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Visão de futuro: Fiinsa promove debate sobre novas perspectivas para bioeconomia na Amazônia

Visão de futuro: Fiinsa promove debate sobre novas perspectivas para bioeconomia na Amazônia

Em mais uma rodada de discussões, palestrantes debateram sobre novos caminhos e perspectivas para economia na região

Por Vanessa Brito/Idesam

O 2º Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia, que começou nesta terça-feira (29), em Manaus, também discutiu novas perspectivas para bioeconomia na Amazônia e os reflexos no país. O painel “Visão de futuro para a Amazônia e para o Brasil” trouxe para os debates novos caminhos para se pensar em uma economia na região amazônica que valorize os povos tradicionais da floresta.

Foto: Vanessa Brito/Divulgação Fiinsa

O debate contou com a presença de Denis Minev (Bemol), Juma Xipaya (aldeia Kaarimã/Instituto Juma), Fersen Lambranho (GP Investments/G2D Investments) e moderação de Mariano Cenamo, diretor de Novos Negócios do Idesam e CEO da AMAZ Aceleradora de Impacto. Durante o painel, Mariano Cenamo destacou sobre a necessidade de fomentar o empreendedorismo nas comunidades amazônicas com os povos tradicionais. “Empreender na floresta não é gestão e marketing, é empreender juntamente com quem já empreende na floresta”, disse.

A empreendedora social e liderança indígena Juma Xipaya (aldeia Kaarimã/Instituto Juma) reforçou a necessidade de se promover uma economia sustentável. “Manter a floresta em pé é o melhor negócio. Nós, povos da floresta, temos a nossa ciência, nossa economia e nossos saberes tradicionais. E quando nós temos que abrir mão dos nossos saberes, é um risco muito grande. Nós não precisamos deixar de ser quem somos, nem abandonar nossas raízes e nossos territórios. O que é o empreendedorismo? Nós precisamos fazer uma discussão nacional, uma discussão sobre economia nas escolas e nas comunidades”, avaliou.

Leia mais: Festival de Investimentos de Impactos e Negócios Sustentáveis acontece em Manaus

“Espero que no futuro tenhamos mais valorização, mas para isso, a gente precisa mudar agora. Nossos saberes e nossa economia não são valorizados, isso está começando agora. Cada região, cada povo tem sua forma de saberes e economia, não tem como padronizar. Temos povos que atuam no reflorestamento, proteção da floresta e em troca o que nós recebemos é violência. Temos exemplos de como entrar no mercado, mas não deixarmos de ser os primeiros consumidores dos produtos e promover a verdadeira economia da floresta”, completou.

Para Denis Minev (Bemol), a Amazônia é o melhor lugar para se investir em novos negócios. “A Amazônia é o melhor lugar para se fazer isso, aqui é mais interessante, aqui tem mais possibilidades. Aqui temos um patrimônio reconhecido no mundo todo. Nós precisamos fazer algo responsável com ele que nos traga prosperidade, valorizando a sustentabilidade, promovendo ações como reflorestamento de áreas, como o que acontece nos sistemas agroflorestais. Precisamos valorizar essas novas iniciativas”, disse.

Foto: Vanessa Brito/Divulgação Fiinsa

Outro ponto de destaque reforçado por Fersen Lambranho (GP Investiments/ G2D Investiments) é a questão da criação de negócios na Amazônia que solucionem dores da humanidade. “Se você conseguir encontrar a solução para uma dor, você pode ter um grande negócio de sucesso. Aqui eu acredito que nós temos a solução de muitas dores da população. Eu concordo com a frase de que o Brasil é o subúrbio da Amazônia. Está na hora de a gente povoar o subúrbio. E nós temos muitas dores para serem solucionadas nessa grande biodiversidade da Amazônia”, concluiu.

A programação do Fiinsa continua durante todo o dia e deve contar com painéis, premiações e também a exposição das instituições realizadoras e correalizadoras do evento. Para saber mais, acesse: www.fiinsa.org.br.

Sobre o FIINSA

O 2º FIINSA é realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) e Impact HUB Manaus. É correalizado pela AMAZ aceleradora de impacto, Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Uma Concertação pela Amazônia.

Conta com patrocínio do Fundo Vale, Instituto Clima & Sociedade (iCS), Partnerships For Forests, Uk Government, Amazon Investor Coalition, Instituto Sabin, Fundo JBS pela Amazônia, Americanas S.A, SAP, GBR, Coca-Cola, Swarovski, MJV e Cooperação Alemã GIZ, e apoio de vários parceiros como Rede Amazônica e Fundação Certi.

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