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Plataforma quer engajar empresas na economia sustentável da Amazônia

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Plataforma quer engajar empresas na economia sustentável da Amazônia

Publicado em 06/12/2017, na Época Negócios.

 

O que faz com que Ambev, Coca-Cola, Natura e outras oito empresas sentem na mesma mesa para conversar é o princípio que rege a Plataforma Parceiro pela Amazônia (PPA). A iniciativa, que será lançada nesta quarta-feira (5) em Manaus, quer atrair grandes empresas para fechar a equação que soma desenvolvimento econômico sustentável e conservação da floresta.

O objetivo é aliar lucratividades e crescimento nos negócios ao desenvolvimento regional, com apoio ao empreendedorismo das populações locais. “O desafio que vamos encarar foi baseado em três premissas: criar uma aliança em que as empresas estejam com governança total, a segunda é que tivéssemos uma diversidade, com diferentes setores, e a terceira é gerar economia na floresta”, diz Mariano Cenano, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

Segundo ele, ao conseguir o engajamento e participação das empresas na plataforma, para que elas incluam atividades sustentáveis dentro de sua cadeia de fornecimento. “Quase todas as empresas no Brasil consomem algum tipo de produto da Amazônia. Seja madeira, castanha, proteína animal, soja, óleo de babaçu ou açaí, tem uma infinidade de produtos que poderiam ser incorporados de forma a termos uma cadeia sustentável”, diz Cenamo.

A PPA já conta com 11 empresas em seu conselho, mas esse número deve aumentar com o lançamento da plataforma. Além de Ambev, Natura, Coca-Cola, a lista inclui o Grupo Bemol/Fogás e a colombiana Mariana Cocoa. A coordenação está a cargo do Idesam, com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT). A preocupação em atrair a iniciativa privada encontra uma reposta na mesma busca por representantes de outras áreas, incluindo startups e negócios da floresta.

Em última análise, há uma vontade de mudar a balança do que acontece hoje na região, onde o desmatamento tem um impacto direto na vida das pessoas e no país.

“Se a gente juntar uma mudança de uso da terra na Amazônia com o setor do agronegócio, a gente tem aí 70% das emissões de gases de efeito estufa”, diz Cenamo. “Eu acho que sem o setor privado a gente não vai conseguir mudar essa balança e essa é a nossa aposta”.

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