Atividades de campo de fortalecimento do manejo florestal serão retomadas em fevereiro
Projeto que tem aporte do BNDES fortalece organizações que atuam no manejo comunitário madeireiro e não-madeireiro, ajudando a manter a floresta em pé
Texto: Imprensa Idesam com informações do BNDES
Foto: Idesam
As atividades de campo em cinco municípios atendidos pelo projeto de fortalecimento da bioeconomia florestal executado pelo Idesam, com aporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e parceiros, serão retomadas a partir de fevereiro. Apuí, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Lábrea e Carauari são as localidades atendidas pelo projeto de apoio ao fortalecimento do manejo florestal comunitário no interior do estado do Amazonas, realizado por meio do apoio à produção sustentável e à comercialização, do fortalecimento da marca coletiva Inatú Amazônia e do desenvolvimento de soluções tecnológicas para gargalos das cadeias apoiadas.
A iniciativa conta com R$ 2.542.587,50 oriundos do banco de desenvolvimento estatal e outros R$ 2.542.606,16 de contrapartida de parceiros para apoiar as cadeias da madeira manejada e do extrativismo. O manejo comunitário da floresta nativa é uma alternativa para a conservação ambiental, trabalhada pelo Idesam a fim de promover a redução da desigualdade no território, aliada à mitigação das mudanças climáticas.
A iniciativa beneficia mais de 900 pessoas das comunidades com a comercialização de produtos sustentáveis com maior valor agregado e em maior escala, valorizando o trabalho das famílias que vivem do extrativismo.
Estão previstas atividades de assistência técnica e capacitações a 150 manejadores familiares e suas associações, manutenção da certificação da madeira manejada e promoção do acesso a canais de comercialização, bem como o aprimoramento de dois aplicativos digitais, que apoiarão atividades de campo e de gestão.
As atividades iniciaram em agosto de 2023, mas tiveram que ser reprogramadas por conta da situação emergencial de seca extrema que atingiu o Amazonas a partir do mês de setembro, além da forte dificuldade de realizar voos para os municípios de Lábrea e Carauari por conta de cancelamentos e remarcações realizadas pelas cias aéreas que atuam na região.
Foram feitas entrevistas individuais para entender o contexto e a situação social, ambiental, cultural e econômica de cada comunitário e das organizações sociais de base que integram para a composição do documento de Meios de Vida Sustentável.
“O objetivo do projeto é fortalecer o protagonismo das organizações sociais para o fomento a cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade, além de implantar e testar soluções tecnológicas para melhoria produtiva, da gestão e da comercialização. As ações do projeto possibilitam a continuidade da atuação junto a essas organizações como agentes dinamizadores do ecossistema da bioeconomia, garantindo renda às populações extrativistas, responsáveis pela manutenção da floresta em pé”, afirma o líder da Iniciativa Estratégica Produção Sustentável do Idesam, Marcus Biazatti.
O projeto está sendo executado com seis organizações sociais distribuídas nos cinco municípios – Apuí, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Lábrea e Carauari. Cinco dessas organizações participam diretamente da Inatú Amazônia, marca coletiva de produtos amazônicos sustentáveis que teve seu início em 2018 com apoio do Fundo Amazônia.
As organizações foram selecionadas por meio da chamada de projetos nº 001/2023 para Apoio de Cadeias Produtivas Sustentáveis em junho de 2023 e a expectativa é de que a receita bruta anual obtida pelas comunidades atendidas no projeto seja incrementada em cerca de R$ 1,5 milhão.
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