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Organizações e empresas se unem pela valorização da cultura do guaraná

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Organizações e empresas se unem pela valorização da cultura do guaraná

É a primeira vez que uma rede de organizações é formada em Maués com a missão de contribuir com o desenvolvimento sustentável da ‘terra do guaraná’.

 

Comunicação Idesam

 

O mês de novembro marcou o nascimento da Aliança Guaraná de Maués (AGM), uma rede que une diversas organizações com um objetivo comum: fazer de Maués (AM) um lugar melhor para sua população e seus e visitantes.

O pontapé inicial da Aliança ocorreu nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, quando representantes de diversas organizações estiveram reunidos, no Museu do Homem, em Maués, para conhecer a proposta e confirmar sua adesão à rede. O Guaraná Antarctica, que nasceu em Maués e tem um compromisso histórico com a cidade, seus produtores locais e cultura, foi uma das empresas a assinar sua participação na Aliança.

Durante o evento inaugural, os participantes fizeram um resgate histórico do município, destacando os marcos importantes que contribuíram para a realidade local. Com o histórico traçado e debatido entre todos, foi o momento de fazer as propostas de ações e formar grupos de trabalho com foco nas necessidades prioritárias. Foram criados os grupos de trabalho (GTs) de Educação, Turismo, Produção Sociocultural e Produção Sustentável.

Os GTs já iniciaram uma agenda de reuniões e debates que, em breve, serão traduzidos em propostas práticas para o município. Eles serão responsáveis por recomendar e implementar ações que contribuam para a evolução de Maués, buscando a valorização biocultural e a melhoria na qualidade de vida da população.

“Além da troca de experiências entre produtores, empresários, governo e população em geral, a aliança tem como objetivo incentivar o desenvolvimento sustentável no município”, explica Eric Brosler, engenheiro florestal do Idesam, que coordena as ações da Aliança.

Para transformar esses projetos em realidade, os idealizadores da aliança criaram também um fundo privado para investimento nas atividades propostas. “A Aliança terá um comitê para avaliação das propostas submetidas, com representação de todos os grupos de trabalho já formados e também de um conselho de produtores de Maués. Queremos que o processo seja o mais participativo e transparente”, destaca Brosler.

Para a agricultora Maria do Rosário Macedo, 47, da Comunidade São Raimundo do Mutuca, a Aliança já está ajudando a despertar os cidadãos para novas ideias, a exemplo do que foi apresentado durante o evento inaugural e também nas reuniões dos GTs realizadas em novembro.

“É um movimento que vai fazer a diferença na nossa cidade, não apenas na produção do guaraná, mas também em aspectos como educação, cultura e turismo, envolvendo também as crianças e jovens na construção do futuro que queremos”, destaca a agricultora.

 

Maués e o guaraná

O município amazonense de Maués é conhecido mundialmente como a cidade do guaraná. A cultura do município respira o amor por essa planta e o cenário local reúne todos os recursos e talentos para materializar os sonhos coletivos da população de 61 mil habitantes. Essa característica foi determinante no processo de construção da aliança, que leva o produto-símbolo na cidade no nome.

A história do Guaraná Antarctica, que nasceu na região, se confunde com a história local. O Guaraná Antarctica mantém, no município, a Fazenda Santa Helena, local onde desde 1971 a marca estuda e desenvolve as melhores técnicas para o cultivo do fruto. Além do cultivo, a marca ainda produz mais de 60 mil mudas ao ano que são doadas para produtores familiares da região  treinados e capacitados para o cultivo de forma sustentável; é deles a maior parte do guaraná usado na produção do refrigerante.

“A cultura do guaraná pode ser o elo que une as diferentes instituições das mais diversas áreas, incluindo poder público, setor rural, trade turístico, entre outros; otimizando suas responsabilidades em prol de um objetivo comum”, afirma Brosler.

 

Organizações de apoio

A organização responsável pela mobilização da AGM é o Idesam, organização não governamental sem fins lucrativos que atua há 12 anos com projetos sustentáveis na Amazônia. O instituto, com presença em vários municípios da Amazônia, já acumula experiências no desenvolvimento de cadeias de vários produtos amazônicos – como o café agroflorestal e óleos essenciais –, com benefícios diretos às comunidades atendidas.

O fundo que garante a manutenção da Aliança Guaraná de Maués foi criado pelas organizações AmBev e USAID. Os recursos estão sendo aplicados na formação inicial da Aliança, com ações de mobilização e estruturação; e também poderá contribuir com as atividades propostas nos grupos de trabalho, estando aberto a receber investimentos de novos parceiros.

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