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Projeto Carbono Florestal Suruí é apresentado na COP17

Projeto Carbono Florestal Suruí é apresentado na COP17

Nesta quarta-feira (30/11), às 9 horas da manhã (horário de Manaus), o Idesam realizou o side-event “Iniciativas Pioneiras em REDD+ Indígena”, sobre o Projeto Carbono Florestal Suruí (PCFS). O evento aconteceu em um espaço específico para os eventos paralelos da Conferência e foi realizado juntamente com os demais parceiros do Idesam no projeto: Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí, Associação Kanindé, Incubadora Katoomba, Equipe de Conservação da Amazônia, Forest Trends e FUNBIO – Fundo Brasileiro para a Biodiversidade.

O Secretario Executivo adjunto do IDESAM, Mariano Colini Cenamo, moderou o evento. No discurso de abertura, Cenamo destacou a importância de os governos avançarem na regulamentação das estratégias nacionais de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). “Essa regulamentação contribuir para promover o engajamento do setor privado no financiamento de atividades e projetos como o Projeto Carbono Suruí”, destacou.

O ponto alto do side event foi a participação de Almir Narayamoga Suruí, chefe do povo Paiter-Suruí, que falou sobre o Plano de Gestão de 50 anos desenvolvido para a Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, situada nos Estados de Mato Grosso e Rondônia. O líder explicou ainda como o projeto de carbono se insere dentro do Plano de Gestão da TI e destacou que o povo Suruí participou ativamente em todas as etapas do seu desenvolvimento. Atualmente, o PCFS é visto pelos Suruí como de grande importância para a proteção do território e a valorização da sua própria cultura.

O evento também contou com a participação de Ivaneide Bandeira, da Associação Kanindé e Vasco van Roosmalen, da ACT-Brasil, que descreveram o caminho percorrido desde a concepção e elaboração do projeto até o desenvolvimento do mapeamento cultural, o etnozoneamento e o plano de proteção ambiental do território; o coordenador da Incubadora Katoomba, Jacob Olander, e da representante do Ministério do Meio Ambiente, Natalie Understell. O pesquisador Gabriel Carrero, do IDESAM, explicou os aspectos técnicos e metodológicos do projeto, as dificuldades de aplicação e o processo de validação.

Depois das explanações, a mesa abriu espaço para questionamentos e discussões da plenária, que se mostrou muito interessada no tema e contribuiu para aprofundar o assunto em pauta.

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