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Conheça os projetos vencedores do Prêmio Elos da Amazônia 2022

Conheça os projetos vencedores do Prêmio Elos da Amazônia 2022

As propostas vencedoras serão premiadas em recursos de P&D e terão seus projetos apresentados a empresas e investidores da região.

 

Por Assessoria
Foto: Arquivo Idesam

 

A edição 2022 da chamada Elos da Amazônia já tem seus vencedores. O prêmio selecionou 11 projetos com operação na Amazônia Legal para solucionar os desafios das cadeias produtivas da castanha-do-Brasil e de óleos vegetais. Ao todo, a chamada recebeu mais de 130 propostas vindas de todo o território nacional, o dobro do número de inscrições em relação à edição passada. 

A chamada é uma realização do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) e Impact Hub Manaus, com o apoio da rede Uma Concertação pela Amazônia e financiada pela Partnerships for Forests (P4F), um programa do governo do Reino Unido e pela Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.

As 11 soluções farão parte do ciclo de formação das comunidades de bionegócios, recebendo desde apoio para preparação de projetos para investimento via Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e até R$700.000,00 em recursos diretos ou serviços. 

“As propostas apresentadas mostram que a Amazônia Legal tem ideias inovadoras para solucionar os gargalos das cadeias produtivas que dão subsistência para milhares de famílias na região. O nosso objetivo é justamente apoiar essas iniciativas com os recursos necessários. Vamos fazer a ligação entre as soluções propostas com investidores e empresas, e assim incentivar o desenvolvimento de mais negócios na Amazônia”, afirma o diretor em inovação e bioeconomia do Idesam e coordenador do PPBio, Carlos Gabriel Koury.

 

Projetos selecionados

As propostas vencedoras foram definidas em fevereiro, com base em critérios de conceituação, aplicabilidade, inovação e alinhamento com a proposta da chamada. Entre eles, estão nove projetos da região Norte e dois da região Sudeste.

A maioria das soluções propostas à chamada Elos da Amazônia 2022 foram relacionadas às boas práticas de produção: 41% na linha da castanha-do-Brasil e 40% para óleos vegetais, respectivamente. Dentre os projetos, a maioria está na fase de conceito (45% na linha da castanha e 34% em óleos vegetais). Sobre o perfil dos participantes, 56% das inscrições para castanha-do-Brasil foram de pessoas jurídicas; em óleos vegetais, a maior parte das inscrições também foi de pessoas jurídicas (51%).

Os vencedores em Soluções da Cadeia Produtiva de Óleos Vegetais são: Ana Cláudia Lira Guedes (Amapá), com o projeto Prensa artesanal para extração de óleo de sementes de pracaxi; Geisa Paulino Caprini Evaristo (Rondônia), com a proposta Controle de Qualidade e Valorização de Óleos Vegetais Amazônicos; Marcele Fonseca Passos (Pará) e o projeto Resinas eco-friendly; Paulo Gonçalves (Amazonas), com a solução Sistema de Identificação de Adulterantes em Óleo de Copaíba; e Pedro Henrique Campelo Felix (Minas Gerais), com a iniciativa InovAmazon.

Já os vencedores em Soluções da Cadeia Produtiva de castanha-do-Brasil são: Ana Clarissa dos Santos Pires (Minas Gerais), com a iniciativa AFLA-Vis; Cleísa Brasil da Cunha Cartaxo (Acre) com o Sistema de descontaminação de castanha-do-brasil por UV-C Modulada; José Rafael Lopes (Pará) e o projeto Secagem de Sementes por Micro-ondas; Lucas Guimarães e Souza (Amazonas) com Volitan – Veículo de Efeito Solo (Barco Voador); Marco Antonio Giágio (Amazonas) e a ideia VEMdeONDE; e Paula Fabíola Pantoja Pinheiro (Pará), com o Carrinho dispenser coletor-separador para castanhas-do-brasil.

Para Marcele Passos, autora do projeto ‘Resinas Eco-friendly’, o sentimento é de satisfação por ter ideias inovadoras reconhecidas, especialmente as do segmento da indústria 4.0. “Esse incentivo a nós, pesquisadores da Amazônia, significa valorizar a nossa biodiversidade e reconhecer o know-how dos profissionais da região. Mostramos que somos capacitados para gerar desenvolvimento sustentável e viável financeiramente”, destaca a vencedora.  O Resinas Eco-friendly tem o objetivo de desenvolver uma resina  de baixo custo e odor, a partir da reciclagem dos óleos vegetais da cadeia amazônica, beneficiando pequenos extrativistas e associações locais.

 

Workshop Óleos e Castanhas

Os proponentes dos projetos vencedores participaram no início de Abril do Workshop Óleos e Castanhas, destinado ao treinamento e capacitação dos idealizadores. A ação faz parte do projeto ‘Destravando investimentos florestais

através do PPBio’, com financiamento do Partnerships for Forests (P4F). A programação incluiu 10 palestras e mesas-redondas, com temas desde o funcionamento e os cases de sucesso do PPBio, até gestão de projetos, como fazer um pitch de sucesso, viabilidade dos negócios e tendências de mercado. 

“O workshop foi bastante positivo para nós, pois entendemos melhor como é possível nossa startup captar verba através do PPBio. As palestras foram muito esclarecedoras nesse ponto. Também gostamos muito das aulas mais voltadas aos aspectos do negócio, como a do pitch, elas trouxeram pontos relevantes que vão melhorar nosso desempenho e nos fazer crescer como empresa”, avaliou Lucas Guimarães, autor da proposta Volitan – Veículo de Efeito Solo (Barco Voador). 

 

Sobre o PPBio

Desde 2018, o Idesam atua na coordenação do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), captando iniciativas que obedeçam aos requisitos do Comitê das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda). Cabe ao Idesam receber e avaliar propostas de todas as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) habilitadas pela na Suframa para receber recursos que irão apoiar projetos relevantes para a sociedade.

Além disso, o PPBio consiste na busca por soluções para a exploração econômica sustentável da biodiversidade, a partir do fomento à ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento da Amazônia. Para as empresas de Informática do Polo Industrial (PIM), também é uma alternativa descomplicada de investimento da contrapartida dos incentivos fiscais para o desenvolvimento regional, sem risco de glosa ou multas.

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