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1° Encontro de empreendedorismo e inovação incentiva a descentralização de investimentos em bioeconomia na Amazônia

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1° Encontro de empreendedorismo e inovação incentiva a descentralização de investimentos em bioeconomia na Amazônia

Idesam apresentou resultados e oportunidades do PPBio para autoridades, ICTs, startups e empresas do PIM

Por Comunicação Idesam (Com informações de assessoria)
Foto: Divulgação

O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) foi palco do “I Encontro de Empreendedorismo e Inovação da Amazônia”, evento gratuito que teve a proposta de divulgar os principais projetos, produtos e serviços em Biotecnologia (BIO) e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em desenvolvimento na região. Na abertura do encontro de dois dias (2/dez), o Idesam aproveitou para apresentar as oportunidades e resultados do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), atualmente coordenado pelo instituto. 

Na ocasião, o coordenador do PPBio, Carlos Gabriel Koury, apresentou aos empresários e às Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) presentes detalhes dos 20 meses de funcionamento do programa, que responde ao Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda), ligado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). 

“Fomos representar a bioeconomia por sermos a entidade que coordena o PPBio. Falamos um pouco do ecossistema da bioeconomia e mostramos os desafios, como o fato de só Manaus possuir incubadoras credenciadas à Suframa para receber recursos. Irradiar resultados para o interior e outros Estados da Amazônia é um desafio a mais, pois precisamos contar com a proatividade das ICTs. No encontro, fizemos ainda um convite para ICTs de fora se credenciarem”, explica Koury. 

Com atuais três projetos de pesquisa em andamento e mais outros nove em negociação, Koury foi munido de resultados e de oportunidades para novos investimentos na cadeia. Outro tema apresentado foi a necessidade de que, ao olhar para investimentos em bioeconomia, as empresas não se lembrem apenas dos problemas “de sempre”, como a logística e falta de cadeias produtivas organizadas. Para Koury, além disso, é preciso mostrar que o ecossistema de bioeconomia tem a missão de aproveitar os mais de 50 anos da história de pessoas de pessoas que pensam e pensaram soluções para promover o setor na Amazônia. 

“Somando esse acerto de conhecimento às legislações que avançaram no tema de uso da biodiversidade amazônica e as novas tecnologias da inovação, a gente pode criar vetores que tirem esse atraso de desenvolvimento local e consigam acelerar esse processo. Não vai ser fácil, algo de curto prazo, mas existe um potencial positivo, inclusivo e que vai promover a bioeconomia da Amazônia com sua conservação e inclusão nas comunidades”, destaca Koury.

Espraiar as riquezas do modelo Zona Franca de Manaus também norteou a fala do gestor do CBA, Fábio Calderaro, que exemplificou o apoio do Governo Federal a partir do Protecsus, que dá segurança jurídica para que as empresas usem a sua parcela interna de P&D em projetos fora da área metropolitana de Manaus. Calderaro citou ainda a Portaria 10.521, que na modalidade “convênios” também permite levar os recursos para fora da área metropolitana de Manaus.

Calderaro também frisou que o número de empregos gerados pelas ICTs chega próximo a oito mil empregos diretos. “São vagas de maior qualificação e uma média salarial de topo de pirâmide, o que gera um círculo virtuoso na economia”, observa Calderaro, finalizando com  desafios que ainda devem ser superados. “Precisamos melhorar nosso ambiente de negócio na região e temos que investir em ciência, tecnologia e inovação. Temos particularidades, temos uma cultura predominantemente extrativista, a floresta tem sua sazonalidade, mas precisamos agregar a intensidade tecnológica e queremos que o CBA faça o papel de parque tecnológico para esse desenvolvimento”, afirma Calderaro. 

Desafio para outros Estados da Amazônia Legal

Durante a abertura do Encontro, o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, explicou que um dos objetivos do evento também é apresentar todo o ecossistema de BIO e TIC ao secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos Da Costa e ao Conselho de Administração da Suframa (CAS), que realizou a sua  295ª Reunião Ordinária no mesmo evento. 

“Temos muita capacidade em Manaus e o nosso desafio agora é levar o desenvolvimento para toda a nossa área de abrangência (Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia e Macapá e Santana, no Amapá), especialmente às regiões mais pobres e menos desenvolvidas”, salienta Polsin. 

O secretário da Sepec, Carlos da Costa, ressaltou que o Ministério da Economia e o Governo Federal têm trabalhado para criar mecanismos que auxiliem na descentralização do desenvolvimento e que o CBA pode contar com o apoio governamental para se tornar referência em bionegócios na região. “Temos criado o arcabouço político para o CBA e queremos que ele traga prosperidade, resolvendo o gargalo de como levar o conceito Amazônia para o mercado e trazer o conhecimento do mercado para a criação de intangíveis aqui”, afirma.

O “I Encontro de Empreendedorismo e Inovação da Amazônia” foi uma realização da Suframa, em parceria com o CBA e a Associação do Polo Digital de Manaus (APDM). Cerca de 40 institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) e startups locais se reuniram para apresentar projetos voltados ao desenvolvimento da região, com a geração de tecnologias que contribuem para a sustentabilidade da floresta. A contribuição dos investimentos oriundos do modelo Zona Franca de Manaus a partir dos recursos da Lei de Informática também pôde ser verificada no desenvolvimento científico e tecnológico regional a partir das exposições

O evento seguiu medidas preventivas de segurança em relação ao coronavírus, como a obrigatoriedade do uso de máscaras durante todo o período de visitação, aferição da temperatura dos visitantes na entrada do prédio, disponibilização de álcool gel 70% e monitoramento do número de pessoas dentro do espaço no sentido de evitar aglomerações.

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