Oficina de atividades produtivas em Manicoré (AM)
Nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2009 foi realizada na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em Manicoré, uma oficina de micro-zoneamento das atividades produtivas. A oficina contou com a parceira e articulação do escritório local do Conselho Nacional dos Seringueiros(CNS) e apoio da UEA. A oficina reuniu ao todo 20 lideranças de associações de produtores locais nos diversos setores e regiões da zona rural de Manicoré, além de professores da UEA e representantes do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas (IDAM). O objetivo da oficina foi compreender como estão estruturadas as atividades produtivas, quais são e qual a rentabilidade delas, considerando os diferentes cenários, a saber: Terras Indígenas, Unidades de Conservação e áreas privadas. A programação foi dividida em três partes:
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Mapeamento da paisagem – em um grande mapa, cada participante detalhou as atividades nos locais que conhecia, identificando as comunidades, número de famílias, situação fundiária e atividades econômicas principais.
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Mapas de uso da terra – cada participante foi convidado a desenhar a distribuição das culturas agrícolas e áreas de uso de sua família ou comunidade, incluindo áreas de capoeiras e a floresta remanescente. Com cartolinas e de forma bem didática, pedimos para cada um desenhar suas propriedades da forma mais real possível e distribuir quais plantios/atividades e quais os tamanhos destas áreas.
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Custos e receitas da produção – Foi realizado um painel com todos os participantes sobre as atividades agrícolas e de extrativismo, desde a sazonalidade ciclo de trabalho (plantio, colheita, etc.) seguida dos custos e mão de obra envolvidos em cada etapa de cada atividade, e por fim as receitas oriundas da venda dos produtos. Foram construídos cenários diferentes, pois algumas regiões a dinâmica e os modos de produção ou o preço do produto eram distintos. Essas informações permitiram gerar a rentabilidade das atividades de plantio de banana, macaxeira com e sem produção de farinha, melancia, extração de borracha e coleta de castanha do Brasil, as atividades mais desenvolvidas pelos participantes. Essas informações formam os custos de oportunidade para o desenvolvimento de um projeto de REDD+ na região.
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