Carrefour aporta R$ 28 mi em negócios que convivem com a floresta
Texto publicado originalmente no portal Reset
As iniciativas são realizadas por cinco ONGs – The Nature Conservancy, Imaflora, Idesam, Amazônia 4.0 e MapBiomas – cobrem uma área de 1,2 milhão de hectares e vão atingir mais de 6 mil moradores do bioma, segundo o varejista francês.
Alguns dos projetos escolhidos tratam de questões estratégicas para a companhia, como rastreabilidade e garantias de que produtos que vão parar nas gôndolas não estão associados a desmatamento.
Mas esse não é o objetivo principal do fundo, diz Susy Yoshimura, diretora-sênior de sustentabilidade do Carrefour Brasil. “Queremos transformação e impactos positivos, e isso depende de ações que vão além da nossa cadeia de valor.”
Métricas transversais
O plano é que o varejista também ajude na distribuição. Em abril, a companhia anunciou as primeiras gôndolas dedicadas exclusivamente a produtos que têm origem na floresta.
O café, historicamente associado à região Sudeste, é o objeto de outra iniciativa selecionada pela companhia.
Produzido em um dos pontos mais críticos do arco do desmatamento, no Estado do Amazonas, o Café Apuí Agroflorestal foi uma das iniciativas selecionadas pelo Fundo de Florestas.
A marca, que nasceu dentro da ONG amazônica Idesam, já provou ser possível conjugar cafeeiros com árvores nativas da floresta, como andiroba e jatobá. A Apuí vai usar os recursos para superar alguns obstáculos em sua busca por mais escala.
Hoje, 115 produtores familiares fazem parte da rede da companhia. O plano é chegar a 300. Um dos gargalos é o aumento de produtividade do sistema agroflorestal e também a qualidade dos grãos.
“Para isso a gente precisa de mudas de melhor qualidade, e é aí que entram os recursos”, diz André Vianna, diretor técnico do Idesam. “Vamos ter um viveiro, que vai permitir o trabalho de melhoria das espécies plantadas. A ideia é que esses ganhos se traduzam em mais hectares plantados, com mais produção e mais renda para os agricultores.”
Ajudar a dar saltos de eficiência desse tipo é uma das metas do fundo. Outra é ajudar o Café Apuí a “se acoplar a outras cadeias, da própria indústria ou de serviços”, afirma Yoshimura.
Métricas específicas que demonstrem a expansão do negócio serão acompanhadas pelo Carrefour assim como indicadores de preservação ou regeneração da floresta.
Mas o sucesso não será medido só dessa maneira. Além do impacto na “paisagem”, o programa vai analisar os efeitos na economia local. “Quantas pessoas foram beneficiadas? Qual foi o aumento da renda? Esses indicadores transversais também são importantes”, diz Yoshimura.
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