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Frase retirada de contexto: “A floresta não tem dado retorno financeiro”

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Frase retirada de contexto: “A floresta não tem dado retorno financeiro”

Comunicação Idesam

 

No último dia 3 de junho, o diretor de Novos Negócios do Idesam, Mariano Cenamo, participou de um webinar sobre a relação entre setor primário e meio ambiente. Realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), o webinar também contou com a participação da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas).

No dia seguinte, o blog Thomaz Rural publicou um artigo com o título: “A floresta não tem dado retorno financeiro”, afirmou Mariano, do IDESAM. Entendendo que uma fala retirada de seu contexto pode ser interpretada de forma equivocada, divulgamos a seguir a fala na íntegra, transcrita do vídeo do Webinar (disponível no facebook da Sema, neste link).

Aos 42 minutos de webinar (42m15s), questionado, pelo secretário Eduardo Taveira, sobre a importância dos programas de Pagamento por Serviços Ambientais, Mariano Cenamo respondeu o seguinte:

“Quando você abre uma área de floresta e produz, você gera renda pra sua família, consegue, de repente, colocar um filho na escola, uma televisão na sala e tudo isso. Todo mundo tem direito a esse desenvolvimento. E infelizmente, hoje, com raríssimas exceções, a floresta não tem dado retorno financeiro, e isso é uma coisa que a gente precisa inverter, não há como. 

Eu acho que os resultados que o Brasil gerou, que foram realmente significativos, de redução do desmatamento, foram majoritariamente baseados no comando e controle, mas é evidente que existe uma pressão social e econômica enorme na região. Aqui vivem 25 milhões de brasileiros, e de novo, com raras exceções, aqueles que tem um poder aquisitivo maior estão nas cidades, infelizmente a gente tem poucos exemplos, no amazonas, de municípios que tem uma economia pujante baseada no setor primário, precisamos inverter tudo isso e o pagamento por serviços ambientais é um caminho natural. Pelo menos, no curto e médio prazo não tem outra forma. A não ser que a gente promova uma revolução tecnológica – que eu acho que precisa acontecer, ter uma verdadeira revolução industrial para  gerar renda em áreas rurais no Amazonas, mas isso demora tempo pra retornar, então enquanto isso não acontece, a mola propulsora dessa inversão de trajetória tem que ser os serviços ambientais que estamos gerando na região.”

Dessa forma, o Idesam reitera que a floresta tem um potencial gigantesco para gerar renda e qualidade de vida para a sua população, desde que os recursos naturais sejam manejados de maneira responsável. Conseguir viabilizar e dar escala a programas e projetos de pagamento por serviços ambientais, garantir incentivos à produção sustentável e fomentar o empreendedorismo e investimentos de impacto são os caminhos possíveis para o desenvolvimento sustentável na Amazônia. Acreditamos e trabalhamos para o uso sustentável da floresta como maior oportunidade para o desenvolvimento social e econômico na Amazônia.

 

Atualização: O blog publicou um segundo artigo, com um trecho complementar da fala (leia aqui).

 

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