Turismo e manejo pela RDS Uatumã
Por Luiz Felippe Medeiros Nogueira, estudante de Engenharia de Alimentos (Unicamp)
Sou estudante de Engenharia de Alimentos pela Unicamp e cheguei a Manaus para passar o mês de fevereiro como estagiário voluntário no Idesam, ajudando nos projetos de manejo e beneficiamento pós-colheita, na RDS Uatumã.
Com uma semana no Amazonas, fui convidado pelo Idesam a fazer parte do Workshop de Turismo de Base Comunitária, que iria ocorrer na reserva. A viagem tinha duração de quatro dias e fazia parte de um projeto para aprimorar o turismo em geral da região do Uatumã. Após algumas horas de estrada, chegamos a Itapiranga e viajamos pela reserva utilizando um barco de recreio.
Durante a viagem, paramos em locais interessantes para o turismo ecológico e científico, como os SAFs da região, áreas de campina, a sede do projeto de quelônios, áreas arqueológicas e pousadas espalhadas ao longo do caminho – tudo visando mostrar o potencial da RDS Uatumã para o desenvolvimento sustentável do turismo.
Com o fim do workshop, segui para ajudar o agrônomo Ramom Morato com seu Curso de Manejo Pós-Colheita, adicionando uma parte de beneficiamento de produtos como a castanha-do-brasil, macaxeira e polpa de frutas em geral.
O curso teve duração de dois dias e visava ajudar a comunidade da reserva, dando continuidade aos conceitos implantados de plantio (SAF), e passar algum conhecimento da maneira de como proceder após a colheita. Tinha como tópicos principais os Sistemas Agroflorestais, o tempo certo de colheita, maneira correta de encaixotamento e transporte. Além disso, foram abordados temas relacionados à higiene e beneficiamento de produtos, como a produção de macaxeira em pedaços e utilização de seus subprodutos, produção de castanhas “in natura” e produção de polpa ensacada e geleia. Ao fim do curso, foi dada uma aula prática à comunidade de como fabricar geleia artesanal, aproveitando a quantidade e diversidade de frutas da reserva.
Me impressionei com a beleza vista na região, com as experiências vividas, principalmente com as comunidades, e com a sensação de ser pequeno perante uma região tão ampla como a Amazônia, mesmo tendo visto e vivenciado apenas uma parte dela.
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