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Idesam representa sociedade civil na reinstalação da Comissão Nacional para REDD pelo Ministério do Meio Ambiente

Idesam representa sociedade civil na reinstalação da Comissão Nacional para REDD pelo Ministério do Meio Ambiente

Instituto atua como organização suplente, junto ao Instituto Centro de Vida (ICV), Imaflora e o Instituto Socioambiental (ISA), que assume a cadeira titular  

Texto: Camila Garcêz / Idesam
Foto: Divulgação

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) reinstalou no dia 5 de junho deste ano, a Comissão Nacional para REDD+ (CONAREDD+). O decreto nº 11.548, marca um passo significativo para o Brasil na mitigação das mudanças climáticas e na promoção da conservação florestal. O Idesam, que já participou da primeira edição da Comissão, em 2015, retorna como organização suplente, com o Diretor de Novos Negócios, Mariano Cenamo, na cadeira de representação da sociedade civil. O Instituto Centro de Vida (ICV) e o Imaflora também assumem a suplência e o Instituto Socioambiental (ISA), ocupa a cadeira titular. 

Realizada em 05 de outubro, a reunião de instalação, contou com a presença da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O evento foi presidido pelo Secretário Extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima, e contou com a participação do diretor do Departamento de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas, Raoni Rajão, como suplente. Esta primeira reunião marcou o início de uma série de discussões e deliberações destinadas a posicionar o Brasil como um protagonista na mitigação das mudanças climáticas globais. 

Para Victoria Bastos, líder da iniciativa de Serviços Ambientais e do Programa Carbono Neutro, esta participação é importante para posicionar o Idesam enquanto organização influente e que visa a contribuição da sociedade civil neste espaço de decisão. “Nosso objetivo enquanto organização participante é garantir que o Brasil possa ter uma Estratégia Nacional para REDD+ com princípios de qualidade técnica, integridade ambiental e que respeite as salvaguardas de povos e comunidades tradicionais e indígenas, que são os principais responsáveis pela conservação da maior parte do território com estoque de carbono no país”, destacou. 

Embora os tópicos e decisões específicas a serem abordados nas próximas reuniões ainda não tenham sido definidos, a expectativa é que a CONAREDD+ examine questões cruciais, como salvaguardas em territórios coletivos; sistemas de Mensuração/Monitoramento, Relato e Verificação (MRV) e a proposta de contabilidade integrada nacional e estadual para a alocação de resultados de redução de emissões. Isso significa que a comissão terá a tarefa de definir como os resultados da redução de emissões serão contabilizados e distribuídos em todo o território nacional, levando em consideração a contribuição de cada estado e suas divisões. 

Representatividade na CONAREDD+ 

A nova formação da Comissão, abriu novamente espaço para membros da sociedade civil organizada, dessa vez com representantes de povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, e organizações não governamentais (ONGs). Também compõem a Comissão, ministérios, estados, setor privado e instituições de ensino e pesquisa. 

Criada em 2015 e posteriormente extinta, foi recriada pelo governo passado, que extinguiu a participação da sociedade civil organizada, a única vaga destinada foi ocupada pelo Secretário-Executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, cuja nomeação foi uma indicação do presidente da República. Agora a Comissão recupera a sua importância com uma missão renovada: desenvolver e implementar a Estratégia Nacional de REDD+ do país. 

A CONAREDD+ foi estabelecida com o objetivo de implementar a Estratégia Nacional de REDD+, que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa decorrentes do desmatamento, degradação, conservação, manejo florestal e aumento do estoque de carbono. O mecanismo REDD+, fruto das negociações internacionais da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), oferece suporte às metas de redução de emissões do Brasil, bem como às metas de conservação e restauração florestal. 

A participação do Idesam na CONAREDD+ representa um passo importante na direção de políticas ambientais mais sólidas e na busca do Brasil por soluções eficazes para enfrentar as mudanças climáticas e preservar suas riquezas naturais. 

Confira a portaria com os representantes que compõe a CONAREDD 2023 neste link

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