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Teoria da Mudança foca em nova economia por meio de conexões de parceiros e busca por soluções

Teoria da Mudança foca em nova economia por meio de conexões de parceiros e busca por soluções

Idesam revisa seu propósito de atuação,  aumenta foco na atuação em redes e parcerias, com protagonismo para o desenvolvimento de cadeias de valor amazônicas

 

Por Assessoria
Foto: Arquivo Idesam

 

A perda de florestas pelo desmatamento ilegal e a desigualdade social, somadas, geram um modelo de desenvolvimento da Amazônia que perpetua uma base insustentável e reforça o ciclo de pobreza e impactos ambientais negativos afetando a economia de todo o país. Partindo dessa problemática, o Idesam construiu uma nova Teoria da Mudança (TdM), que vai direcionar os esforços da organização entre 2022 e 2026, período estipulado para sua vigência.

A Teoria da Mudança começou a ser uma prática do Idesam em 2015, quando o Instituto lançou a sua primeira versão, focada exclusivamente no desenvolvimento das cadeias produtivas sustentáveis. De lá pra cá, a atuação do Instituto cresceu muito no campo dos novos negócios, quando o então pesquisador sênior, Mariano Cenamo, assumiu a diretoria de Novos Negócios e o Idesam foi escolhido como coordenador do Programa Prioritário de Bioeconomia na Amazônia (PPBio), sob liderança do então diretor técnico, Carlos Koury.

O processo de construção da nova TdM foi iniciado em 2021 e envolveu todos os gestores do Instituto, contando com a participação de diversos parceiros, conselheiros e consultores, buscando dar uma visão diversa e integrada para essa nova TdM.

Para André Luiz Vianna, diretor técnico do Idesam, as cadeias de valor são a chave para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Para desenvolver as cadeias de valor, principalmente as geridas por organizações sociais, é crucial desenvolver as conexões, fortalecer a gestão e promover o acesso a direitos, como ao uso da terra, por exemplo”, explica o dirigente. André defende a importância de fomentar negócios e atores, principalmente no interior da Amazônia, que promovam prestação de serviços, sem esquecer o mercado consumidor, que precisa, cada vez mais, entender e valorizar os produtos da floresta amazônica.

Caminho Estratégico – Teoria da Mudança Idesam 2022-2026

Além do fortalecimento institucional enquanto organização da sociedade civil, os próximos anos serão focados em direcionar as iniciativas estratégicas do Instituto para formar uma base sólida de produção sustentável, assim como desenvolver e acelerar negócios e também soluções tecnológicas para as cadeias de valor amazônicas. “Passar de projetos pilotos para ações que geram impacto regional e nacional é algo que reúne diversos desafios. Portanto, requer uma avaliação e atuação que considere a realidade, mas que promova novas conexões, abordagens e soluções, o que nos leva à inovação”, avalia o diretor.

 

“O Idesam sempre atuou buscando inovações, pois acreditamos ser necessário avaliar e desenvolver novas soluções e abordagens para sanar entraves que geram os desafios do desenvolvimento socioeconômico sustentável da Amazônia.”

– André Vianna, diretor técnico do Idesam

 

Para que tudo isso aconteça, o Idesam busca também se firmar como uma organização sólida e competente, por meio de uma linha focada no fortalecimento institucional. “O Idesam cresceu e suas práticas de governança e gestão continuarão evoluindo para garantir a excelência na entrega e confiança que sempre tivemos de nossa equipe, financiadores e parceiros”, explica o documento orientador da TdM Idesam.

Mais um ponto importante na definição da teoria são os públicos com os quais o Idesam se relaciona. O primeiro deles, que é foco do Idesam desde a sua fundação, são as comunidades parceiras do Idesam. Como propósito, a TdM quer garantir que famílias, povos e comunidades – que são a base de toda cadeia produtiva amazônica – tenham condições adequadas para produzir com sustentabilidade e qualidade de vida. 

Os demais públicos representam os próximos elos dessas cadeias de valor. São negócios, empresas e investidores que, acessando esses produtos e matérias-primas e oferecendo soluções inovadoras para produção, comercialização e distribuição, também têm papel essencial e inalienável para a evolução da região. As redes e coletivos de Organizações da Sociedade Civil (OSC), instâncias do Poder Público e negócios conectados completam esse ecossistema de parceiros com os quais o Idesam se relaciona.

Nesse processo de definição dos rumos do instituto para os próximos cinco anos, o Idesam contou com apoio do Instituto humanize.

Para Michele Rocha, gerente de Operações e Desenvolvimento de OSCs do Instituto humanize, o apoio ao desenvolvimento institucional é um fator que contribui para que elas se estruturem e potencializem seus impactos. “No humanize, acreditamos que OSCs são fundamentais para transformações sociais, especialmente em uma sociedade civil diversa como a do Brasil”, explica.

“O apoio ao Idesam partiu dessa crença e considerou a atuação inspiradora do Instituto nos temas de conservação e desenvolvimento sustentável. A atualização da Teoria da Mudança chega em um momento importante, reforçando o trabalho em rede e destacando cadeias de valor amazônicas”, complementa a gerente.

 

“Esse processo deve ser celebrado, já que contribui para a delimitação de atuação estratégica da organização, alavancando o alcance de sua missão e visão de impacto”

– Michele Rocha, gerente de Operações e Desenvolvimento de OSCs do Instituto humanize

 

Integração da equipe Idesam

Antes da divulgação da nova Teoria da Mudança para o público, os colaboradores do Idesam foram apresentados ao documento e seu conteúdo em uma atividade de endomarketing realizada no último Dia da Terra, celebrado no dia 22 de abril. 

 

Abaixo elencamos algumas falas dos idesânicos sobre a nova Teoria da Mudança do Instituto:

 

A teoria da mudança esclareceu ainda mais nosso propósito dentro do IDESAM e o impacto que estamos causando na Amazônia, além de mostrar o quão surpreendentemente avançamos e progredimos ao longo dos anos, lembro do meu começo onde pouco se conhecia no IDESAM e, por ser de uma área intermediária, tinha dificuldades para enxergar meu impacto em todo esse trabalho, hoje, temos reconhecimento de várias entidades e o público em geral justamente pelo trabalho que temos feito.

– Kaique Mota, do setor Administrativo/Logística do Idesam

 

Eu acredito que com essa nova teoria da mudança, o Idesam acaba ficando com mais ‘pé no chão’ do que tava. Agora de uma forma muito mais inclusiva, pensando nas comunidades, na produção da sociobiodiversidade, o Idesam vem, com essa experiência desses 18 anos de existência, vem contribuindo bastante pro desenvolvimento das comunidades a que ele se propõe a trabalhar. Então eu acredito que essa teoria da mudança vem contribuir cada vez mais com o trabalho que já vem sendo realizado com excelência. Deixando cada vez mais o Idesam robusto e experiente da área que se propõe.

– Jefferson Araújo, técnico de campo do Idesam

 

A mudança com certeza veio para otimizar nossa visão, nossa compreensão da nossa ação e consequentemente as próprias ações para otimizar dentro de nós, na nossa organização, pra gente conseguir também levar um resultado melhor pra fora. Então a junção das antigas gerências desses programas agora nesses eixos estratégicos, nessas iniciativas estratégicas, ela vem nesse intuito, e é muito bom porque a gente consegue realmente  espera com isso conseguir, e já estamos vendo que é possível essa sincronia, esse melhor aproveitamento de áreas conectadas que antes não conseguiam de áreas correlatas que antes não estavam conectadas em campo, em campo dizendo na prática IDESAM, e que com essa proximidade, como estratégias agora estarão unidas. Então eu acho que foi uma mudança super legal e saudável estratégica que veio para colaborar sem mudar nossa essência. 

– Mariana Yasbek, coordenadora das ações de campo do IDESAM em Apuí.

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