Oficina capacita sobre gestão de empreendimentos sociais em Lábrea
Integrantes de duas associações participaram da atividade, conduzida pelo projeto Cidades Florestais: Madeira-Purus.
Por Comunicação Idesam
Foto: Arquivo Idesam
Fomentar a implementação de cadeias produtivas sustentáveis, melhorando a gestão das organizações sociais e diminuindo a vulnerabilidade financeira – bem como trazer melhorias na gestão administrativa e organizacional de duas associações situadas em Lábrea. Esse foi o propósito da oficina Capacitação em Gestão de Empreendimentos Sociais, iniciativa conduzida por meio do Cidades Florestais: Madeira-Purus, projeto do Idesam.
Ao todo, 11 pessoas das associações de produtores Agroextrativistas da Assembleia de Deus do Rio Ituxi (Apadrit) e da Colônia do Sardinha (Aspacs) marcaram presença na atividade, cuja metodologia teve como base o guia de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) CapGestão Amazônia. “A perspectiva é fortalecer a organização dos valores e conhecimentos desses produtores, proporcionando maior qualificação ao sistema de gestão (organização, produção e comercialização) em prol de uma ação mais qualificada junto aos mercados públicos e privados”, explica Marcus Biazatti, coordenador de Manejo Florestal do Idesam.
Para Valcemir Monteiro da Silva, coordenador secretário de Manejo Florestal da Reserva Extrativista Ituxi (Resex Ituxi), a iniciativa trouxe mais conhecimento ao dia a dia dos trabalhadores. “Em primeiro lugar, compreendemos como funcionam as atividades e tiramos as dúvidas. Depois, ficamos cientes sobre como gerir uma organização e gratos pelo aprendizado. Nós entendemos como cada diretor pode exercer seu papel, sem esperar um pelo outro e dividindo as atividades”, explica.
Por sua vez, Sandra Barros, que faz parte da Aspacs, considera a capacitação algo fundamental para todos. “Nós, da diretoria da Aspacs, e os associados passamos a entender o papel de cada um, como funciona a gestão de um empreendimento social. Como presidente, por exemplo, eu acumulava várias funções e os demais só recebiam o resultado desse trabalho”, relembra.
“Nós somos os responsáveis pelo sucesso do empreendimento. Como é uma associação, é algo coletivo. Cada um é responsável por aquilo que faz, mas no final o sucesso é de todos, da Aspacs. E, hoje, após essa capacitação, até a nossa assembleia é mais participativa. Não sei se era o medo da gente, que estava ali na frente como responsável de tudo, mas sentimos essa evolução. É um processo que requer tempo, não é de um dia para o outro, mas o Idesam tem sido peça fundamental em nos ajudar com esse desenvolvimento”
– Sandra Barros, integrante da diretoria da Aspacs
Cartilhas
Além da oficina, o Cidades Florestais: Madeira-Purus também desenvolveu cartilhas voltadas especialmente para a oficina. “Essas obras foram produzidas para apoiar as comunidades nos aspectos gerenciais e produtivos para o manejo florestal comunitário e de produtos florestais não madeireiros. Em Lábrea esses exemplares foram distribuídos para as duas organizações sociais (APADRIT e ASPACS)”, finaliza Marcus Biazatti.
Cidades Florestais: Madeira-Purus
O Cidades Florestais: Madeira-Purus é uma iniciativa do Idesam, apoiada pelo projeto Legado Integrado da Região Amazônica (Lira), do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). A iniciativa beneficia quatro Unidades de Conservação localizadas nas calhas dos rios Madeira e Purus (FLOTA Tapauá, RDS Igapó Açu, RDS Rio Amapá e Resex Ituxi) e envolve seis associações comunitárias em ações de formação de lideranças consolidação de cadeias produtivas sustentáveis, monitoramento e desenvolvimento regional. Um dos objetivos da iniciativa é buscar a sustentabilidade financeira das Áreas Protegidas por meio de mecanismos previstos na legislação, incentivando o desenvolvimento sustentável e a geração de renda para as comunidades.
Além das associações locais, a iniciativa conta com a parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AM+) e da ONG Casa do Rio. O LIRA é apoiado por recursos do Fundo Amazônia e Fundação Gordon e Betty Moore. Para o desenvolvimento dos projetos socioambientais, o IPÊ conta com parceiros de diversos setores e trabalha como articulador em frentes que promovem o engajamento e o fortalecimento mútuo entre organizações socioambientais, iniciativa privada e instituições governamentais. Para saber mais, acesse lira.ipe.org.br.
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