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No Dia Mundial do Café, produção sustentável ganha destaque por seu caráter transformador

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No Dia Mundial do Café, produção sustentável ganha destaque por seu caráter transformador

Fruto do projeto Café em Agrofloresta, o Café Apuí Agroflorestal aproveita a data para compartilhar com parceiros suas principais conquistas nos últimos 10 anos

 

Por Henrique Saunier
Foto: Divulgação/Derek Mangabeira

 

Movimentando o segundo maior mercado consumidor de café no mundo, o brasileiro tem dado cada vez mais espaço para produtos que agregam sabor à responsabilidade social. Produtos como o Café Apuí Agroflorestal, o primeiro café amazônico 100% orgânico, despontam no mercado de cafés especiais tanto pela sua qualidade quanto pelo trabalho de reflorestamento da Amazônia e apoio às 60 famílias beneficiadas na sua cadeia produtiva.

Fruto do projeto Café em Agrofloresta, coordenado pelo Idesam, o Café Apuí Agroflorestal aproveita o Dia Mundial do Café para compartilhar com seus clientes e parceiros as suas principais conquistas nos 10 anos de muito trabalho no município de Apuí. Do tipo 100% conilon, com secagem em terreiros suspensos, o Café Apuí é produzido em sistemas agroflorestais por agricultores familiares, em um modelo que regenera e protege a floresta amazônica. O produto já foi responsável pelo plantio de 10 mil mudas nativas, o equivalente a 30 hectares de áreas reflorestadas

Uma das suas principais características e motivo de muito orgulho de todos os envolvidos no projeto é toda a relação comercial estabelecida sem a ação de intermediários, aplicando um comércio justo na cadeia produtiva, que vai dos coletores de semente ao beneficiamento. Isso só é possível graças ao trabalho de estruturação operacional do negócio e de expansão de vendas e abertura de novos mercados de produtos sustentáveis.

Nesse trabalho desenvolvido em parceria com o Idesam, o Café Apuí Agroflorestal conseguiu aumentar em 300% a renda anual do produtor, além de registrar incremento de 66% na produtividade. “O projeto tem um propósito inspirador, que é a transformação de áreas desmatadas em áreas produtivas. Com isso, nos próximos anos pretendemos aumentar esse trabalho para 400 hectares reflorestados e até 300 famílias impactadas diretamente”, destaca a gestora ambiental do projeto, Marina Reia.

Além de fazer o acompanhamento técnico junto às famílias produtoras em Apuí, Reia foi responsável por apoiar todo o processo de certificação orgânica dos cafeicultores da região. Ela acompanhou de perto o trabalho da produtora Maria Bernadete, que com a ajuda do filho toma conta dos cafezais da sua propriedade.

Dona Bernadete relembra o primeiro contato que teve com os representantes do Idesam, quando ela se colocou à disposição do projeto para trabalhar em suas áreas de café que estavam há um tempo abandonadas. “Na hora que me perguntaram se eu me interessaria, eu já aceitei e disse que não dispensaria essa oportunidade. Depois de assistir um vídeo em uma apresentação do Idesam, meu filho me incentivou bastante a gente a fazer esse SAF. Agora, queremos plantar de tudo aqui, mandioca, banana, cará, batata”, ressalta a produtora.

Café Apuí Agroflorestal

No Dia Mundial do Café, o Brasil tem um importante papel no fomento a uma cadeia produtiva com boas práticas e que tenha como princípios a aplicação de um comércio justo. Caso o País continue no ritmo de consumo médio anual registrado de quase cinco quilos de café moído/torrado, o Café Apuí Agroflorestal ainda possui um bem sucedido caminho a ser trilhado.

Com foco na produção orgânica, a expectativa é que haja um aumento de 200% no número de sacas e pacotes nos próximos anos, a partir da entrada de novos produtores. Para saber mais, visite a página oficial do produto.

 

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