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Carne com sementes de baru, uma receita para reduzir o desmatamento e aumentar os lucros da pecuária

Carne com sementes de baru, uma receita para reduzir o desmatamento e aumentar os lucros da pecuária

Data: 07/12/2023
Veículo: Exame
Texto: Alexandre Mansur
Foto: Divulgação

É possível aliar aumento da produtividade agropecuária, combate ao desmatamento, conservação florestal e bem-estar animal? Um case de Mato Grosso, estado que historicamente conta com altos índices de desmatamento provenientes da pecuária extensiva, prova que sim. E para isso, utilizam uma conhecida árvore do cerrado brasileiro, o cumbaru. É a árvore que dá o baru, uma semente deliciosa que pode concorrer com o amendoim e a amêndoa.

A Cumbaru Parcerias, empresa especializada em reabilitação de pastagens degradadas por meio da implantação de sistemas agrossilvipastoris regenerativos, com produção pecuária zero desmatamento da cria ao abate, teve o seu nome inspirado na conhecida árvore da família das leguminosas, que pode chegar até 25 metros de altura com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro. Pedro Nogueira, CEO e cofundador da empresa, conta que a busca por soluções sustentáveis na produção agropecuária foi o que motivou a criação do empreendimento, que teve como inspiração inicial o trabalho desenvolvido por seus pais, no sítio da família.

“Meu pai, um engenheiro, tem um pequeno rebanho voltado para produção de leite há aproximadamente 40 anos, sem muitas pretensões de ganhar dinheiro e mais voltado para custear as despesas da propriedade. E ao iniciar a abertura das áreas para formar as pastagens na propriedade foi mantendo algumas árvores nativas , pois foi observado que elas traziam benefícios para os animais, especialmente boa sombra no calor escaldante de Mato Grosso. Além disso, sob influência da minha mãe, Ecóloga, também fomos descobrindo que algumas espécies produziam frutos para consumo humano, e que alguns destes frutos também eram consumidos pela fauna local e pelo gado, muitas vezes durante a estação seca, quando os pastos apresentam menor produtividade, entre elas, o cumbaru”, explica.

Segundo o CEO, a espécie se destacou, justamente pela boa sombra, produção de frutos para consumo humano e animal e pela madeira de boa qualidade. Assim, os cumbaruzeiros foram uma das principais espécies mantidas nas áreas de pastagens do sítio, ao lado de espécies como pequi, macaúba, jatobá, entre outras. Hoje, após ter se formado em biologia e se especializado em desenvolvimento sustentável, utiliza a experiência obtida para criar e implantar soluções para os principais desafios socioambientais associados à produção de alimentos nos biomas Amazônia e Cerrado.

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