RDS do Uatumã).

As mudas utilizadas no plantio foram produzidas dentro da própria reserva em quatro viveiros construídos e mantidos por comunitários, chegando a 7,7 mil unidades, divididas entre espécies como cacau, cupuaçu, açaí, guaraná, cumaru, andiroba, graviola e café. De acordo com o engenheiro ambiental que acompanha diretamente o plantio, Jefferson Araújo, todas as etapas da implantação de Sistemas Agroflorestais na RDS do Uatumã são bastante desafiadoras, tanto nos pontos logístico e financeiro quanto no ponto técnico-social.

“A imensidão da reserva é um grande obstáculo que tem se vencido para executar a atividade. De semelhante forma, conquistar a credibilidade dos produtores para apostarem nessa ideia inovadora é uma tarefa árdua que vem sendo facilitada devido aos resultados alcançados nas primeiras experiências de SAFs implantados na reserva e que hoje já estão trazendo os benefícios esperados”, destaca Araújo.

Uma das comunitárias e principais parceiras do PCN na RDS do Uatumã, Mariza Nobre é responsável por um dos viveiros que produzem as mudas para o programa. Com isso, ela também acaba movimentando uma economia paralela na comunidade, já que utiliza mão de obra de outros moradores. “As pessoas e empresas que estão por trás e fazem isso acontecer são muito importantes nessa cadeia, para que a gente continue ampliando e mais famílias consigam ser atendidas pelo Carbono Neutro. O SAF vem demonstrando ser uma ótima opção, desde que bem manejado e acompanhado, de fonte de geração de renda com sustentabilidade”, ressalta Nobre.

 

Próximos passos

Passado o período do plantio, os SAFs agora serão monitorados e inventariados para se obter o número mais preciso da quantidade de carbono sequestrado no decorrer do tempo. Além disso, o PCN continua a captação de novos clientes e parceiros que queiram apostar na ideia de contribuir para o clima global e com a qualidade de vida dos moradores da reserva.

Para o coordenador do plantio do PCN, Ramom Morato, a ideia do Carbono Neutro é justamente poder conectar as pessoas de outras regiões do Brasil e do mundo com o pensamento do desenvolvimento sustentável da Amazônia, descentralizando a responsabilidade ambiental do governo.

“Todos nós temos a oportunidade de fazer aquilo que a gente imagina ser correto para a melhoria coletiva do planeta. O Carbono Neutro vem para ser um modelo replicável de desenvolvimento sustentável, que aborde essa questão do clima para ser internalizada entre as pessoas e instituições”, explica Morato.

Os resultados do PCN podem ser acompanhados no mapa disponível em nossa plataforma de monitoramento do programa que traz as informações por área de SAF implantado na reserva. Saiba também como neutralizar suas emissões de carbono por meio da nossa CALCULADORA DE CO2.

 

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Climate Ventures compensa emissões de CO₂ por meio do Programa Carbono Neutro https://idesam.org/climate-ventures-compensa-emissoes-de-co%e2%82%82-por-meio-do-programa-carbono-neutro/ https://idesam.org/climate-ventures-compensa-emissoes-de-co%e2%82%82-por-meio-do-programa-carbono-neutro/#respond Tue, 08 Jan 2019 21:28:05 +0000 https://idesam.org/?p=18261 A Climate Ventures é uma plataforma de inovação multissetorial com o propósito de acelerar uma economia regenerativa e de baixo carbono

 

Por Comunicação Idesam
Foto: Arquivo Idesam/Rodrigo Duarte

 

O Programa Carbono Neutro Idesam acaba de fechar uma parceria com a Climate Ventures, para neutralizar as emissões de CO₂ de todos os encontros realizados no ano de 2018 pela plataforma, por meio do plantio de mudas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã.  O contrato prevê que o equivalente a 50,3 toneladas de carbono emitidas no meio ambiente sejam compensadas.

A Climate Ventures é uma plataforma de inovação multissetorial com o propósito de acelerar uma economia regenerativa e de baixo carbono no Brasil, articulando lideranças das esferas de clima, tecnologia e negócios. Entre outras frentes, uma das estratégias da plataforma é promover uma conexão com empreendedores e startups que têm o potencial de transformar o paradigma de como os negócios são feitos atualmente.

“A Climate Ventures abraçou o imenso desafio de acelerar uma economia de baixo carbono no Brasil. Por isso, nada mais natural do que compensar as emissões das nossas operações anuais. Fazer isso em parceria com o Idesam, sabendo que estamos contribuindo com o reflorestamento da Amazônia e gerando renda para as populações locais, é um imenso prazer”, ressalta Daniel Contrucci, diretor da Climate Ventures.

As emissões de carbono neutralizadas compreendem toda a parte logística e de consumo de energia elétrica dos encontros da plataforma realizados em 2018. O plantio das 185 árvores irá acontecer em 2019, com o reflorestamento de uma área de 1,8 mil metros quadrados na RDS do Uatumã.

O modelo de plantio utilizado desde 2010 pelo Programa Carbono Neutro Idesam – chamado Sistema Agroflorestal (SAF) – é uma forma de uso da terra que combina espécies arbóreas (frutíferas e/ou madeireiras) e cultivos agrícolas: os dois elementos interagem ecologicamente e se complementam, otimizando a produção do agricultor, permitindo a diversificação da produção e o uso mais eficiente dos recursos naturais.

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Idesam fecha parceria com Goodwings para oferecer hospedagem ‘carbono neutro’ https://idesam.org/idesam-fecha-parceria-com-goodwings-para-oferecer-hospedagem-carbono-neutro/ https://idesam.org/idesam-fecha-parceria-com-goodwings-para-oferecer-hospedagem-carbono-neutro/#respond Mon, 08 Oct 2018 16:32:21 +0000 https://idesam.org/?p=17834 Empresa de reserva de hotéis vai reverter parte de sua receita para o plantio de árvores no AM

Texto: Comunicação Idesam

 

O Idesam juntou forças com o serviço online de reserva de hotéis Goodwings para oferecer hospedagens ‘carbono neutro’ aos seus clientes. Através da parceria, cada vez que alguém fizer uma reserva pela plataforma, um valor será revertido ao Programa Carbono Neutro Idesam, que fará a compensação da emissão de dióxido de carbono (CO2) equivalente, por meio do plantio de árvores na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã (AM) e nas áreas do projeto Café Agroflorestal Apuí.

A ação não terá custo adicional aos clientes e conta ainda com alguns atrativos voltados às empresas que escolherem a startup como plataforma para a reserva de suas hospedagens corporativas. A ausência de taxas de adesão e relatório dos impactos ambientais são alguns dos benefícios.

O gerente do Programa de Mudanças Climáticas do Idesam, Pedro Soares, ressalta a relevância da parceria, principalmente por se tratar de uma empresa de nível mundial. Com isso, o Idesam passa a promover a plataforma Goodwings aos seus parceiros institucionais, com retorno esperado para o Programa Carbono Neutro IDESAM e para o Café Agroflorestal Apuí.

“É uma parceria bastante promissora, onde o Idesam pode alavancar novos recursos para desenvolver suas atividades relacionadas a reflorestamentos, recuperação de áreas degradadas e fomento a cadeias produtivas sustentáveis. Em todas essas atividades o Idesam contabiliza as reduções de emissões geradas e o impacto positivo que essas atividades geram para o clima, ressalta Soares.

Parte da comissão gerada pela reserva de hotel via plataforma será revertida para o Idesam, que vai utilizar o recurso no plantio de mudas. Com isso, o instituto consegue ampliar o alcance de suas ações socioambientais relacionadas à mitigação das mudanças climáticas, além de colaborar com as Metas Globais das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável até 2030.

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SOBREBARBA E IDESAM FORTALECEM PARCERIA PARA REFLORESTAR ÁREAS DEGRADADAS NO AM https://idesam.org/sobrebarba-e-idesam-fortalecem-parceria-para-reflorestar-areas-degradadas-no-am/ https://idesam.org/sobrebarba-e-idesam-fortalecem-parceria-para-reflorestar-areas-degradadas-no-am/#respond Thu, 04 Oct 2018 16:16:54 +0000 https://idesam.org/?p=17815 A empresa de cosméticos masculinos já apoia o Programa Carbono Neutro Idesam desde 2016, revertendo parte da venda de seus produtos à iniciativa

 

Texto: Henrique Saunier
Imagem: Divulgação Sobrebarba

 

A maior consciência ambiental no meio corporativo tem aumentado a participação de empresas que buscam fazer a diferença, como é o caso da Sobrebarba, que ajudou no reflorestamento de 4,5 mil metros quadrados de área degradada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã. Por meio do Programa Carbono Neutro (PCN) Idesam, a marca nacional de cosméticos para barba já foi responsável pelo plantio de 376 árvores.

Desde 2016 a Sobrebarba apoia o PCN, revertendo parte do lucro de toda venda de seus produtos para financiar o plantio de mudas na RDS, por meio de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Essa parceria com o Idesam se fortaleceu ainda mais em 2018, já que a empresa pretende neutralizar 100% das suas emissões de carbono geradas e se tornar um negócio Carbono Zero.

Para chegar a esse estágio, a Sobrebarba atualmente está em processo de quantificar de maneira exata a sua emissão de gases, desde a fábrica onde são feitos seus produtos até as gráficas onde são impressos os rótulos, passando até mesmo pelo papel usado na impressão das Notas fiscais e pelo transporte dos produtos.

Essa maior aproximação com o programa do Idesam permitiu que a Sobrebarba conhecesse os resultados da parceria na prática, por meio de expedições na RDS do Uatumã que ampliaram a visão da empresa sobre a iniciativa. As visitas renderam, ainda, vídeos produzidos pela empresa sobre a experiência.

“Depois de ver in loco o processo todo funcionando, o viveiro de mudas, o plantio de algumas árvores, um SAF já todo bonitão e robusto, o que senti foi orgulho. Orgulho de colaborar e estar envolvido com um projeto sério e tão bacana como esse”, destaca o sócio da Sobrebarba, Daniel Tambarotti.

Para o coordenador do PCN, Ramom Morato, inciativas de preservação da Amazônia são de extrema importância, já que a região tem muito a contribuir, tanto para material de pesquisa quanto naquilo que o Idesam busca construir na agroecologia brasileira.

“A parceria que está sendo construída entre a Sobrebarba e o Idesam está sendo incrível para o Programa Carbono Neutro. Essa aproximação é essencial para que a gente consiga não só desenvolver o Programa Carbono Neutro e o que ele pretende com as comunidades, mas também desenvolver o que a gente julga ser fundamental hoje, que é um modelo de economia sustentável”, ressalta Morato.

Segundo o fundador da Sobrebarba, Samuel Tonin, o trabalho realizado pelo Idesam na RDS do Uatumã com o Programa Carbono Neutro tem tudo a ver com aquilo que a marca acredita. “Quando começamos o projeto da Sobrebarba, antes mesmo de termos lançado qualquer produto, uma das grandes preocupações foi a de que tipo de empresa nós gostaríamos de botar no mundo. Por isso a parceria com o Idesam faz tanto sentido”, completa o empresário.

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Carbono Neutro Idesam incentiva atividades econômicas paralelas na RDS do Uatumã https://idesam.org/carbono-neutro-idesam-incentiva-atividades-economicas-paralelas-na-rds-do-uatuma/ https://idesam.org/carbono-neutro-idesam-incentiva-atividades-economicas-paralelas-na-rds-do-uatuma/#respond Tue, 25 Sep 2018 16:42:57 +0000 https://idesam.org/?p=17596 Os benefícios econômicos foram essenciais para uma mudança de pensamento dos moradores da reserva em relação ao Sistema Agroflorestal.

 

Por Henrique Saunier
Imagem: Arquivo Idesam
Edição: Samuel Simões

 

Quando o Idesam iniciou seu trabalho na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, em 2008, cerca de 300 famílias distribuídas pelas 20 comunidades da reserva operavam em um sistema econômico baseado majoritariamente na produção agrícola com derrubada e queima de floresta. Por meio do Programa Carbono Neutro (PCN), o Idesam tem ajudado a fomentar, entre as famílias locais, uma agricultura mais sustentável e com menos emissão de carbono. Ainda mais: essa nova relação dos comunitários com a floresta tem contribuído com o desenvolvimento de economias paralelas na reserva, como o turismo e a produção de mudas, frutas e óleos.

Jatapu e Caribi são exemplos de comunidades baseadas principalmente no agroextrativismo – mais especificamente a agricultura de subsistência, a pesca e o extrativismo florestal. A agricultura responde como atividade produtiva mais rentável dessas comunidades, com especial importância para a subsistência.

No entanto, com os resultados obtidos pelos Sistemas Agroflorestais (SAFs) implantados, outras atividades passaram a ser mais visadas, gerando renda e novas oportunidades. Ações de turismo de base comunitária e a visitação educacional aos viveiros de mudas são algumas das atividades fomentadas indiretamente pelas ações do Programa Carbono Neutro.

Técnico agrícola do Programa Carbono Neutro, Jefferson Araújo acompanha de perto esse cenário e comemora algumas conquistas percebidas na vida dos comunitários, como o aumento no poder de compra e uma percepção maior de atividades que podem gerar renda sem prejudicar o meio ambiente.  O orgulho dos comunitários em mostrar sua nova forma de plantar e colher superou até mesmo o medo do ‘mau-olhado’. Pelo menos três comunitários já exploram financeiramente a visitação turística nos seus SAFs.

“O turismo ecológico começou quase que de forma automática com essas pessoas”, destaca Jefferson, citando o exemplo do comunitário Ourimar Sicsú, que, por conta própria, elaborou um roteiro de visitação à sua comunidade.

“Percebo até certo deslumbre no olhar de alguns comunitários, pois eles se dão conta de que existe uma forma sustentável de preservar a Amazônia. Vejo isso como um grande potencial a ser ainda mais explorado. Ao longo do tempo, fomos percebendo que eles próprios entenderam o potencial do turismo e de se ter uma produção de mudas de melhor qualidade”, enfatiza o técnico.

Durante as atividades, os turistas podem participar ainda do plantio de mudas florestais, tudo orientado pelos comunitários, que periodicamente também recebem visitantes de escolas e universidades de outras regiões do país.

Viveiros de mudas

Quando foi criado, em 2010, o Programa Carbono Neutro encontrou, de cara, um desafio: ninguém produzia ou vendia mudas na reserva; a solução foi comprá-las em outro município e levá-las até os locais de plantio, passando por estradas e rios.

A situação hoje é bem diferente, quatro viveiros comunitários estão instalados na reserva e conseguem superar a demanda total do Programa Carbono Neutro – que ao longo dos anos também cresceu e irá plantar cerca de 20 mil unidades em 2019.

A produção de mudas se tornou uma fonte de renda a mais. E não apenas para as famílias que investiram nos viveiros, uma vez que eles contratam outros comunitários para ajudar na produção, gerando mais postos de trabalho.

Óleos

Aliado ao conhecimento tradicional, as comunidades precisam cumprir regras para o uso múltiplo de diferentes produtos florestais não madeireiros na RDS do Uatumã, como galhos, folhas, frutos, sementes, cipós e exudatos do tronco, como a Copaíba. Atualmente, pelo menos cinco comunidades da região trabalham com a extração e comercialização de andiroba, além de cinco famílias que trabalham com a copaíba, que possui forte potencial por toda a área da reserva.

As comunidades sempre tiveram a comercialização de produtos não-madeireiros como eixo de sobrevivência, sendo que a produção de andiroba atende mais a demanda interna dos moradores da reserva. Já a copaíba avança para outros mercados externos, já que é comercializada para empresas de Manaus.

Os óleos chegam a custar entre R$ 30 e R$ 40 o litro, e dividem o espaço no comércio local também com o breu, que encontrou mercado no município de Itapiranga.

Resultados atraem novas famílias

Os benefícios econômicos foram essenciais para uma mudança de pensamento dos moradores da reserva em relação ao Sistema Agroflorestal.

Logo no início do programa, Araújo aponta a dificuldade em conseguir mudas de qualidade e a baixa aceitação cultural das pessoas com relação ao plantio dos SAFs. Agora, na última expedição do Idesam à reserva, realizada em julho, pelo menos 20 famílias se mostraram interessadas em implantar o sistema.

Esse maior interesse pode ter crescido pelo fato dos moradores enxergarem de maneira prática os resultados dos SAFs. Para se ter uma ideia, um dos comunitários, Aldemir Queiroz, paralelamente ao PCN, conseguiu fechar um contrato para começar a vender camu-camu, com uma produção que rendeu três toneladas, no ano passado.

“A mão de obra do plantio toda é da reserva, não se traz ninguém de fora. Isso acaba levando mais autonomia para eles, aumentando o poder aquisitivo, a possibilidade de comprar um produto, o que movimenta bastante o comércio local”, destaca Jefferson Araújo.

Morador local desde 1979, Claudomiro Gomes, o Cacá, atua como agente ambiental educador e mantém uma área onde cultiva andiroba, açaí, cacau, banana e castanha. Além do resultado positivo do SAF comunitário, Cacá também comemora os benefícios econômicos trazidos por uma pousada instalada na sua comunidade e reforça a importância da participação dos jovens.

“Trabalhamos muito essa questão com o grupo de jovens e percebemos o interesse deles em implantar um SAF. Precisamos dos jovens, por que eles que são o futuro e vão tomar conta disso tudo”, completa Cacá.

De acordo com o Diretor Técnico do Idesam, Carlos Koury, o Programa Carbono Neutro já foi pensado para trazer impactos positivos além da recuperação e conservação das florestas, visando à implementação de uma nova economia na comunidade, a partir da compensação de emissões do Idesam e outras instituições.

Para Koury, os resultados no interior ultrapassam os beneficiários diretos dos sistemas agroflorestais implantados, pois atingem ainda outros comunitários com a coleta de sementes, produção de mudas, prestação de serviços e logística e depois na produção e comercialização de produtos agroextrativistas derivados dos SAFs implantados.

“Com o tempo do projeto estabelecido na RDS do Uatumã, percebemos o crescente interesse dos moradores da região em fazer parte do Carbono Neutro. Nos que já fazem parte do Programa, vemos uma nova postura de maior reflexão sobre o plantio, sua condução e seus resultados. Quanto mais pessoas querendo compensar suas emissões, mais famílias poderão fazer parte do Carbono Neutro”, salienta Koury.

Pesca esportiva

Além do turismo de base comunitária e o turismo ecológico/científico, que se encontram em construção na reserva, a pesca esportiva é outra modalidade da atividade que está melhor estruturada na RDS. A prática existe há muitos anos, mas ganhou reforço com maior organização dos comunitários e apoio do Idesam no estabelecimento das regras de utilização da reserva com esse fim.

Entre as regras elaboradas em conjunto com os comunitários, estão a proibição de transportar peixes para fora dos limites da RDS e respeitar o período para a realização da prática, que vai de agosto a janeiro.

Um dos que apostaram no segmento foi João Paulo Nobre, que além das suítes, oferece toda a estrutura necessária para a pesca, com direito a ‘piloteiro’, condutores turísticos, passeios, refeições e translado até a Pousada Uatumã Ecofishing.

Nobre atua há mais de 14 anos no turismo regional, mas foi há quatro anos que ele decidiu aproveitar as potencialidades da reserva em um negócio próprio. O empresário acredita que trabalhos de organizações não governamentais como o Idesam e a FAS trazem muitos benefícios indiretos para as comunidades, que atualmente abrigam nove pousadas além de outras quatro em construção.

“Pude perceber que pessoas que participaram de oficinas de guias de turismo e camareiras muitas já estão empregadas. Não estaríamos nesse estágio se não fosse o apoio dessas instituições e tudo isso ajuda a movimentar a economia local e aumenta o poder de compra do ribeirinho”, afirma Nobre.

Cerca de 90% dos clientes da pousada são da região Sudeste e Centro-Oeste, que se concentram basicamente na época de temporada de pesca. “Já pensamos até em um projeto de SPA aqui na reserva. A gente precisa descobrir outras atividades mais atrativas para trazer o turista o ano todo”, reforça o empresário.

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