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Falta de resultados na primeira reunião da Parceria Global de REDD+

Falta de resultados na primeira reunião da Parceria Global de REDD+

O Idesam esteve presente na primeira reunião da Parceria Global de REDD+, que aconteceu em Brasília entre os dias 14 e 15 de julho. A parceria, oficializada no mês de maio em Oslo – Noruega, tem como objetivo servir de plataforma interina para que os países possam aumentar a escala de ações e financiamentos para REDD+, tomando ações imediatas que incluem a melhoria da efetividade, eficiência, transparência e coordenação de iniciativas de REDD+ e instrumentos financeiros, bem como facilitar a transferência de conhecimento, construção de capacidades, ações de mitigação e transferência de tecnologias. Esta reunião técnica tinha como objetivo definir os procedimentos e agenda de trabalho para os próximos meses, bem como outras questões operacionais da parceria.

No entanto, já nesta primeira reunião o que se viu foi muita desorganização e falta de consenso. Houve discordância dos países em todos os temas discutidos e inclusive muitos deles pareciam ter entendimentos diferentes sobre o próprio objetivo da parceria. Um ponto bastante criticado foi a falta de organização prévia à reunião: pelo fato dos convites terem sido enviados com pouca antecedência, alguns países tiveram problemas em obter seus vistos, e isso também dificultou bastante a participação da sociedade civil, representada na reunião por apenas oito ONGs brasileiras.

Os três principais temas discutidos foram: (i) agenda de trabalho, (ii) serviços de secretariado, (iii) modalidade de participação de stakeholders. Além destes, discutiu-se também quais os caminhos para alcançar os objetivos estabelecidos pela parceria. Neste caso, definiu-se que a primeira prioridade da parceria é estabelecer uma base de dados voluntária, contendo informações sobre atividades de REDD+ nos países e questões de financiamento, que irá embasar uma análise de lacunas e sobreposição de investimentos que pode orientar os países em seus investimentos futuros. Uma primeira versão desta base de dados deverá ser apresentada na reunião de Nagoya, em outubro.

Ao final dos dois dias de reunião, não houve consenso nem decisões em nenhum destes quatro temas. Os países não conseguiram concordar em nenhuma das propostas apresentadas durante a reunião, e adiaram as possíveis decisões para o próximo mês. As co-presidentes da parceria irão circular por email novas propostas para cada tema, onde os países terão oportunidade de comentar e tentar chegar a um consenso em agosto, em Bonn.

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