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Povo Paiter Suruí apresenta nova denúncia à Presidência da República

Povo Paiter Suruí apresenta nova denúncia à Presidência da República

18 de outubro de 2012

 

Fonte: Assessoria de Comunicação GTA

 

O Parlamento Paiter, estrutura de governança do Povo Suruí, encaminhou carta à Presidência da República formulando novas denúncias contra os madeireiros que continuam invadindo a Terra Indígena Sete de Setembro, contando com a omissão da Funai e de outros órgãos governamentais.

 

O documento relata “o aumento constante da invasão, ameaças e exploração da biodiversidade” nas terras indígenas, “violando o direito que é garantido pela Constituição Federal de 1988 e pela Convenção 169, da OIT”. Essas denúncias foram apresentadas outras vezes. No dia 8 de agosto, um grupo de lideranças do Povo Suruí esteve reunido com o secretário Nacional de Articulação Social da Presidência da República, Paulo Maldos, com representantes da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e da Polícia Federal, quando as mesmas denúncias foram apresentadas. Decorridos mais de 60 dias a agressão permanece, conforme relata a carta encaminhada à presidente da República, Dilma Roussef.

 

O documento faz várias perguntas, as quais indicam as agressões e dificuldades que estão sofrendo. “Por que a Funai não autoriza às Prefeituras para a abertura e recuperação de estradas das aldeias Paiter Suruí? Por que a Funai não intercede junto à Caixa Econômica Federal para a construção de casas nas aldeias das famílias Suruí? Por que a Secretaria de Saúde de Cacoal financia a construção do Posto de Saúde somente na aldeia que está envolvida com a exploração ilegal de madeira?”

 

Todas as perguntas apresentadas se dão devido aos funcionários da Funai da região terem um comportamento dúbio. Enquanto para o povo Paiter Suruí são apresentadas todas as dificuldades para os indígenas que atuam com os madeireiros as autoridades é permitida a abertura e recuperação das estradas e a construção de casas. Porém o mais grave são as ameaças de morte que as lideranças Suruís sofrem e a impunidade garantida aos que invadem e roubam madeiras nas terras Indígenas Sete de Setembro.

 

O documento encaminhado à Presidência da República relata as várias tentativas de cobrança ao governo, durante idas à Brasília, as quais não surtiram efeito.

 

O Parlamento Suruí solicita uma audiência com a presidente Dilma Roussef para ver se conseguem fazer a legislação ser cumprida em Rondônia.

 

 

 

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