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Novos Sistemas Agroflorestais são implantados em comunidades indígenas

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Novos Sistemas Agroflorestais são implantados em comunidades indígenas

Por Samuel Simões Neto – 

O Idesam finalizou, durante a última semana, a implantação de duas unidades demonstrativas de Sistemas Agroflorestais em comunidades indígenas do Município de São Gabriel da Cachoeira. A atividade faz parte do Projeto SAFs Indígenas, realizado pelo Idesam com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

As duas áreas para a implementação dos Sistemas Agroflorestais – Itacoatiara Mirim e Ilha de Duraka – foram selecionadas em fevereiro desse ano, quando o Idesam visitou o município e fez uma série de encontros com organizações locais, como a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN, a Secretaria Municipal de Produção de São Gabriel da Cachoeira e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas – Idam.

Depois de selecionar seis potenciais áreas, os técnicos visitaram os locais e definiram duas que receberiam as Unidades Demonstrativas (UD) de Sistemas Agroflorestais.

“Consideramos primeiramente o grande interesse dos comunitários em participar do projeto e o histórico de trabalho coletivo e transferência de tecnologia entre os produtores do local”, explica Ramom Morato, engenheiro agrônomo e responsável técnico pelo projeto.

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As espécies usadas no plantio também foram escolhidas em parceria com os agricultores indígenas. Foram utilizadas 23 espécies agrícolas e 6 medicinais, todas identificadas como de uso e de interesse por um diagnóstico realizado pela equipe, que entrevistou 40 famílias da região.70-462

A meta é que essas duas UDs sejam utilizadas como banco de sementes para possibilitar a replicação do sistema em outras áreas com outros agricultores indígenas da região.

Capacitação – Paralelamente à implantação das UDs, o Idesam também realizou um curso de capacitação em agroecologia e agricultura tropical, com o objetivo de reforçar as práticas utilzadas nas Unidades Demonstrativas. “Os indígenas realmente ficaram instigados, principalmente, por não usarmos o fogo para limpeza da área, além de termos conseguindo sementes de milho crioulo regional para os plantios, variedade que está sumindo nessa região”, explica o engenheiro.

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