O Idesam, responsável pela construção de linha de base, pelas estimativas de estoques de carbono e pela coordenação do Documento de Concepção do Projeto (PDD em inglês) de REDD+ dos Suruí, realizou uma reunião para validar os dados coletados em campo, os levantados por outros parceiros do projeto e aqueles diretamente apresentados pelos próprios indígenas, descrevendo como eles foram aplicados no modelo de projeção do desmatamento para gerar a taxa de desmatamento futura sem a ocorrência do projeto (conhecido como linha de base).

A reunião aconteceu nos dias 12 e 13 de agosto de 2010, na sede da Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí, proponente do projeto, em Cacoal-RO. Contou ainda com a participação dos parceiros Equipe de Conservação Amazônica (ACT-Brasil) e da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. A reunião contou com 16 lideranças indígenas representantes das 6 associações Suruí que representam o povo indígena, além de outros indígenas, para apresentar e validar os dados socioeconômicos e de uso e mudança de uso da terra que foram utilizados para criar um modelo não espacial de projeção do desmatamento.

As informações validadas com os presentes eram desde esquemas de plantio e venda de produtos agropecuários, manutenção e derrubada de vegetação secundária até opções de investimento. Com essas informações validadas, o cenário futuro do desmatamento que ocorreria dentro da Terra Indígena sem o projeto de REDD+ representa um projeto único, realizado com transparência e com excelente nível de informações locais, fazendo com que ele seja um dos mais avançados e completos atualmente desenvolvidos no Brasil.