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Programa ClassLite

Programa ClassLite

O Idesam e o Instituto Carnegie para a Ciência, localizado na Universidade de Stanford na Califórnia-EUA realizaram o treinamento do uso do programa CLASlite no dia 12 de março de 2010 na sede SUFRAMA em Manaus. Estiveram presentes 22 participantes de 12 instituições governamentais, não governamentais e acadêmicas dos Estados do Amazonas e Pará, que utilizam imagens de satélite no trabalho de pesquisa, monitoramento e fiscalização de atividades florestais.

O CLASlite é um programa totalmente automatizado, de fácil interface que permite usuários iniciantes em Sistemas de Informação Geográfica conduzir análises que durariam dias se feitos em outros programas para Sensoriamento Remoto. Utiliza imagens de satélites LANDSAT (4, 5, 7), ASTER, SPOT (4, 5), MODIS e ALI.

O poder do programa está em sua capacidade de converter o verde aparentemente uniforme da densa cobertura florestal tropical nas imagens básicas de satélites em mapas bem detalhados, que podem ser imediatamente estudados para detectar o desmatamento, a extração madeireira e outros eventos de perturbação florestal. Encontrando na informação de cada pixel da imagem a proporção de vegetação fotossintética, vegetação não-fotossintética e solo exposto, as áreas de ocorrência de desmatamento recente, extração ou outra perturbação florestal ficam acentuadas e são facilmente identificadas pelo CLASlite.

O Idesam já está utilizando o CLASlite para detectar a dinâmica de exploração madeireira na Terra Indígena Sete de Setembro, em Rondônia. “O CLASlite pode ser explorado de várias maneiras, e para projetos de REDD+ ele funciona como uma ferramenta importante para identificar padrões de intervenções humanas na florestas ao longo do tempo, e compreender como atuam os agentes do desmatamento na região de interesse”, pontua Gabriel Cardoso Carrero, pesquisador do Idesam. Com a capacitação profissional como um dos pilares de atuação, o Idesam continua a trazer especialistas de florestas tropicais para aumentar as possibilidades e a qualidade dos profissionais atuando na região Amazônica.

O programa já tem sido amplamente utilizado também em outros países amazônicos para o monitoramento das florestas, principalmente no Peru, Colômbia e Equador. “O governo da Colômbia, por exemplo, já aplicou o programa para todo o seu território a fim de monitorar o desmatamento e exploração florestal” diz a coordenadora do projeto de disseminação do uso do CLASlite, Guayana Paez-Acosta. Segundo Marcelo Moreira, coordenador do núcleo de geoprocessamento da Fundação Vitória Amazônica “O CLASlite é uma ferramenta muito simples de ser manuseada e irá economizar tempo no processamento de imagens. Em relação ao trabalho da FVA vamos utilizar o programa nos trabalhos sobre a expansão urbana de Manaus em direção aos municípios de Manacapuru e Iranduba”.

Para o coordenador do Laboratório de Geoprocessamento do Greenpeace-Amazon, Edwin Keizer, “O CLASlite é uma ferramenta muito útil, pois é acessível para muitas pessoas, organizando as informações sobre desmatamento e degradação florestal. Tentaremos usá-lo em áreas críticas da Amazônia, principalmente no arco do desmatamento, para obter informações sobre as mudanças na floresta em uma escala muito menor de tempo com a possibilidade de gerar dados de melhor qualidade”.

Você pode baixar o programa em : http://claslite.stanford.edu/en/support/download.html

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