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Negócios inscritos na Chamada 2023 da AMAZ demandam mais de R$ 163 milhões de investimentos

Negócios inscritos na Chamada 2023 da AMAZ demandam mais de R$ 163 milhões de investimentos

Iniciativas inscritas mobilizam cadeias de produtos e serviços socioambientais, soluções tecnológicas, açaí e outras palmeiras, produtos alimentícios, artesanato, arte e moda sustentável etc

Texto: Comunicação AMAZ
Foto: Rodrigo Duarte

Dos 112 negócios inscritos, maior parte está na fase de tração e de organização. Juntos, os negócios inscritos faturam anualmente mais de R$ 30 milhões e demandam mais de R$ 163 milhões de investimentos para
impulsionar seu crescimento.

A AMAZ, aceleradora de negócios da sociobiodiversidade com atuação na Amazônia, promoveu, entre março e abril deste ano, sua terceira Chamada de Negócios.  Como resultado, recebeu 112 inscrições, vindas de 17 estados, sendo 27 delas originadas do Amazonas e 26 do Pará. São Paulo e Amapá registram 13 e 11 inscrições, respectivamente.

A Chamada permite inscrições oriundas de outros estados além daqueles localizados na Amazônia Legal, contanto que ofereçam soluções para a Amazônia e se comprometam a iniciar operação na região no prazo de seis meses a partir do início da aceleração.

A maior parte dos empreendimentos inscritos está na fase de tração ou organização do negócio. Embora o edital da Chamada aponte que as iniciativas deveriam estar em operação, mesmo que em fases iniciais, para participar da seleção, negócios em fase de protótipo, pilotou ou MVP também se inscreveram. Dos 112 negócios inscritos, 60% declararam já terem sido acelerados.

Impactos 
Dentre as cadeias de valor abordadas diretamente pelos negócios estão produtos e serviços socioambientais, soluções tecnológicas, açaí e outras palmeiras, produtos alimentícios, arte, artesanato e moda sustentável, óleos e
manteigas, etc.

Em 7 dos negócios inscritos, a comunidade onde está inserido o empreendimento ou a região de origem da matéria prima é sócia relevante do negócio. Em 69 deles a comunidade é consultada, embora não participe das decisões e da gestão do negócio.  E em 20 a comunidade tem assentos em conselhos ou comitês formais para participar de decisões e gestão do negócio.

Em 84% deles há mulheres na liderança, e em 77% há pessoas negras e indígenas na liderança. A faixa etária das lideranças inscritas têm maior concentração entre 35 e 39 anos, mas há presença de pessoas entre 19 e mais
de 65 anos.  Os negócios inscritos se conectam também por todos os 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da Agenda 2030 da ONU, sendo que o mais frequentemente acionado é o número oito (trabalho digno e crescimento econômico), seguido pelo 12 (consumo e produção responsáveis).

Dos 112 inscritos, 19 declaram não possuir nenhuma prática de monitoramento do impacto que causa, mas 55 declaram coletar e analisar indicadores de processo e/ou operação do negócio; 20 deles dizem possuir indicadores de resultados/impactos socioambientais definidos, enquanto 8 informam tomar decisões com base na avaliação dos impactos.

Modelos de negócio
Boa parte das iniciativas têm como modelo de negócio B2B (empresas que fazem parcerias com outras empresas para chegar ao consumidor) – 82 delas se declaram assim. Na sequência, 80 negócios declararam ter como modelo B2C (consumidor final como público-alvo), e 42 deles B2B2C (empresas que fazem parcerias com outras empresas para chegar ao consumidor).

Muitas das iniciativas operam em mais de um modelo de negócio, e destacam-se ainda empresas B2G (vendem para órgãos públicos) e C2C (negociação direta entre consumidores). Quanto à natureza jurídica dos empreendimentos inscritos, registra-se a presença de sociedades limitadas, simples e anônimas, microempreendedores individuais, empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI).

Dos 112 inscritos, 66 apresentam faturamento na faixa de R$ 1 mil a R$ 500 mil; 14 entre R$ 501 mil e R$ 2 milhões; e 02 entre R$ 2,1 milhões a R$ 10 milhões. A soma do faturamento anual dos negócios inscritos é de mais de R$ 39 milhões, e a demanda total de investimento deles é de mais de R$ 163 milhões.

Próximos passos
A equipe da AMAZ vem analisando os negócios inscritos, e do total de 112, os 20 que melhor se encaixam nos critérios de seleção serão entrevistados e analisados em maior profundidade.  Deste total, 10 serão selecionados para pré-aceleração, dos quais até seis entram no programa de aceleração da AMAZ, recebendo investimentos de até R$ 600 mil.

“Estamos buscando estabelecer, na medida do possível, um diálogo com os proponentes da Chamada. O objetivo é aprofundar o entendimento dos desafios, as principais dificuldades, e alinhar o que a AMAZ busca e o que o negócio precisa. Este diálogo se estabeleceu com a disposição para atendimento direto aos candidatos durante a fase de divulgação e continuará com os feedbacks direcionados para todos os inscritos,” diz Rafael Moreira, analista de investimentos da AMAZ.

Sobre a AMAZ
A AMAZ aceleradora de impacto é coordenada pelo Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia), e conta com um fundo de financiamento híbrido (blended finance) de R$ 25 milhões para investimento em negócios de impacto nos próximos cinco anos, o primeiro voltado exclusivamente para a região.

Tem como fundadores e parceiros estratégicos Fundo Vale, Instituto humanize, ICS (Instituto Clima e Sociedade), Good Energies Foundation, Fundo JBS pela Amazônia e PPA (Plataforma Parceiros pela Amazônia). Conta também com uma ampla rede de parceiros como Move.Social, Sense-Lab, ICE, Climate Ventures, SBSA Advogados, Mercado Livre, Costa Brasil e investidores privados.

Link para o pipeline de negócios. 

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