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BNDES apoia projetos de Manejo Florestal Sustentável no interior da Amazônia

BNDES apoia projetos de Manejo Florestal Sustentável no interior da Amazônia

Projeto de manejo florestal comunitário fortalecerá marca coletiva de produtos sustentáveis na Amazônia, ajudando a manter a floresta em pé

Texto: Reprodução BNDES
Foto: Dai Dietzmann/Idesam

O BNDES contratou o apoio de R$ 2,5 milhões para o desenvolvimento de projetos de bioeconomia florestal elegíveis em cinco municípios com baixos indicadores socioeconômicos no Amazonas: Apuí, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Lábrea e Carauari. O projeto apoiará o manejo comunitário de floresta nativa nas cadeias da madeira, óleos vegetais e castanha-do-Brasil, fortalecendo a Inatú Amazônia, marca coletiva de produtos amazônicos sustentáveis apoiada pelo Fundo Amazônia em 2018. A iniciativa, que contará com mais R$ 2,5 milhões de parceiros (totalizando R$ 5 milhões), será implementada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

Estão previstas atividades de assistência técnica e capacitações a 150 manejadores familiares e suas associações, certificação da madeira manejada e promoção do acesso a canais de comercialização, bem como o desenvolvimento de dois aplicativos digitais, que apoiarão atividades de campo e de gestão.

Também serão realizadas ações que visam contribuir para a criação de uma cadeia de transformação de resíduos orgânicos dos processos produtivos dos óleos e da castanha em bioplástico.

“Vamos ampliar o apoio do BNDES a projetos de reforço da produção sustentável de cadeias produtivas dos diversos Biomas brasileiros, como o projeto do Idesam, garantindo renda aos pequenos produtores rurais, sendo o modo mais inclusivo e efetivo de manter a floresta em pé” ressaltou Tereza Campello, Diretora Socioambiental do BNDES.

Serão beneficiadas populações extrativistas, produtores familiares moradores de Unidades de Conservação e beneficiários de projetos de reforma agrária. As organizações sociais às quais esse público deve estar associado serão selecionadas por meio de chamada pública e terão que representar famílias com experiência com as referidas cadeias florestais.

A expectativa é de que 150 postos de trabalho diretos sejam mantidos e 30 novos sejam criados em seis organizações sociais diferentes parceiras da Inatú Amazônia. A receita bruta anual obtida pelas comunidades atendidas no projeto deverá ser incrementada em cerca de R$ 1 milhão.

Espera-se que as atividades apoiadas pela iniciativa, ao viabilizarem atividades econômicas sustentáveis, ajudem a manter a floresta em pé, reduzindo a pressão sobre o bioma em territórios estratégicos.

A Inatú Amazônia foi criada em 2019 a partir de uma parceria do Idesam com associações e cooperativas do Amazonas. A iniciativa beneficia mais de 900 pessoas das comunidades parceiras do projeto, que têm a oportunidade de comercializar seus produtos sustentáveis no mercado nacional com um maior valor agregado e em maior escala, valorizando o trabalho das famílias que vivem do extrativismo.

“O projeto visa fortalecer o protagonismo das organizações sociais para o fomento a cadeias de valor da madeira manejada, óleos vegetais e Castanha do Brasil. A atuação proposta pelo Fundo Socioambiental vai ao encontro do modelo de atuação do Idesam, uma vez que possibilita a atuação como dinamizador do ecossistema da bioeconomia, tanto ao estruturar e potencializar cadeias de valor geridas por organizações sociais quanto ao conectar soluções tecnológicas visando destravar gargalos de tais cadeias. As ações de desenvolvimento e conexão de tecnologias serão realizadas por meio da política pública da Suframa, o Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), atrelada aos investimentos de P&D das empresas do Polo Industrial de Manaus”, comentou André Vianna, Diretor Técnico do Idesam.

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