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ARTIGO – Bioeconomia da Amazônia, chegou a hora do Brasil entrar em ação

ARTIGO – Bioeconomia da Amazônia, chegou a hora do Brasil entrar em ação

“Bioeconomia é a palavra-chave do mercado brasileiro quando se trata de desenvolvimento sustentável. Isso coloca o Brasil numa posição privilegiada no mercado global de biotecnologia, que cresce anualmente 15,85% e até 2028 deverá movimentar cerca de US$ 2,44 trilhões, de acordo com a Grand View Research”

Por Alfredo Lopes e Carlos Koury

Data:  07.11.2023
Veículo: Brasil Amazônia Agora
Foto: Gisele Alfaia

 

Amazônia, enraizada na rica biodiversidade desta região vital, apresenta uma fonte quase inexplorada de potencial econômico e sustentabilidade. A transição do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) para uma gestão mais integrada com a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, representa um passo significativo na direção de uma economia que respeita e utiliza de forma responsável os recursos naturais da Amazônia.

Temos a experiência histórica com o ciclo da borracha, que destaca uma lição valiosa sobre a necessidade de um desenvolvimento sustentável e estratégico dos recursos naturais. Enquanto a riqueza temporária foi extraída, as oportunidades de estabelecer um setor sustentável e evolutivo foram perdidas. No entanto, essa lição não foi ignorada indefinidamente, como evidenciado pelos esforços da Embrapa Amazônia Ocidental e instituições como o IAC e a ESALQ no desenvolvimento de mudas de seringueira resistentes a doenças, que agora são exploradas pela Embrapa Instrumentação de São Carlos-SP, para avanços em nanobiotecnologia.

A capacidade de cultivar a Hevea brasiliensis sem o impacto devastador do fungo é um exemplo de como a bioindústria pode revolucionar não só a economia local, mas também ter um alcance global em setores como a automotiva e a saúde, fornecendo materiais sustentáveis e de alto desempenho. Isso demonstra o imenso potencial da bioeconomia na Amazônia, não apenas em termos de produtos tradicionais, mas também através de inovações tecnológicas que podem surgir do estudo e manipulação da biodiversidade local.

A bioindústria na Amazônia, se bem orientada e com a infraestrutura adequada, tem o potencial de criar uma nova economia que é ao mesmo tempo economicamente viável e ecologicamente correta. A chave para esse sucesso envolve pesquisa e desenvolvimento contínuos, investimentos em biotecnologia e uma colaboração estreita entre a comunidade científica, a indústria e os governos locais.

Ao abraçar a bioeconomia, a Amazônia pode liderar pelo exemplo, mostrando como os recursos naturais podem ser utilizados de maneira responsável, garantindo não apenas o crescimento econômico, mas também a preservação da biodiversidade para as futuras gerações. Este novo paradigma de desenvolvimento poderia não só posicionar o Brasil na vanguarda da inovação biotecnológica, mas também estabelecer um modelo para o mundo sobre como harmonizar os objetivos econômicos com a sustentabilidade ambiental.

A bioeconomia amazônica, ao se basear no aproveitamento sustentável da biodiversidade, traz benefícios abrangentes para a economia do Brasil. A geração de emprego e renda, no desenvolvimento de cadeias produtivas baseadas na múltiplas formas de vida amazônica, é a premissa mais relevante no propósito socioambiental de quem empreende na Amazônia. Iniciativas como a indústria de alimentos integrais, dermocosméticos e fitoterápicos, criam oportunidades de emprego em diversas áreas, desde a coleta de insumos até a comercialização dos produtos beneficiados na ponta da cadeia produtiva. Proteger segue sinônimo de atribuição de um valor econômico e sustentável ao bem natural.

Confira o artigo completo AQUI.

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