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Como o Observatório BR-319 faz o monitoramento ambiental da área de influência da rodovia

Como o Observatório BR-319 faz o monitoramento ambiental da área de influência da rodovia

Ferramenta utilizada permite que qualquer pessoa visualize e interprete os dados.

 

Texto: Heitor Paulo Pinheiro e Karen Sayuri Takano* 

Foto: Izabel Santos/Idesam

 

Desde 2017, a rede realiza mensalmente o monitoramento e divulgação de dados de desmatamento e focos de calor na área de influência da BR-319, formada por 13 municípios, 42 Unidades de Conservação (UCs) e 69 Terras Indígenas (TIs). A iniciativa envolve a coleta e análise de dados geoespaciais sobre desmatamento, focos de calor, ocupação territorial e atividades econômicas na região do Interflúvio Madeira-Purus. Uma das principais ferramentas dessa estratégia é o mapa interativo do OBR-319, que consolida informações sobre a rodovia e sua área de influência, permitindo análises dinâmicas e espacializadas.

A ferramenta permite que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento em Sistemas de Informação Geográfica (SIG), visualize e interprete os dados. O mapa é estruturado em camadas temáticas, como Infraestrutura Viária, Áreas Protegidas e destinadas, monitoramento ambiental e ordenamento territorial. As fontes incluem bases públicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e iniciativas como MapBiomas.

Os dados são atualizados mensalmente e permitem a geração de séries históricas sobre mudanças no uso do solo e vetores de pressão na floresta. Criamos mapas e boletins analíticos para auxiliar na interpretação dos dados e consolidar um histórico acessível ao público, promovendo o acesso à informação qualificada. As informações são atualizadas periodicamente para manter a base de dados o mais próxima possível da realidade, com atualizações mensais. Além disso, a ferramenta permite análises geoespaciais avançadas, como a modelagem de riscos ambientais e a identificação de tendências de degradação florestal.

Todos os dados presentes no mapa interativo podem ser extraídos e compartilhados pelos usuários de forma padronizada e verificada. A ferramenta também oferece análises sobre exploração madeireira, focos de calor, acumulado de desmatamento e áreas sob maior pressão. O mapa interativo pode ser acessado em observatoriobr319.org.br/mapa, e a plataforma também disponibiliza tutoriais em vídeo no YouTube para facilitar a navegação e utilização dos dados.

* Heitor Paulo Pinheiro é geógrafo e mestre em Sustentabilidade e Meio Ambiente (Ufam), e atua como analista especialista em geoprocessamento no Idesam; e Karen Sayuri Takano é engenheira florestal (Uninter) e analista em SIG/Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental. Ambos atuam na OnGIS – Ambiental e Geotecnologias.

Leia essa e outras notícias na edição 63 do Informativo BR-319, já disponível no endereço https://observatoriobr319.org.br/

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