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Negócios amazônicos se destacam na Naturaltech

Negócios amazônicos se destacam na Naturaltech

Reprodução: Amaz

Foto: Divulgação/Amazônia em casa Floresta em pé

De 8 a 11 de junho, 32 negócios do movimento Amazônia em casa Floresta em pé participaram da Naturaltech, maior feira de produtos naturais da América Latina. Foi a primeira participação do movimento em um evento presencial.

Realizada em São Paulo, a feira é uma oportunidade para a troca de experiências entre produtores, redes varejistas, consumidores finais, trazendo visibilidade e contribuindo para ampliar a presença dos produtos no mercado. Segundo a organização da feira, 35.600 pessoas passaram por lá nos quatro dias de realização.

Reunidas em um estande de quase 100 m², as marcas ofereceram aos visitantes da feira experiências únicas de sabores e culturas da Amazônia. Foram promovidas sessões de degustação, happy hours, lançamentos de produtos e palestras.

Chocolate com cacau nativo, café agroflorestal, castanhas, sucos, guaraná, suplementos alimentares, farofas, tucupis, geleias, pimentas, molhos, óleos, pescados, biocosméticos, artesanato, acessórios, dentre outros produtos naturais, se distribuíram pelo espaço e deram vida ao estande.

Dois produtos foram lançados durante o evento: um chutney de manga com pimenta assisi, criado em parceira pela chef Carla Pernambuco e pela empresa SoulBrasil; e o Nióc, um snack de mandioca, crocante, sem lactose em sabores muito amazônicos – tucupi, pimenta assisi, cipó de alho e jambu -, da marca Manioca.

Três palestras foram promovidas durante a feira: “Amazônia em casa Floresta em pé – o desafio é levar a floresta até você”, com a participação de Ana Brito (Asproc), Paulo Reis (Manioca), Laura Motta (Mercado Livre), Floriana Breyer (movimento Amazônia em casa Flores em pé) e Carla Pernambuco (Chef do Carlota); “Ciência e inovação na cultura alimentar da Vitória-Régia e outros bioativos da Amazônia”, com Dulce Oliveira (Deveras Amazônia); e “O que suas escolhas nutrem? Como elas impulsionam uma Amazônia inovadora, próspera e que traga soluções para um mundo mais sustentável?”, com Artur Coimbra (Na’kau), Sandra Amud (Assoab), Sarah Sampaio (Amazônia Agroflorestal), Ramon Morato (Instituto Piagaçu) e mediação de Louise Lauschner (Idesam e Inatú Amazônia).

Resultados e perspectivas

Foram vendidos 4.627 produtos, perfazendo um total de R$ 137.854,20. Mas os resultados esperados transcendem essas conquistas, já que a Naturaltech é focada também nos varejistas. O movimento já está em conversas com espaços, feiras e mercados que têm interesse em ter um espaço dedicado a marcas amazônicas.

“A participação na Naturaltech foi um momento inédito na jornada do Amazônia em casa Floresta em pé. Pudemos unir nossas estratégias de vendas físicas e vendas online. Foi o primeiro momento que pudemos reunir todo nosso portfólio de marcas amazônicas com seus representantes e produtos, ofertando uma vitrine de inovação e impacto para o mercado. Foi um momento que uniu integração entre os membros, visibilidade para o mercado, ambiente para vendas ao consumidor final e contatos  comerciais de maior escala”, avalia Floriana Breyer, gestora de parcerias do Amazônia em casa Floresta em Pé.

Guilherme Faleiros, coordenador do programa de acesso a mercados pela AMAZ e Idesam, destaca o notório interesse do público em consumir, cada vez mais, produtos com propósito: “Durante a Naturaltech, as marcas do movimento puderam contar suas histórias, ao mesmo tempo em que o público percebeu que a Amazônia tem um potencial de valor maior quando em pé. São esses aliados que buscamos sensibilizar com o movimento Amazônia em casa Floresta em pé.”

Paulo Reis, um dos organizadores da participação do movimento na NaturalTech e empreendedor da Manioca e da Amazonique, avalia que, pela importância da Naturaltech, abrir espaço para a participação da Amazônia é colocar a região no mapa dos consumidores e varejistas: “A resposta foi imediata: tivemos um retorno maravilhoso dos clientes, que provaram os produtos por curiosidade ou pela causa, e se encantaram com o sabor e a qualidade dos nossos produtos”.

Sobre o movimento

Criado em 2020, o movimento Amazônia em Casa Floresta em Pé é coordenado pelo Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia), pela AMAZ Aceleradora de Impacto e pela Climate Ventures, e tem como propósito destravar o acesso ao mercado para os produtores da sociobiodiversidade amazônica.

Tem como apoiadores Mercado Livre, a maior plataforma de e-commerce da América Latina, Fundo Vale, GIZ, CLUA, Instituto humanize e Instituto Clima e Sociedade.

A iniciativa busca reunir atores estratégicos e agir de forma colaborativa para superar gargalos e aumentar as vendas e o acesso a mercado destes empreendimentos a formas inovadoras e interessantes de comercialização.

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