Relatório de Impacto Idesam registra apoio a mais de 2,3 mil famílias em 2023
Idesam apresenta resultados e novas metas da organização para a conservação da Amazônia
Por Comunicação Idesam
Mais de 2 mil famílias foram impactadas pelas ações do Idesam no ano de 2023, com geração de renda para 1,7 mil famílias, graças ao fomento de cadeias produtivas sustentáveis. Os resultados, metas e perspectivas para as ações ambientais na região amazônica são destaque no mais recente Relatório de Impacto Idesam 2023.
Só no último ano, o impacto econômico das ações do instituto pôde ser percebido nas 32 cadeias de valor sustentáveis conectadas pelo Idesam. Ao todo, foram 98 negócios, organizações sociais e soluções apoiadas, com R$4,9 milhões em produtos da sociobiodiversidade amazônica comercializados, gerando ainda mais renda direta à população.
O Idesam monitoramos seu impacto com a floresta e seus povos através do avanço de suas iniciativas nos âmbitos ambientais, econômicos e sociais. Alguns desses resultados incluem o apoio na conservação de 3,6 milhões de hectares de floresta tropical e 80 hectares restaurados. Ao todo, foram mais de 7,5 mil árvores plantadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, por meio do Programa Carbono Neutro em 2023.
No período, o Idesam também alcançou a proeza de aumentar em 34% a renda média de extrativistas florestais parceiros de seus projetos, subindo de R$ 2,3 mil em 2022 para pouco mais de R$ 3 mil em 2023, por entrega de produção. Cada produtor de café em agrofloresta também registrou o valor de R$ 8,9 mil como renda média em 2023.
As agroflorestas de café integram os sistemas de restauração produtivos implementados pelo Idesam no município de Apuí, totalizando 242 hectares no último ano. Além de prestar contas de suas ações em toda sua região de atuação, o Relatório de Impacto Idesam 2023 amplifica algumas vozes de pessoas que têm a vida transformada por meio das iniciativas do instituto.
Uma dessas pessoas impactadas positivamente de maneira direta é Milton Dalbem, produtor rural de uma propriedade no distrito de Sucunduri, no município de Apuí, sul do Amazonas. Apesar de ter ingressado há pouco na iniciativa do Café Apuí Agroflorestal, Milton conhece bem o projeto desde o seu início aqui em Apuí. Para ele, esta tem sido uma das poucas opções de desenvolvimento para o pequeno agricultor na região.
“Vivemos uma realidade bem diferente de outras regiões do Brasil. O projeto do café foi uma luta do Idesam, as dificuldades foram surgindo e eles foram adaptando a variedade, foram adaptando agroindústria e atendendo o mercado exigente de produto sustentável, florestal, hoje orgânico. O sonho da gente é que isso não pare, só amplie, não só em quantidade, mas que continue tendo essa qualidade que o mercado está exigindo e que a gente consiga produzir”, ressaltou Dalbem.
Outra iniciativa estratégica para inovação em bioeconomia é a coordenação do PPBio (Programa Prioritário de Bioeconomia). As ações do PPBio englobam o diagnóstico de gargalos, pesquisa de soluções, captação de investimentos públicos e privados e desenvolvimento de produtos para o mercado, tendo só em 2023 conectado 24 cadeias produtivas na Amazônia Legal.
No último ano, o PPBio impactou também mais de 400 pessoas com capacitação em diversos temas, registrando R$ 813 mil em faturamento de 120 produtos, serviços e processos para a bioeconomia, além de R$ 135 milhões gerados para negócios do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima.
“Esse olhar institucional, parte do entendimento de que não basta conservar a floresta. É necessário combater o ciclo da pobreza que grassa na Amazônia, via fortalecimento de suas formas de organização e promovendo o desenvolvimento humano, cultural e socioeconômico. O Idesam ao investir na dinamização das cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade amazônica e na aceleração de negócios sustentáveis, reafirma seu compromisso ético com esses princípios”, pontuou Neliton da Silva, presidente do conselho diretor do Idesam.
Para além dos impactos socioeconômicos, a diretora executiva do Idesam, Paola Bleicker, enfatizou os avanços promissores e compromissos renovados com metas ambientais que refletem uma crescente conscientização global por ações coordenadas e eficazes. Em um ano em que o Idesam foi reconhecido como a melhor ong ambiental do Brasil pelo Prêmio Melhores Ongs, Bleicker destacou que iniciativas inovadoras em energias renováveis, conservação de recursos e políticas de sustentabilidade ainda têm força para mudar o curso das coisas, mas que ainda é necessário vontade política e cooperação internacional.
O período também foi marcado por eventos climáticos devastadores, o que motivou o Idesam a promover uma nova edição do ‘Regatão do Bem’, iniciativa que arrecadou 80 mil toneladas de alimentos para 4,4 mil famílias afetadas com a seca extrema no Amazonas. Ao todo, mais de 17 mil pessoas em localidades como Manicoré, Lábrea, Tapauá, RDS do Uatumã, Carauari, Tefé, povo Mura de Autazes e Rio Preto da Eva foram beneficiadas com a ação.
Uma outra resposta para a mitigação dos efeitos dessa devastação tem sido o Programa Carbono Neutro, que só em 2023, foi responsável por 7,5 mil árvores plantadas na RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) do Uatumã, com 5 hectares implantados no período.
“Precisamos ir além das promessas e dos compromissos de papel. É necessário implementar políticas que protejam ecossistemas vitais, promovam práticas de produção e consumo responsáveis, garantindo que as gerações futuras possam herdar um planeta habitável”, alertou Bleicker.
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