DOE AGORA

Idesam inicia restauração ecológica no Uatumã após seca extrema

Idesam inicia restauração ecológica no Uatumã após seca extrema

Entenda como a restauração ecológica pode ser fundamental no enfrentamento das mudanças climáticas 

Texto: Imprensa Idesam 

Foto: Sant Film – Divulgação 

Após um ano marcado por uma seca severa no Amazonas, Idesam dá início a fase de plantio do projeto de restauração ecológica produtiva na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã. A iniciativa visa a recuperação de 200 hectares de floresta no estado, sendo 50 hectares dedicados especificamente a sistemas agroflorestais (SAFs) em 52 áreas de plantio distribuídas por 12 comunidades da região da RDS do Uatumã (Amazonas). 

Além de atuar na recuperação ambiental, o projeto movimenta o ecossistema da restauração florestal ao apoiar viveiros locais, realizar compra de adubos orgânicos nas regiões de atuação e contratar grupos locais para a implantação das áreas. Além desse impulso, as espécies selecionadas para o plantio, como cumaru, biribá, açaí da mata, pupunha e castanha, têm valor econômico e potencial ecológico, promovendo não apenas a restauração da floresta, mas também a geração de renda sustentável para as comunidades. 

Vinícius Bertin, coordenador do projeto, destaca o porquê de a restauração ecológica ser fundamental no enfrentamento das mudanças climáticas. “A restauração de ecossistemas é uma estratégia eficaz para sequestrar carbono da atmosfera, ajudando a mitigar o aquecimento global. Além disso, ecossistemas restaurados regulam o microclima local, reduzindo temperaturas e promovendo chuvas regulares, o que ajuda a combater fenômenos como secas prolongadas e desertificação”, explica Bertin. 

O projeto também está inserido no escopo do Programa Carbono Neutro Idesam, com o plantio de 6,2 mil mudas como contrapartida inicial. A meta é alcançar o plantio de 73,8 mil mudas até o início de 2026, contribuindo para o sequestro de carbono e o cumprimento de metas climáticas globais, como o Acordo de Paris. 

Sistemas Agroflorestais e benefícios locais 

A combinação de culturas agrícolas e espécies nativas nos SAFs tem se mostrado eficaz na recuperação do solo e na promoção da segurança alimentar. Ao diversificar a produção com espécies frutíferas, como cacau e cupuaçu, os agricultores podem garantir colheitas ao longo do ano e proteger os recursos naturais. Essa abordagem também fortalece a resiliência das comunidades frente a eventos climáticos extremos. 

Para Vinícius Bertin, com a recuperação de serviços ecossistêmicos, como a infiltração de água no solo e o aumento da biodiversidade, o projeto pretende beneficiar tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais, mostrando que restauração ambiental e desenvolvimento sustentável podem caminhar juntos. 

Sobre o projeto  

Coordenado pelo Idesam e executado em parceria com a UFAM e PDBFF/INPA, o projeto Restauração Ecológica Produtiva: Promovendo uma Paisagem Sustentável na Amazônia será desenvolvido em três UCs da região de Manaus e dos municípios de Itapiranga e São Sebastião do Uatumã, e atuará na restauração da floresta por meio de sistemas agroflorestais, conciliando o plantio de espécies agrícolas e nativas em 200 hectares.  

O projeto Restauração Ecológica Produtiva é financiado pelo Edital Amazonas – Floresta Viva. O Floresta Viva é uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES destinada a apoiar projetos de restauração ecológica nos biomas brasileiros. O edital Amazonas tem o apoio do BNDES e da ENEVA e tem o FUNBIO como parceiro gestor. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WordPress Lightbox