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Expedição PPBio promove intercâmbio com ecossistemas de inovação fora da Amazônia

Expedição PPBio promove intercâmbio com ecossistemas de inovação fora da Amazônia

Em dezembro de 2023, equipe visitou hubs de inovação na região Sudeste; agora, inicia o segundo ciclo com a apresentação do ecossistema de bioeconomia e negócios sustentáveis  

Texto: Imprensa Idesam
Foto: Divulgação Idesam  

Quebrar o ciclo de uma Amazônia baseada na matéria-prima in natura, agregando valor às cadeias produtivas com ganho real para as comunidades tradicionais é o desafio de fomentar um ecossistema de Bioeconomia. Para conhecer experiências de como operam ecossistemas de inovação de outras áreas e regiões do País, a equipe do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado pelo Idesam, visitou sete iniciativas na região Sudeste, ligadas a diversas áreas e segmentos econômicos e sociais como saúde, cultura, tecnologia e digital, educação e pesquisa, além do setor primário, promovendo trocas e aprendizados sobre o fortalecimento de um ambiente de trocas e desenvolvimento.  

Em dezembro de 2023 foram visitados startups, incubadoras e instituições como o ecossistema de inovação do Bradesco (Inovabra); Incubadora ESALQ Tec, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da USP; Centro de Inovação do Hospital Israelita Albert Einstein, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), comunidade Cubo Itaú; Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e AgTech Garage.  

Agora, durante o mês de fevereiro, a equipe dá início a um segundo ciclo da Expedição que envolve a apresentação do PPBio – política pública da Suframa para direcionamento de recursos da indústria do Pólo Industrial de Manaus para inovação em bioeconomia – para todas as startups da Inovabra, do Cubo Itaú e do IPT.  

“Isso tem um grande potencial: esperamos atrair startups e investidores, assim como, levar as nossas startups para lá em um certo nível, mais maduros. Estamos nos posicionando como um grande articulador do ecossistema de inovação na Amazônia. Estamos buscando identificar oportunidades, pontos de convergência entre o nosso ecossistema e o sudestino. Existem muitos caminhos, estamos tentando identificar quais são as melhores”, afirma o líder de inovação em bioeconomia do Idesam e gerente de inovação no Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio). 

Na Universidade de São Paulo (USP), foi observado como um ambiente acadêmico voltado ao impulsionamento da pesquisa e inovação, ajuda a iniciar projetos. “A visita ressaltou a importância da colaboração entre academia, indústria e governo para impulsionar a inovação para fazer chegar até à sociedade tecnologias, produtos aplicáveis para melhorias de processos, para industrialização e serviços”, afirma.  

Na Incubadora ESALQ Tec, vinculada à faculdade de Agronomia da USP, foi possível ver, na prática, startups agrícolas e o desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio, o que ajuda no desenvolvimento desses projetos/negócios ao agregar soluções para a cadeia.  

A troca entre essas iniciativas de inovação é a missão da AgTech Garage, um dos principais hubs de inovação do Agronegócio em nível global, que conecta empresas líderes nos seus segmentos promovendo um constante intercâmbio e trocas dentro de uma rede aberta, colaborativa e ágil, focada em potencializar a capacidade de inovação de todos os envolvidos. Já a visita ao Centro de Inovação do Hospital Israelita Albert Einstein agregou uma visão sobre as soluções tecnológicas aplicadas na área da saúde e o impacto que essas inovações causam em toda a cadeia de saúde. 

“As visitas destacaram a relevância da inovação para qualquer setor e potenciais empresas para trocarmos contatos via PPBio porque senão a gente vai acabar se posicionando exatamente da mesma forma como a Amazônia é colocada, desde o período colonial, um grande celeiro, um fornecedor apenas de matéria prima. O que aconteceu com a borracha, o que acontece com a maioria das nossas matérias-primas atuais. O grande beneficiamento acontece fora da Amazônia, muitas vezes, fora do Brasil. Então, acho que esse é o grande desafio”, explica Paulo Simonetti.   

Para isso, ele aponta que é preciso ter atores dispostos a incentivar startups locais, promover diálogos, aproximando a academia e seus laboratórios, comunidades, investidores e indústria. O modelo adotado pela comunidade Cubo Itaú “revelou-se um ambiente vibrante para o ecossistema empreendedor”, conforme destaca Simonetti. “Observamos a atmosfera colaborativa que impulsiona o desenvolvimento de negócios inovadores. A visita ao Cubo Itaú ressaltou a importância da integração entre grandes empresas e startups para impulsionar a inovação. 

“O Cubo Itaú favorece a conexão entre empresas e startups, a partir de uma curadoria anterior. As startups que estão ali dentro, passaram por um critério de seleção, então, as empresas se sentem seguras de atuar com essas startups, que, por sua vez, encontram ali um mercado disponível para negociar com grandes empresas o que seria muito difícil isoladamente. Funciona como um ambiente, digamos, de livre comércio, que consegue promover esse diálogo com maior facilidade e, claro que, dessa forma, as relações de negócios vão tornando uma cliente da outra, seja de produtos ou serviços, das mais diversas áreas, o que faz com o que o ecossistema fique mais maduro e, de fato, gere faturamento e faça com que as coisas funcionem. O Inovabra funciona da mesma forma”, destaca.  

 

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